Alexandre Mattos, diretor de futebol, avalia que o clube errou ao dar prioridade total à Libertadores - e até à Copa do Brasil - nesta temporada. Quando foi eliminado da competição continental e voltou-se apenas para o Brasileirão, o Palmeiras já estava 15 pontos atrás do Corinthians - a diferença caiu para seis, o que reacendeu a esperança de título.

Cuca escalou uma equipe completamente reserva já na segunda rodada do Brasileirão, na derrota por 1 a 0 para a Chapecoense, preservando os titulares para o jogo contra o Atlético Tucumán (ARG), na fase de grupos da competição continental. A derrota em casa para o Atlético-PR, por 1 a 0, último jogo antes da queda para o Barcelona de Guayaquil (ECU), é outra bastante lamentada.
 
A estratégia foi usada em vitórias também, como diante de Grêmio (1 a 0), Sport (2 a 0) e Ponte Preta (2 a 1) no primeiro turno.

Para o ano que vem, o Palmeiras pretende dar atenção total ao Campeonato Brasileiro do início ao fim. A ideia é que não haja partidas com formação totalmente reserva. Se for para preservar atletas em partidas que antecedem confrontos decisivos de mata-mata, que sejam apenas os mais desgastados.

Há uma preocupação em reduzir o peso da Libertadores no clube. A diretoria adota o discurso de que o Palmeiras venceu apenas uma edição do torneio em sua história, e nem por isso os outros anos foram fracassados. 

Neste ano, o clube chegou a lançar uma linha de camisas chamada "obsessão", em alusão ao grito da torcida que diz que "a taça Libertadores é obsessão". Qualquer medida semelhante a essa já está previamente vetada para 2018.