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Guest Fabricio MG

Conheça o Centro de Inteligência do Palmeiras, como funciona a prospecção de talentos e outros segredos

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Guest Fabricio MG

Contratado em 2015 pelo ex-presidente Paulo Nobre para iniciar uma reformulação no departamento de inteligência do Palmeiras, o gerente de futebol do clube Cícero Souza foi apresentado junto do diretor de futebol Alexandre Mattos.

Sem tanta badalação quanto o diretor, Cícero é um dos responsáveis pelo CIP, o Centro de Inteligência do Palmeiras, que funciona em uma sala dentro do novo e moderno prédio de excelência na Academia de Futebol, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.

Cícero detalhou como funciona o departamento e quais as funções do setor de análise de desempenho do Verdão e como o clube faz a prospecção de novos talentos. Na Série B, por exemplo, os analistas acompanham as 380 partidas e fazem relatórios de scout com a avaliação de cada jogador.

Confira a entrevista:

Como era quando o CIP quando você chegou e como foi essa mudança?
Houve a construção de um setor de análise de desempenho, o CIP, e se deu a ele o status de uma das 14 áreas de processo do departamento de futebol, às vezes o leigo olha e acha que o executivo existe para contratar jogadores, ele existe para organizar processos, então assim como existe o processo de coordenação científica, de categorias de base, de comunicação, registro, logística, existe um processo que é a análise de desempenho, então foram contratados profissionais, foi estruturada uma sala, um espaço físico de excelência, foram comprados os principais softwares e foram estabelecidos os processos dentro de área e a gente acredita que está muito bem atendido pelos profissionais e pelas suas rotinas.

Quantas pessoas fazem parte da equipe do CIP?
São cinco profissionais, nós temos dois fixos na equipe principal, dois fixos nas categorias de base e um móvel, que transfere material da equipe principal para a base e fica replicando todos os modelos de scout, de análise, de monitoramento em ambos os setores.

Quais as funções deles?
São diversos processos, a montagem do scout, o nosso além de quantitativo ele é visual, nas telas dos computadores você clica o número de finalizações certas e tem as imagens, o monitoramento de treinos, com uma decupagem daquilo que o treinador interpreta como mais importante, um repasse aos jogadores, análise técnicas, táticas e individuais dos nossos adversários, um monitoramento de mercado, em termos de atletas, um monitoramento de atletas do Palmeiras que estejam emprestados para outras equipes, um controle de minutagem e isso engloba até uma situação administrativa e conceitual por questões de produtividade, jogando 45 minutos você pode atingir uma produtividade respeitada em contrato, os jogadores da base que ascendem à equipe profissional e também com alguns gatilhos através dessa minutagem, controle de cartões, não os do Palmeiras, os do Palmeiras quem faz é a logística administrativa, mas controle dos cartões dos adversários envolvidos no campeonato, gravação e edição de jogos, análise de dados quantitativos, qualitativos, como pesquisas de tendências mundiais, como está a utilização de jogadores jovens no mercado europeu, onde estão os principais treinadores do mundo, quais as principais características e seus modelos de jogo. São muitos processos, muitas rotinas e elas servem tanto para a comissão técnica quanto ao clube.

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Entenda como funciona o departamento
 
 
  • É o setor dos profissionais de análise de desempenho do clube. A sala fica dentro da Academia de Futebol na Barra Funda, um espaço de excelência, com os principais softwares de scout.

     
  • Cinco profissionais fazem parte da equipe. Dois no time principal, dois na base e um móvel.

     
  • As funções dos analistas são: montagem do scout, monitoramento de treinos, análise técnicas, táticas e individuais dos adversários do Palmeiras, monitoramento de mercado, monitoramento de jogadores emprestados, da base, controle de cartões de adversários, gravação e edição de jogos, análise de dados quantitativos, qualitativos e pesquisas de tendências mundiais.

     
  • Na Série B, por exemplo, dez profissionais observam todos os jogos e montam um relatório. Nada escapa.

     
  • O clube utiliza os seguintes programas: Sportscode, Wyscout, SoccerAssociation, Footstats e Kin Analytcis.

     

    Quantos jogos do adversário ou de um possível reforço o analista precisa analisar para tirar a conclusão?
    Fechar um número não parece ser a maneira mais inteligente. Por exemplo, a Série B do Campeonato Brasileiro, o nosso departamento de análise de desempenho, junto dos observadores da base e dos treinadores da base, formam uma equipe de dezoito profissionais, dentro do departamento de futebol do Palmeiras existe uma visão de futebol, ela passa por ‘futebol total’, o jogador fazendo a ação defensiva e ofensiva, ‘conceitos modernos’, de compactação, amplitude e pressão, e passa por uma integração científica, isso é mais do clube e não tanto do jogador. Então, esses dezoito profissionais também recebem as principais características por posição. Por que a Série B? É uma maneira de monitorar mercado. A cada rodada, dez profissionais observam os dez jogos da Série B e oito descansam, e montam um relatório em cima desta visão de futebol. Não tem uma especificação se olhou três, quatro, cinco, dez jogos. Eu nem saberia te dizer quantos jogos do Thiago Santos, do Róger Guedes, do Vitor Hugo, do Luan, jogadores que vieram no processo da Série B e foram analisados, mas se chegou à conclusão de que, dentro da visão de futebol implantada no departamento, eles atendiam às características.

    A Seleção costuma enviar vídeo aos atletas por WhatsApp pela pouca convivência. O Palmeiras também usa isso ou tudo é passado no clube?
    Fazemos isso também, sim. É muito importante chegar no jogador com uma preparação maior daquilo que vai vir para o jogo. Mas, mais do que isso, alguns atletas também frequentam a sala de análise de desempenho. Corriqueiramente você vê os goleiros. A discussão de futebol é muito rasa no Brasil, muito limitada, então quando a gente fala em goleiro se pensa: ‘É para ver como é que bate o pênalti’. Não é para ver como é que bate o pênalti, é importante saber, mas se você soubesse que o escanteio vai ser batido com a perna fechada ou com a perna aberta, você tem condições de construir junto de seu treinador e de sua comissão técnica a necessidade de utilização ou não de um homem de primeiro pau. É muito mais profundo, acho que a gente discute pouco o futebol, discute pouco gestão, aprofunda pouco as questões táticas, então a nossa análise de desempenho, através de WhatsApp, se encarrega de passar aos nossos jogadores o relatório dos treinos através de vídeos e aí com a participação da comissão técnica no nosso auditório a interpretação dos jogos, tanto os nossos quanto os dos nossos adversários, e existe também uma interação dos jogadores procurarem a sala do CIP e buscar um pouco mais da coleta de dados.

    E quais são os jogadores que mais se interessam, além dos goleiros?
    Prefiro deixar isso como coisa interna.

    Barrios e Thiago Santos foram nomes sugeridos. Como é feita a prospecção de atletas?
    Essa visão de futebol foi implantada no começo de 2015, só que já existiam jogadores contratados e não necessariamente todos os jogadores que você ambicionava com essa visão de jogo você tinha a condição financeira ou a condição contratual de trazer. Esse processo vai sendo mutável, você foi mexendo com o elenco até chegar bem próximo daquilo que você julga o ideal. Ainda não é 100%, ainda existe algum tipo de característica que a gente ainda está buscando. Objetivamente, não parte especificamente de alguém, o treinador pode indicar, o Alexandre (Mattos) pode detectar no mercado, os analistas podem observar, os treinadores da base podem observar e aí entra na parte onde a gente realmente consegue ficar monitorando vários jogos para buscar essas características que eu estava de falando, não existe de onde parte, pode ser de qualquer lado, mas a partir do momento que esse nome chega para nós, ele é monitorado individualmente, que são casos mais específicos, ou ele está já sendo monitorado, como o processo da Série B que expliquei, mas existem outros processos de monitoramento de mercado e aí você vai ter condições de observar características do jogador para integrá-lo ou não.

    Recentemente, quais os atletas indicados pelo CIP e que foram contratados?
    A gente utiliza o CIP como uma ferramenta, dizer que é ele que contrata ou não, assim como jogar nas costas do gerente, do diretor ou do treinador, não me parece ser a ideia que o Palmeiras quer, o Palmeiras quer sair um pouco do que é a individualização do futebol brasileiro, a gente tende a individualizar um esporte que é coletivo. ‘Tal treinador contratou tal jogador. Tal diretor…’. A gente não pode individualizar, como te falei, existem grandes processos, o grande validador final é o diretor executivo, mas a maneira como a gente constrói isso passa por uma participação fundamental do CIP, mas não necessariamente comece sempre por ele.

    O CIP analisa campo e bola ou também vê o extra-campo?
    O CIP basicamente analisa só dentro de campo, existem outras informações que a gente precisa buscar que são complementadas através de contatos telefônicos, histórico que a gente busca de pessoas conhecidas. Veja bem, eu te passei um monte de situações da análise de desempenho e todas as perguntas que eu recebo elas fazem a pessoa que está lá do outro lado ouvindo achar que a gente só serve para contratar jogador. Os times carecem de gestão esportiva, de criar fontes de receitas, de melhorar a imagem, implantar a visão de futebol, dotarem estruturas para dar melhores condições de trabalho, a gente deveria discutir outras coisas além de contratação. Dentro do CIP um dos processos é o de monitoramento de mercado, a gente sabe que é bem feito, muito importante, mas ressalvo, ele não é o único e talvez nem seja o mais importante.

    Tem quantos observadores técnicos, os ‘espiões’? E a base?
    O Palmeiras tem cinco observadores dotados nas categorias de base e que eventualmente também podem prestar serviços à equipe principal, sendo que a a equipe principal possui seus auxiliares técnicos e os próprios analistas que muitas vezes viajam para fazer observações in loco, não só de jogadores como de times.

    Segundo Cícero Souza, a visão começou a ser implantada em 2015 e pode ser dividida em três partes:
     
     
    • Futebol Total: o jogador precisa fazer a ação defensiva e a ação ofensiva em campo, os 11 jogadores precisam participar destas ações.

       
    • Conceitos Modernos: isso engloba compactação, transição, amplitude, profundidade e pressão, menos individual e mais coletivo.

       
    • Integração Científica: é mais do clube e não tanto do jogador, passar por uma integração de dados entre os analistas e a comissão técnica, além da diretoria.

       

      Troca de treinadores prejudica a análise?
      A gente tem três pilares da nossa visão de futebol (veja o quadro acima). Não necessariamente a gente conseguiu introduzir os profissionais com essa visão. Talvez por isso, algumas trocas. Se buscarmos o perfil da maioria dos treinadores do período, eles carregam estes três pilares e a gente entende que hoje a gente está muito bem servido, e talvez numa plenitude de maturidade, com alguém que entenda os conceitos e interaja com todos os setores, base, científica e análise de desempenho. Estamos satisfeitos com o atual treinador e sabemos que mudança de treinador afetam o temperamento e o comportamento do jogador, mas também o comportamento a atuação dos profissionais envolvidos, principalmente os da análise.

      Pelo que já ouvi, me parece que o Roger é um técnico que gosta da análise. Ele consulta com que frequência os analistas?
      O Roger, ao contrário de todos os outros com quem trabalhei, independentemente de Palmeiras, já estou há 13 anos em clubes de Série A, ele tem uma obsessão em olhar as imagens, interpretá-las, buscar as suas respostas e criar estratégia para agir. A análise é fundamental para dar esse suporte, essa ferramenta. O que é muito bacana é que ele também abre para opinião dos profissionais da análise, isso é um grande diferencial dele, valoriza muito tudo aquilo que e dito, seja em termos conceituais ou individualizados, absorve bastante essa informação e em cima disso constrói o que acha que precisa ser mais valorizado ou corrigido. Ele tem uma interação intermitente com a análise.

      Quais são os softwares usados pelo Palmeiras?
      O principal software em termos de scout é o Sportscode, Wyscout, SoccerAssociation, Footstats e agora, por indicação do Roger, usa o (Kin) Analytcis, que traz algumas métricas que o Roger valoriza e que a gente precisou comprar a ferramenta para atendê-lo.

      O Palmeiras contratou em fevereiro a empresa equatoriana Kin Analytics, idealizadora de um software de análise de desempenho, a pedido de Roger. Já está em prática o uso e tem influência no jogo?
      De uma certa forma, sim. Ele te quantifica e você consegue mostrar para os jogadores, agrega isso ao resultado. Mas, com certeza, todos os outros também são muito importantes e fornecem dados para a comissão técnica e atletas, eles se complementam. O que ele nos trouxe são métricas diferentes que ele valoriza e que o Analytics consegue abastecer, a tecnologia não é equatoriana, mas as pessoas que usaram os dados para desenvolver para o futebol a interpretação de algumas métricas são equatorianos.

      Há um cadastro do clube, uma base de dados dos atletas analisados?
      Sim, total. Hoje ela é muito vasta, abrangente, informatizada, de fácil acesso, muito organizado, o departamento de análise de desempenho, assim como todo o Palmeiras se propõe a ser. Hoje é muito rico o conteúdo que a gente tem, não só em termos de jogador. A gente conversa só isso, mas interpreta como as equipes mundiais se organizam na transição ofensiva, defensiva, amplitude, pressionar após a perda da bola e analisar jogador.

      O CIP é consultado sobre escolha de treinador? Se tem o perfil do time, do elenco, do staff.
      Faz, ele é vital, importante. Você tem uma interpretação de como as tendências mundiais estão ocorrendo, de como as equipes brasileiras estão se portando, de como a nossa está evoluindo ou carecendo de correção, mudança de rumo, e tem a liberdade de opinar. Como eu digo, o Roger valoriza isso. Não só ele. Todas as categorias do Palmeiras os analistas estão em campo e trocam ideias com os treinadores, depois enviam por WhatsApp, eles mandam a análise, o scout dos jogos do sub-15, sub-17, para o Alexandre (Mattos), para mim, Roger, João Paulo (coordenador da base). São processos do Palmeiras.

      Existe um jeito padrão de jogar no Palmeiras, desde a base até o principal?
      Nenhum clube brasileiro tem isso instituído. Eu acho que alguns clubes brasileiros conseguem fazer ciclos, mas não são sobre um modelo de jogo. O que nós tentamos fazer é implantar uma visão de futebol, como disse, ela tem um tripé de sustentação, mas não diz ao treinador o que ele tem de fazer, mas quando você consegue trazer o treinador, os jogadores, o coordenador, os analistas, os auxiliares, dentro de uma mesma visão, existe a possibilidade de que todos consigam andar juntos e aí, com certeza vamos ir mais rápido sem que alguém fique para trás. Nós temos uma visão de futebol, não um modelo de jogo. Nós conseguimos ter uma padronização de todos esses conceitos e a transição da base ao profissional ficou muito mais facilitada, os jogadores assimilam rapidamente no principal, eles já enxergaram esses conceitos na nossa base.

      O futebol ofensivo dos últimos anos faz parte disso?
      Aí é a própria escola do Palmeiras, é um clube conhecido por ter uma acdemia, jogar futebol em excelência. Houve estudo para chegar nesta visão de futebol, mas é característica do clube, o produto final é a paixão do torcedor, nossa responsablidade com as crianças é gigante, temos de encantá-los.

      Como se avalia a capacidade do analista? O que é importante na função? Não existe uma formação específica para a profissão. Buscaram profissionais de outros clubes?
      Em primeiro lugar, ele também tem de ter essa visão de futebol, identificar isso, que acredite no futebol total, que todos os jogadores têm de fazer ação ofensiva e defensiva, valorizar os conceitos modernos e tenha capacidade de se integrar cientificamente. Mais do que dados, tem de se integrar com físico e interagir com o departamento médico. Nos clubes brasileiros, vamos observar quem está fazendo esse trabalho bem feito, mas a partir de agora não só na análise de desempenho, mas em todas as áreas do clube e começa pela base. Se perdermos algum dos nossos para a Seleção ou clubes estrangeiros, vamos olhar primeiro para os nossos da base, eles já conhecem os nossos processos.

      O Palmeiras tem uma meta de jogar de determinada forma?
      Não. Os clubes que têm isso estão na Europa e todos construíram isso através de uma coordenação técnica ou com um grande ídolo essa ideia de modelo de jogo. Isso é claro no Porto, no Ajax, no Barcelona, no Atlético de Madrid. Só que essa discussão também precisa ser aprofundada no Brasil, aqui discute modelo de jogo e fala de números, 4231,442, duas linhas de 4, para mim e para nós, isso ficou para trás, quando você tem a posse de bola, independentemente do número, precisa ampliar o campo para alargar o adversário, quando você perde a bola, rapidamente tem de tentar fechar os espaços. Esse seria o esteriótipo que gostaríamos de deixar de legado, mas não podemos deixar de, como gestores que vão ficar seis a oito anos no clube, determinar um modelo de jogo. Os clubes brasileiros não estão prontos para isso, eles são presidencialistas, têm conselhos deliberativos, trocam constantemente gestores, treinadores e toda essa inconstância fez criar essa cultura de imediatismo, que não possibilita que algo seja sustentado por muito tempo.

      Algum dia chegaremos nesse modelo europeu?
      Nossa cultura é diferente, não temos de nos comparar com a Europa. Eles tiveram a humildade de vir e buscar nosso futebol de rua para criar uma cultura de jogos reduzidos onde o jogador possa resolver problemas rapidamente, de identificar que os nossos ponteiros alargavam os adversários e isso é um conceito de amplitude, essa humildade nos falta para buscar uma capacitação extra-campo, como respeito ao torcedor, jornalista, mercado, somos muito individualistas, não lutamos por direitos gerais, pelo bem da comunidade. Ficar comparando não me parece ser o caminho mais sensato, temos de ter a humildade de absorver os pontos positivos e somatizar o que temos de melhor.

      Falta a discussão do jogo?
      Primeiro falta discutir gestão. Não existe discussão de gestão. No Brasil, a gente discute três coisas em termos de jornalismo esportivo. Discutimos contratação, escalação e polêmicas, o povo brasileiro, até pelo baixo nível de instrução, gosta da fofoca. É muito raso, falar de divisão de direitos econômicos, política de captação de jogadores de base, processo para não perder pontos como regulamentação de condição de jogo, uma coisa muito importante, franqueamento de escolinhas com a sua metodologia para gerar receita, outras fontes de receita. Ninguém discute muito isso, sabe, não gera polêmica, não escala time, não contrata jogador, mas essa pobreza de discussão no Brasil faz a gente ficar estagnado, essa discussão de gestão vem antes da discussão do jogo, o jogador brasileiro se sente protegido por essa desorganização e também não entrega um produto de excelência, mas eu não entrego, os presidentes não entregam, os jornalistas não entregam, e o produto final, que poderia ser melhor ainda está neste processo de evolução.

      pvg83a3fvzlbsh9mqfsj.jpg

      https://www.torcedores.com/noticias/2018/03/palmeiras-cip-analise-desempenho?enable-feature=new_layout

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esse Cícero Souza é muito inteligente, tem que manter esse cara o máximo possível aqui

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               Essa entrevista mostra o quanto o Palmeiras está à frente dos demais. Isso ainda não se transformou em títulos, em conquistas, mas é questão de tempo, e quanto mais demorar para os demais se enquadrarem, pior pra eles. 

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8 minutos atrás, fbluiz1914 disse:

E essa mesa do palmeiras ai existe pra vender em algum lugar ? muito linda .. 

Acho que não uma galera já perguntou no fórum . Tem delas em vários setores lá do centro de excelência

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Isso que o Cícero disse sobre a discussão ser rasa se exemplifica aqui no PTD. Vejam os tópicos de especulação, além de divertidos, são bem popular, a galera gosta! Agora tópicos onde a discussão precisa ser mais profunda, maiores debates, já são menos populares...

Acredito que ainda exista bastante espaço para avançar dentro do Palmeiras, uma relação melhor com o torcedor, por exemplo. Mas sem dúvida alguma, estamos bem a frente de qualquer outro clube no Brasil e quiça LATAM. Vejam nossos pilares:

Arena de primeiro mundo

Patrocínio forte

Time competitivo

Receita X despesa equilibrado

Isso tudo com um backoffice forte e organizado, que dá sustentação aos pilares. O que ainda falta, ao meu ver, é uma estratégia de marketing para, captar mais torcedores, expandir a marca, melhorar a relação com o torcedor e melhorar as relações institucionais (Ex: TV, Parceiros, etc).

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O Roger, ao contrário de todos os outros com quem trabalhei, independentemente de Palmeiras, já estou há 13 anos em clubes de Série A, ele tem uma obsessão em olhar as imagens, interpretá-las, buscar as suas respostas e criar estratégia para agir. A análise é fundamental para dar esse suporte, essa ferramenta. O que é muito bacana é que ele também abre para opinião dos profissionais da análise, isso é um grande diferencial dele, valoriza muito tudo aquilo que e dito, seja em termos conceituais ou individualizados, absorve bastante essa informação e em cima disso constrói o que acha que precisa ser mais valorizado ou corrigido. Ele tem uma interação intermitente com a análise.

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Pelo que já ouvi, me parece que o Roger é um técnico que gosta da análise. Ele consulta com que frequência os analistas?
O Roger, ao contrário de todos os outros com quem trabalhei, independentemente de Palmeiras, já estou há 13 anos em clubes de Série A, ele tem uma obsessão em olhar as imagens, interpretá-las, buscar as suas respostas e criar estratégia para agir. A análise é fundamental para dar esse suporte, essa ferramenta. O que é muito bacana é que ele também abre para opinião dos profissionais da análise, isso é um grande diferencial dele, valoriza muito tudo aquilo que e dito, seja em termos conceituais ou individualizados, absorve bastante essa informação e em cima disso constrói o que acha que precisa ser mais valorizado ou corrigido. Ele tem uma interação intermitente com a análise.

Quais são os softwares usados pelo Palmeiras?
O principal software em termos de scout é o Sportscode, Wyscout, SoccerAssociation, Footstats e agora, por indicação do Roger, usa o (Kin) Analytcis, que traz algumas métricas que o Roger valoriza e que a gente precisou comprar a ferramenta para atendê-lo.

Muito legal isso mesmo.

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Cara esse Cícero é fora da curva. O Palmeiras precisa ficar com esse cara por mais 10 anos pelo menos.
Dá pra ver que ele não é acomodado, está sempre procurando evoluir, como pessoa, como profissional, como gestor, enfim em tudo.

Muito bom. Que o Palmeiras continue assim

E o que ele falou é triste mas é verdade. Nossa cultura torna impossível sermos parecidos com os Europeus. É só observar os tópicos pós jogo.
No começo do ano era: "Paulista não serve pra nada, põe a base pra jogar". Ai perde com os reservas pro São Caetano e aparece: "Fora Roger. Fora Galliote. Volta Luxemburgo".

Respeito as opiniões de todos, é claro, mas é nítido como realmente temos uma percepção rasa e imediata não só sobre futebol, mas sobre tudo.
É óbvio que isso acontece porque nosso nível de educação é muito baixo, então as pessoas simplesmente não conseguem enxergar uma situação sobre um contexto maior, fazer uma análise mais profunda.

Quem sabe um dia nos aproximemos dos Europeus, não como "gestores de futebol", mas como cidadãos mesmo. Isso tudo vem acompanhado.

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41 minutes ago, Gerson SEP said:

Cara esse Cícero é fora da curva. O Palmeiras precisa ficar com esse cara por mais 10 anos pelo menos.
Dá pra ver que ele não é acomodado, está sempre procurando evoluir, como pessoa, como profissional, como gestor, enfim em tudo.

Muito bom. Que o Palmeiras continue assim

E o que ele falou é triste mas é verdade. Nossa cultura torna impossível sermos parecidos com os Europeus. É só observar os tópicos pós jogo.
No começo do ano era: "Paulista não serve pra nada, põe a base pra jogar". Ai perde com os reservas pro São Caetano e aparece: "Fora Roger. Fora Galliote. Volta Luxemburgo".

Respeito as opiniões de todos, é claro, mas é nítido como realmente temos uma percepção rasa e imediata não só sobre futebol, mas sobre tudo.
É óbvio que isso acontece porque nosso nível de educação é muito baixo, então as pessoas simplesmente não conseguem enxergar uma situação sobre um contexto maior, fazer uma análise mais profunda.

Quem sabe um dia nos aproximemos dos Europeus, não como "gestores de futebol", mas como cidadãos mesmo. Isso tudo vem acompanhado.

Concordo com tudo. Quem sabe mais uns 50 anos esse cenário possa melhorar um pouco!!

Queria ver o futebol com estatísticas tipo da NFL, coisa de louco!!

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O cicero coordena e analisa os provaveis reforcos.

Passa os nomes pro mattos e o cara vai la e contrata.

Se for preciso gastar uma grana extra, liga pra tia leila que ela assina o cheque.

 

Em termos administrativos, acho que estamos alguns anos a frente dos rivais! Se toda essa estrutura for mantida (e melhorada) a tendência é dominarmos o futebol brasileiro por muitos anos... Gracas a deus estamos no caminho certo!

Obrigado paulo nobre !!!

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On 3/22/2018 at 5:00 PM, Fabricio MG said:

Sem tanta badalação quanto o diretor, Cícero é um dos responsáveis pelo CIP

Meus parabéns ao Cícero e a todos que realmente trabalham em prol do Palmeiras, mesmo que quietinho, na dele, sem apelo midiático !

Essas pessoas são importantíssimas para o clube.

 

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eu acredito que de agora em diante estaremos implantando um modelo e forma de jogar, outra coisa, nosso time esta vindo de alguns anos jogando juntos, prass, dudu, moises, edu dracena, TS, já ano passado: Keno, AC, Willian, jalson. Um time campeão (na maioria das vezes) jogam juntos dois a três anos juntos e agente vem conseguindo isso, contratando menos e com maior qualidade, tudo isso trás um padrão bom para lançar joias da base (VL, TM, papagao, fernando) ano que vem tbm podemos ter JP, um volante, candido, Vitão, vitinho, Pedrão (caso o barcelona não compre), alan e por ai vai. O palmeiras de 2018 em diante vai poder estar cada vez mais colocando esse jogadores e conseguindo venda boa e acrescentando cada vez mais ao futebol. GJ nos troce isso, dinheiro entrando e agente indo contratar jogadores bons (LL, Borja, DB, MR), ainda se dar o luxo de acrescentar com (deyverson, scarpa, hyoran, RV e outras apostas).
Espero que a cada ano o palmeiras crie uma cultura não somente de futebol bonito, mas uma de acreditar nos jogadores da base e ter paciência com os garotos, sardinha fazem isso muito bem, assim várias promessas vindo para ca, exemplo que vi de alguns reporteres: "o empresário do garoto olha, palmeiras, gremio ou santos?? o cara vai colocar no santo pq la sabe que o garoto vai ter mais oportunidade de jogar e a torcida e paciente e ja esta acostumada a revelar novos talento, gremio e palmeiras a torcida nao tem paciência para jogadores novos." veja que os sardinha criaram essa cultura de revelar jogadores, se foi por necessidade não vem ao caso, mas é real que lá esse tem essa cultura maior que aqui no palmeiras e espero que o cicero consiga isso, implantar uma forma de jogar e a cultura de revelar talento, fico imaginando daqui 5 a 10 anos o palmeiras forte revelando jogadores, exemplo barcelona que um tempo atras tinha 16 jogadores ou mais oriundo da base.

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