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Fábio

Palmeiras estuda nova e perigosa alteração estatutária

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Excelente texto do Verdazzo. Todo Palmeirense precisa ler isso.

 

O Conselho Deliberativo do Palmeiras estuda nova alteração estatutária a ser votada nas próximas semanas. O principal ponto a ser apreciado pelo Conselho, posteriormente pela Assembleia Geral é a mudança da duração do mandato do presidente do clube, passando de dois para três anos.

A duração do mandato do presidente sempre foi um dos maiores entraves para a vida política do clube. Uma gestão de dois anos faz o presidente ter praticamente metade de seu mandato em ano eleitoral – algo que notoriamente dispersa a atenção e o foco no que realmente interessa, o futebol. Como no primeiro ano o presidente ainda está se inteirando dos fatos e implantando seus projetos, resta pouco tempo para que o clube seja gerido com 100% da atenção que necessita. Um mandato de três anos dá muito mais tranquilidade para que o trabalho, cada vez mais profissionalizado, seja bem desenvolvido.

Um dos argumentos contrários à mudança prega que, com um prazo maior, os prejuízos de se ter um novo Tirone como presidente seriam muito maiores. O que é uma enorme verdade.

Mas não é por causa desse risco que se deve recuar diante da mudança que se desenha. O Palmeiras tem que cuidar mais ainda para não colocar no cargo algum inepto. A eleição ficará mais séria ainda do que já é. Não podemos nos furtar a fazer o certo por medo de não sermos capazes de evitar que se repita o desastre de se eleger alguém com pouco comprometimento com nossas cores. Não é este o perigo.

 
A coisa certa, ao tempo certo

Ao mesmo tempo que precisa corrigir esta falha em sua estrutura política, o Palmeiras precisa respeitar o tempo para que as alterações não pareçam casuístas. A partir do momento em que a alteração for feita, é preciso guardar pelo menos um ano para que a uma eleição contemple os efeitos dessa mudança. A eleição presidencial para novembro próximo não pode dar já ao próximo mandato a extensão do tempo.

O correto é que a eleição de 2018 permaneça dando ao eleito uma gestão até o fim de 2020; a eleição em novembro de 2020 é que elegeria o primeiro presidente com mandato trienal.

 

O histórico escancara a manobra

Leila Pereira em campanha
Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Depois de reduzir de oito para quatro anos como conselheiro o prazo para poder se candidatar à presidência, o Palmeiras pretende afrouxar ainda mais os pré-requisitos. Se o mandato de três anos for aprovado já para 2018, os conselheiros eleitos em 2017 serão os maiores favorecidos.

Pelo texto atual do Estatuto do Palmeiras, é necessário que um conselheiro tenha um mandato completo (quatro anos) para concorrer à presidência do clube – este prazo foi reduzido pela metade na última alteração estatutária, fato incomum na conservadora política do clube, que sempre preferiu períodos mais longos para afastar “aventureiros” do comando alviverde.

Se o eleito em novembro próximo já tiver um mandato de três anos, ele entregará o cargo em dezembro de 2021; os conselheiros eleitos em fevereiro de 2017 já terão completado seus mandatos de quatro anos e poderão assim ser candidatos ao cargo máximo do clube.

A alteração, a toque de caixa, é claramente casuísta e visa facilitar para que Leila Pereira seja candidata a presidente do clube em novembro de 2021. O Palmeiras, desta forma, entregaria as decisões do futebol do clube a quem coloca dinheiro no clube, num evidente e perigoso conflito ético.

Até a eleição de 2015, eram necessários pelo menos onze anos como sócio do clube para ser candidato à presidência: além dos dois mandatos de quatro anos como conselheiro, havia ainda a carência inicial para que o associado recém-admitido pudesse concorrer ao Conselho. Como num passe de mágica, uma associada de 2015 teve sua data inicial alterada para 1996, e poderá, apenas seis anos depois de confeccionar sua primeira carteirinha, ocupar a cadeira mais importante do mundo.

 

Se começa errado, acaba errado

Mauricio Galliote e Leila Pereira

É evidente que o ritmo acelerado com que as coisas acontecem para favorecer Leila Pereira em sua caminhada ao poder num ambiente tão conservador como o Palmeiras mostra que houve algum catalisador no processo – e é pouco provável que tenha sido apenas o carisma da dona das empresas que patrocinam o clube.

Os benefícios de se ter os cofres sempre cheios possibilitam ao clube montar um elenco poderosíssimo. Mas isso, como vimos nos últimos dois campeonatos, não são suficientes para erguer troféus. Um patrocinador forte é capaz de reequilibrar a balança na briga com os dois clubes favorecidos pela rede de televisão detentora dos direitos de transmissão, mas se a gestão do clube não for focada em futebol, o mais provável é que sigamos ouvindo na imprensa que o clube deixou de ganhar campeonatos “apesar do alto investimento”.

A Crefisa e a FAM são parceiros excepcionais do clube e devem ser tratados com o máximo respeito e consideração, mas há linhas que não podem ser rompidas. O presidente do Palmeiras tem que ser uma pessoa ligada ao futebol e com raízes no clube. E isso só o tempo provém. Quem pega atalhos, além de não acumular a bagagem necessária, usa de meios questionáveis para atingir seus fins – algo que hoje repudiamos em nosso inimigo, ex-rival, e que não queremos ver por aqui.

A função do patrocinador é patrocinar; apoiar financeiramente em troca de visibilidade para seus produtos e serviços. Esse é o acordo – ou pelo menos, deveria ter sido. É perfeitamente lícito a qualquer empresário ter ambições políticas num clube de futebol, desde que, a partir do momento que assumir essa ambição, cesse qualquer relacionamento financeiro entre as partes.

Até porque, a partir do momento em que os bolsos da presidente e da patrocinadora forem os mesmos, o modelo de receita do clube tende a ser cada vez mais concentrado, tornando o Palmeiras refém de sua patrocinadora/presidente, cujo temperamento instável já rendeu até ameaças de “patrocinar o Flamengo, que tem mais visibilidade” em outros episódios.

Uma Leila presidente que acumule a função de patrocinadora não serve. Ao alterar o sólido modelo de receita construído nas últimas gestões, torna-lo-á frágil, dependente de sua vontade e de seu humor. Possivelmente será soberana, totalitária, como já é em sua empresa. A ética terá ido para o espaço. E quando romper o vínculo, jogará o clube em situação de penúria – algo semelhante ao que ocorre atualmente com o Fluminense, após a saída da Unimed.

Alexandre Mattos e Mauricio Galiotte

Uma Leila presidente, sem o patrocínio da Crefisa e cheia de ética, deve ser apenas melhor que o Tirone, a despeito de sua suposta competência como gestora de uma empresa financeira – a não ser que percorra o tempo necessário como sócia e conselheira para aprender como funciona o meio  e isso pressupõe que não pegue (mais) atalhos. E que ninguém se iluda que apenas “ter o Mattos a seu lado” será suficiente. Alexandre Mattos é um comerciante excepcional; ele compra e vende jogadores por valores fantásticos e consegue ótimos acordos. Mas não é exatamente um montador de elencos brilhante; é preciso gente notoriamente do ramo para balizá-lo, além da grana de um novo patrocinador. Uma equipe improvável.

É por tudo isso que, se o clube alterar o mandato para a presidência para três anos já a partir da eleição de 2018, estará dando um passo perigosíssimo e colocando em risco todos os avanços que conquistamos nos últimos anos. Três anos, sim – mas só a partir de 2020. CUIDADO PALMEIRAS!

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Já começaram o discurso anti Leila rs 

( Tbm tenho um pé atrás ) mas devido as atitudes de Mustafá e Cia nos bastidores 

Antes ter 3 anos de Leila do que Tirone

Outros clubes são 3 , 4 anos faz tempo 

O mesmo perigo de ter alguem como nosso "amigo" citado 

Podemos ter 3 anos de estilo Paulo Nobre por exemplo 

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É obvio que ela ta "comprando" a presidência, sinceramente se ela se tornar presidente não vejo diferença nenhuma entre unimed e crefisa, incluindo o que aconteceu com o flumerda e que muito provavelmente vai acontecer quando a tia Leila cansar de brincar de Futebol Manager. 

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Presidente e patrocinadora na mesma pessoa tem tudo pra dar errado, aliás,o jeito que a Leila entrou para a política palestrina me deixou extremamente envergonhado.

Sou favorável à mudança do estatuto pq dois anos para o primeiro mandato força o presidente a passar todo o período andando no fio da navalha, só terá sossego no segundo mandato se reeleito; no caso de eleger um outro Tirone,os nobres conselheiros não podem esquecer que foram eles quem colocaram aquela anta na presidência,que todos os candidatos são escolhidos por eles e entre eles,logo,a OBRIGAÇÃO de fiscalizar quem tem ou não condições de governar o clube são eles.

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Li esse texto no Verdazzo! e achei importante ter compartilhado aqui!

O fato de subir pra 3 anos, achei interessante!

Porém, a flexibilização pra presidente, com uma possível candidatura da Leila me preocupa, pois parece haver conflito de interesses!

Cabe a nós, como Palmeirenses, ficar de olho e cobrar dos conselheiros transparência e compromisso com o futuro do clube!

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Sempre achei 2 anos muito curto. Ta louco, quando começa a entender de fato como funcionam as coisas já esta na metade do mandato. Mas tb considero ruim alterar e já beneficiar quem está no cargo

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Não seria melhor, ao invés de colocar 3 anos o mandato, poder se reeleger pela segunda vez consecutiva? 

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Agora, danielmanzano disse:

Sempre achei 2 anos muito curto. Ta louco, quando começa a entender de fato como funcionam as coisas já esta na metade do mandato. Mas tb considero ruim alterar e já beneficiar quem está no cargo

Mas o casuísmo de mudar o estatuto agora pelo que eu entendi é pra favorecer uma provável candidatura da Leila.

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      Não gostei do texto e algumas coisas não fazem sentido, se a Leila for presidente, quando ela acabar o mandato o patrocínio também acaba? É assim o contrato? E de novo essa história de saiu Crefisa acabou o Palmeiras? Não é esse um dos caras que falam pra não alimentar as mentiras da imprensa? Enfim, não conseguiu me convencer de nenhuma ideia, passo.

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Honestamente, essa história toda não cheira nada bem. Com todo o respeito, no mínimo deveria haver algum tipo de quarentena. A Leila entrou ontem no clube, e já quer ser presidente? Empresa que lida com mercado financeiro gerindo futebol, teremos um telhado de vidro do tamanho do mundo - já estou até vendo as denuncias de lavagem de dinheiro, que aliás já saem da boca de alguns cretinos. Bom senso seria ótimo, mas parece que no Palmeiras isso é mercadoria rara. Sinceramente, diante de tudo que anda acontecendo, meu sonho seria o Paulo Nobre comprar o clube de porteira fechada, e dar o rumo que ele merece. Com diletantes, aventureiros e oportunistas os riscos de uma reviravolta negativa em termos de gestão são imensos - não duvido nada que o futebol já não esteja sofrendo com isso.

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Sinceramente, acho que não tem nada a ver alhos com bugalhos. O fato da Leila querer ser patrocinadora e presidente, do meu ponto de vista, é mais benéfico do que maléfico, pois haverá uma tendência a cuidar melhor do dinheiro que está sendo investido no clube.

Por outro lado, ela teria uma arma nas mãos para usar no jogo político ("se não fizerem minhas vontades tiro o $$$"). Mas considerando que isso ela já pode fazer agora, o mal não é tão grande.

Acho que o receio maior é de grupos políticos que perderão espaço naturalmente com a ascenção da Leila.

Há que se considerar também que, se ela for eleita em 2021, ficará no poder por no máximo 6 anos. Isso se o primeiro mandato tiver bons resultados. Até lá é muito tempo, sendo jogo de adivinhação querer projetar agora o que acontecerá até lá.

De toda forma, quem elege o presidente, atualmente, são os sócios. Aos conselheiros cabe apenas aprovar as chapas.

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O Palmeiras teve um Tirone da vida, imaginem se ele conseguisse fazer seu sucessor, o Palmeiras iria demorar uns 10 anos pra se recuperar, tivemos a sorte de ter um Paulo Nobre da vida, que alem de ser honesto, seu filho é o Palmeiras, depois estamos tendo a sorte de ter o Galliote que é honesto, e agora estamos tendo mais sorte ainda de ter a Leila Pereira que parece ser honesta, e seu filho tambem é o Palmeiras, agora temos uma corrente que quer voltar pra traz, e trazer aqueles que mamam, e ai acabamos com gestão profissional e estas pessoas corretas se afastam do Palmeiras, pessoal vamos acordar, e deixar a sorte nos ajudar, quantos times gostariam de ter um Paulo Nobre e uma Leila Pereira.

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2 hours ago, Monteiro said:

É obvio que ela ta "comprando" a presidência, sinceramente se ela se tornar presidente não vejo diferença nenhuma entre unimed e crefisa, incluindo o que aconteceu com o flumerda e que muito provavelmente vai acontecer quando a tia Leila cansar de brincar de Futebol Manager. 

Isso depende muito de como administramos nossos recursos financeiros.

Se existir o mau uso do dinheiro do clube pode acontecer de virarmos uma Unimed.

Se administrarmos bem não temos com o que nos preocupar.

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2 minutos atrás, mau-z/s disse:

Isso depende muito de como administramos nossos recursos financeiros.

Se existir o mau uso do dinheiro do clube pode acontecer de virarmos uma Unimed.

Se administrarmos bem não temos com o que nos preocupar.

Sim, o problema é esse, se ela virar presidente, ela que vai administrar.

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