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Eguren

Futebol resultado vs futebol "arte".

Você se importa com a qualidade do futebol jogado pelo Palmeiras?  

127 votos

  1. 1. Você se importa com a qualidade do futebol jogado pelo Palmeiras?

    • Não, só quero ver a vitória.
      26
    • Não, mas gostaria de ver um futebol melhor
      34
    • Sim, mesmo achando o resultado mais importante.
      60
    • Sim, quero ver a academia de volta.
      7


Posts Recomendados

7 horas atrás, BMarinho disse:

(...)

Lógico que não estou dizendo que de uma hora para outra absolutamente do nada o futebol praticado no Brasil vai ficar mais forte que todas as ligas européias juntas, vamos ter espetaculos de nivel mundial por aqui, longe disso, só que se continuamos aceitando passivamente essa condição "natural" de que aqui não se tem condição de fazer diferente(e não falo só do Palmeiras, falo do futebol brasileiro como um todo),a única certeza que temos é que realmente nunca nada vai mudar, afinal para que fazer algo diferente se "somos vitimas" de uma condição imutável? esse tipo de situação nos condiciona sempre a limitação, temos bastante gente aqui dos investimentos, então acho a citação ao livro Pai Rico pai Pobre faz sentido, quando ele fala da diferença de mentalidade entre os ricos e pobres, ele cita que alguém com mentalidade pobre sempre se auto limita com frases do tipo: eu não posso comprar isso, enquanto uma mentalidade rica sempre condiciona o cérebro a pensar, a sair de sua zona de conforto com frases do tipo: como eu posso conseguir dinheiro para comprar isso?

Pra mim sempre é exatamente isso, se contentar com limitações, com medos ou qualquer coisa desse tipo, é tirar a capacidade que temos de nos desafiar e melhorar as coisas constantemente, é por isso que eu gosto dos loucos como diria Steve Jobs

https://youtu.be/4ZUYtMzrkTY

Pra mim um Cuca que acaba de ser goleado pelo poderoso Água Santa e diz que vai ser campeão Brasilieiro, é mais inspirador do que um monte de "numeros" conquistados com medo ou limitações como os resultadistas tanto gostam. (...)

Curti o comentário como um todo, mas a impressão foi que cagou no final. rs. Fui lendo, concordando e quando pensei que fecharia a conta mandou uma sobre os tais "resultadistas".

Algum torcedor não prioriza o resultado?

No fórum tem dois grupos discutindo algo totalmente inconsistente. Se é ou não a favor do futebol de resultado. Não acredito que tenha alguém autoproclamado torcedor, mas indiferente ao resultado, como se o meio fosse o mais importante.

Na Europa ou no Brasil se busca o resultado. Acho que até no Uruguai, onde se pratica algo parecido com o futebol, só que mais violento, também seja o objetivo.

Sim, a mentalidade é importante. A coragem de vencer é importante. Acontece que isso não tem relação alguma com o modo de jogar, desde a formação básica do esquema até a preponderância defensiva ou ofensiva, objetiva ou cautelosa. A história do esporte mostra que tanto sistemas defensivos, quanto ofensivos já foram campeões. Talvez, no apanhado geral, prevaleçam as defesas.

Enfim, queremos um espetáculo melhor, mais moderno e interessante. As partidas talvez sejam muito longas, sei lá, já defendi nesse tópico a necessidade de começar a pensar em regras novas. 

Conclusão, soa como hipocrisia ser contra os "resultadistas" quando, no final, o maior medo é não alcançar os títulos. A maior crítica aos defensores do atual sistema de jogo do Palmeiras, saudosistas das academias, se fundamenta no questionamento se funcionará nos momentos decisivos (resultado). 

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Eu não quero um estilo  Barcelona, City, Ajax e até Liverpool.

Mas sim um futebol no estilo Grêmio, que não é impossível de se jogar. Eles conseguem com peças inferiores.

Falta vontade nos jogadores, estão acomodados demais. E falta treinador fazer infiltração nas jogadas, tocar a bola de um lado para outro sem objetividade não dá.

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13 horas atrás, guih_sep disse:

Acho que ninguém tem a ilusão de jogar como o Barcelona de 2011.

O que a maioria pede, eu incluso, é um time que saiba se impor não só defensivamente. Que após fazer 1x0 saiba explorar os contra - ataques e não só ficar com a bunda na parede. Que tenha variações de jogadas, de formações

Eu lembro bem dos times do Felipão de 1998 e 1999, e apesar do futebol não ser um espetáculo nível Barça 2011, jogava boas partidas. Mesmo nas partidas mais complicadas, como contra o RIver ( no segundo jogo ) e contra o Vasco. Tá certo, o futebol era diferente, os jogadores mais técnicos, mas enfim...

Gostaria de ver algo próximo do que o Cuca apresentou no primeiro turno de 2016. Aquilo não era um espetáculo bielsista mas agradava e, principalmente, PASSAVA CONFIANÇA. 

Também concordo.

Não vejo problema em recuar um pouco ao fazer um gol, mas isso não pode ser levado ao extremo.

Por exemplo, ter 35% de posso de bola em casa contra o Inter em um determinado momento do segundo tempo. Falem o que quiser, mas eu não gosto.

"Ah mas a posso de bola do Inter foi inofensiva". Concordo, mas é ruim ficar vendo outro time jogar dentro do Allianz.

Ao final, o resultado é mais importante, claro. Comemorei o 1 a 0 sim. Mas com as peças que temos dá pra fazer melhor, simples assim. Talvez a postura seja importante nos jogos mais decisivos de mata-mata.

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3 horas atrás, AndersonPTD disse:

Também concordo.

Não vejo problema em recuar um pouco ao fazer um gol, mas isso não pode ser levado ao extremo.

Por exemplo, ter 35% de posso de bola em casa contra o Inter em um determinado momento do segundo tempo. Falem o que quiser, mas eu não gosto.

"Ah mas a posso de bola do Inter foi inofensiva". Concordo, mas é ruim ficar vendo outro time jogar dentro do Allianz.

Ao final, o resultado é mais importante, claro. Comemorei o 1 a 0 sim. Mas com as peças que temos dá pra fazer melhor, simples assim. Talvez a postura seja importante nos jogos mais decisivos de mata-mata.

Essa vitória contra Inter não foi aquele sentimento que vencemos e boa..

Foi tipo: ufa, vencemos sem jogar nada.

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9 horas atrás, Exagerado disse:

Curti o comentário como um todo, mas a impressão foi que cagou no final. rs. Fui lendo, concordando e quando pensei que fecharia a conta mandou uma sobre os tais "resultadistas".

Algum torcedor não prioriza o resultado?

No fórum tem dois grupos discutindo algo totalmente inconsistente. Se é ou não a favor do futebol de resultado. Não acredito que tenha alguém autoproclamado torcedor, mas indiferente ao resultado, como se o meio fosse o mais importante.

Na Europa ou no Brasil se busca o resultado. Acho que até no Uruguai, onde se pratica algo parecido com o futebol, só que mais violento, também seja o objetivo.

Sim, a mentalidade é importante. A coragem de vencer é importante. Acontece que isso não tem relação alguma com o modo de jogar, desde a formação básica do esquema até a preponderância defensiva ou ofensiva, objetiva ou cautelosa. A história do esporte mostra que tanto sistemas defensivos, quanto ofensivos já foram campeões. Talvez, no apanhado geral, prevaleçam as defesas.

Enfim, queremos um espetáculo melhor, mais moderno e interessante. As partidas talvez sejam muito longas, sei lá, já defendi nesse tópico a necessidade de começar a pensar em regras novas. 

Conclusão, soa como hipocrisia ser contra os "resultadistas" quando, no final, o maior medo é não alcançar os títulos. A maior crítica aos defensores do atual sistema de jogo do Palmeiras, saudosistas das academias, se fundamenta no questionamento se funcionará nos momentos decisivos (resultado). 

Mais ou menos Exagerado essa inclusive é uma discussão que já rolou no tópico de futebol internacional, título, resultado em si é claro que é um dos objetivos de qualquer competição, mais ainda em esporte de alto nível, porém, até pela dificuldade natural que é num universo de 16-20-30 e tantos times 1 apenas ser campeão, o resultado para alguns é um dos objetivos, não o único e pelo qual todos os meios se justificam, para os resultadistas puros no entanto o resultado não é apenas um dos, é o único, e nisso o entretenimento que é o esporte, os valores morais, culturais e outras coisas do tipo que a pratica esportiva pode oferecer na sua condição de entretenimento, são completamente deixadas de lado.

Quando um Mourinho por exemplo que é um senhor treinador de futebol, e se tornou ao longo da carreira, um dos maiores resultadistas da história, não consegue entregar resultado o que é exatamente que sobra? o que exatamente Mourinho e a linha de treinadores que colocam o resultado como maior e único objetivo deixam como entrega de valor associado ao esporte(fazendo claro a ressalva que no caso especifico do Mourinho em seus tempos de Porto houve o legado de metodologias de treinamento, a periodização tática que tanto se discutiu depois dele porém já nos outros clubes pós essa revolução quando o resultado não foi entregue não houveram exatamente novas revoluções)?

Cruyff, Rinus Michels, Guardiola  e essa linha de pensamento colocam que o futebol é entretenimento e como tal o resultado é uma consequência a forma de conseguir o resultado é algo que pelo contrário é exaustivamente trabalhado, preparado,incentivado e tratado com zelo, Cruyff sempre dizia que preferia ganhar um jogo de 5x4 do que de 1 x 0 porque no fim se você faz um gol a mais que o adversário é o suficiente para o objetivo do resultado, só que se você torna isso num espetáculo como um 5x4 o público tem uma experiência muito mais agradável e que vai gerar engajamento naturalmente.

Parece que estamos falando de algo muito fora da realidade, que precisa do dinheiro do futebol europeu para dar certo, é preciso montar uma seleção de jogadores com qualidade fora do comum, um monte de estrela que vão fazer a coisa funcionar naturalmente, só que se paramos para pensar, temos hoje aqui no Brasil um claro seguidor dessa filosofia que é o Sampaoli que a cada derrota ou a cada tropeço sofre uma avalanche de porradas que soam mais como uma auto-defesa da mediocridade, tentando impedir qualquer "louco" de colocar a cabeça um pouco fora da caixa e tentar enxergar as coisas de uma forma diferente, ele inclsusive tem dado declarações nesse sentido(https://www.terra.com.br/esportes/santos/apos-vitoria-do-santos-sampaoli-fala-em-romper-paradigmas-no-futebol,4ac6121463275e9be8c4d2653c36a94eg0qqzz3w.html) só que parece muito mais fácil e comodo para os resultadistas puros, cobrar apenas e tão somente resultado o resto para estes pouco importa, e isso é uma decisão pessoal, a grande questão é querer impor essa "visão" de mundo para todos os outros, como se todos tivessem que aceitar a realidade destes como verdade absoluta e único caminho num esporte/entretenimento que pelo menos historicamente também possui ou permite outras visões.

A alguns dias eu vi uma frase muito boa aqui no fórum que me fez ficar pensando realmentee avaliar algumas coisas, algum companheiro de fórum(me perdoe não lembrar exatamente quem foi) colocou algo como: se o Felipão entrega resultado apenas e tão somente, não precisa sofrer durante uma temporada, é mais fácil esperar o desfecho do campeonato e ir acompanhando apenas os resultados...

Cara, é verdade se o resultado é a "unica" entrega e todo o resto é irrelevante, para que aqueles que esperam algo mais do esporte, deveriam desperdiçar tanto tempo num entretenimento que sabidamente não vai lhes entregar o que esperam? não seria mais inteligente nesse sentido para estes, buscar outra forma de entretenimento que lhes garanta satisfação? e o prejuízo nesse sentido não acaba sendo do clube que perde engajamento de uma parcela de seus torcedores? não é aliás algo também discutido aqui que exatamente dentre outros fatores a qualidade do produto oferecido no Brasil tem afastado cada dia mais público, gerado menos engajamento das futuras gerações, e provocando lentamente um declinio no futebol brasileiro?
 

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7 horas atrás, AndersonPTD disse:

Também concordo.

Não vejo problema em recuar um pouco ao fazer um gol, mas isso não pode ser levado ao extremo.

Por exemplo, ter 35% de posso de bola em casa contra o Inter em um determinado momento do segundo tempo. Falem o que quiser, mas eu não gosto.

"Ah mas a posso de bola do Inter foi inofensiva". Concordo, mas é ruim ficar vendo outro time jogar dentro do Allianz.

Ao final, o resultado é mais importante, claro. Comemorei o 1 a 0 sim. Mas com as peças que temos dá pra fazer melhor, simples assim. Talvez a postura seja importante nos jogos mais decisivos de mata-mata.

Esse sentimento de alívio, que foi o que senti quando terminou a partida contra o Inter, até compreendo como em casos parecidos com o Brasileiro-16, por exemplo. Nas rodadas finais, havia uma pressão gigantesca, não só pelo jejum no Brasileiro, mas por ter ficado tanto tempo na liderança e ter criado uma obrigação de ser campeão, uma característica muito própria dos pontos corridos. Dá pra ver o nível de tensão nos jogos envolvendo City e Liverpool na Inglaterra nessa reta final. Aí ok, você abre mão de jogar futebol pra sobreviver e tentar garantir um resultado.

Mas precisa ser assim o tempo todo, contra todos os times? Acho que essa é a questão. Contra o Fortaleza o time foi capaz de manter a bola por mais tempo e ser incisivo, criar chances, não à toa fez 4 gols.

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13 horas atrás, BMarinho disse:

Mais ou menos Exagerado essa inclusive é uma discussão que já rolou no tópico de futebol internacional, título, resultado em si é claro que é um dos objetivos de qualquer competição, mais ainda em esporte de alto nível, porém, até pela dificuldade natural que é num universo de 16-20-30 e tantos times 1 apenas ser campeão, o resultado para alguns é um dos objetivos, não o único e pelo qual todos os meios se justificam, para os resultadistas puros no entanto o resultado não é apenas um dos, é o único, e nisso o entretenimento que é o esporte, os valores morais, culturais e outras coisas do tipo que a pratica esportiva pode oferecer na sua condição de entretenimento, são completamente deixadas de lado.

(...)

Parece que estamos falando de algo muito fora da realidade, que precisa do dinheiro do futebol europeu para dar certo, é preciso montar uma seleção de jogadores com qualidade fora do comum, um monte de estrela que vão fazer a coisa funcionar naturalmente, só que se paramos para pensar, temos hoje aqui no Brasil um claro seguidor dessa filosofia que é o Sampaoli que a cada derrota ou a cada tropeço sofre uma avalanche de porradas que soam mais como uma auto-defesa da mediocridade, tentando impedir qualquer "louco" de colocar a cabeça um pouco fora da caixa e tentar enxergar as coisas de uma forma diferente, ele inclsusive tem dado declarações nesse sentido(https://www.terra.com.br/esportes/santos/apos-vitoria-do-santos-sampaoli-fala-em-romper-paradigmas-no-futebol,4ac6121463275e9be8c4d2653c36a94eg0qqzz3w.html) só que parece muito mais fácil e comodo para os resultadistas puros, cobrar apenas e tão somente resultado o resto para estes pouco importa, e isso é uma decisão pessoal, a grande questão é querer impor essa "visão" de mundo para todos os outros, como se todos tivessem que aceitar a realidade destes como verdade absoluta e único caminho num esporte/entretenimento que pelo menos historicamente também possui ou permite outras visões.

(...)

Cara, é verdade se o resultado é a "unica" entrega e todo o resto é irrelevante, para que aqueles que esperam algo mais do esporte, deveriam desperdiçar tanto tempo num entretenimento que sabidamente não vai lhes entregar o que esperam? não seria mais inteligente nesse sentido para estes, buscar outra forma de entretenimento que lhes garanta satisfação? e o prejuízo nesse sentido não acaba sendo do clube que perde engajamento de uma parcela de seus torcedores? não é aliás algo também discutido aqui que exatamente dentre outros fatores a qualidade do produto oferecido no Brasil tem afastado cada dia mais público, gerado menos engajamento das futuras gerações, e provocando lentamente um declinio no futebol brasileiro?
 

@BMarinho, mais um vez foram bons os argumentos e até concordo com parte deles. Porém divergimos novamente nas conclusões.

Primeiro, legal ter exposto o contexto da ideia. Concordo muito que para nós deste fórum, que reservamos parte do nosso tempo para discutir futebol, assim como outros entusiastas o futebol envolve muito mais que apenas uma partida de futebol, carregando com ele outros valores importantes. Nos termos postos, a conversa aprofunda muito mais do que eu tinha exposto inicial.

Correto ainda quando menciona a ausência de relação entre altos investimentos e uma proposta de futebol que torne as partidas mais interessantes. Lembro que a geração do Neymar no Santos rendeu muito, era bonito de ver ele e o Ganso jogando. No fim, tinham condições de ter feito mais naquela partida contra o Barcelona em que passaram vergonha. Não vem ao caso. Concordamos que não necessariamente um time que agregue ao algo mais as disputas não exige recursos ou ter uma grife europeia. Precisamos parar com o complexo de vira-latas urgente.

O cerne da questão, em que divergimos, é acreditar ou não que a formação dessa equipe seja possível a partir da previsibilidade de rendimentos ou seja algo aleatório. Diferente de outros esportes, jogados com a mão, a falta de precisão é uma característica do futebol. Até os grandes jogadores de futebol possuem essa qualidade traduzida em números de modo inferior a jogadores comuns de outros esportes. Imagina um time de basquete que erre 20% dos passes ou com margem de acerto em arremessos de dois pontos de apenas 30%. Será vexame na certa. No futebol pode ser campeão das principais disputas. Tudo isso para mostrar que por si só o futebol já tem uma carga de imprecisão.

Para além disso, o futebol é coletivo, não basta ter o melhor jogador para garantir espetáculo ou vitorias. Sequer o time inteiro de craques não garante as vitórias (lembrando, concordamos que vencer é sim primordial). Comparando a outro esporte novamente, todos sabiam que a seleção de basquete dos EUA de 92 seria imbatível e de fato foi. O carrossel Holandes, a nossa seleção de 82 perdeu. A Alemanha dos 7X1 surpreendeu todo mundo, quando o mundo cobrou novos resultados impressionantes sucumbiu.

Sendo assim, me questiono se são razoáveis as cobranças. Acredito que não, se houver espetáculo irei gostar e prefiro assim, na maior parte das vezes vou me contentar com o resultado, pois sofrer para alcançar também faz parte da experiência do futebol. Ser massacrado e ainda assim vencer pode trazer um sentimento bom. Aliás, a maioria dos mortais, na vida, tomam porrada atrás de porrada, para que próximo a morte perceba que valeu a pena. A morte que traz a reconciliação com a vida, assim são múltiplos os relatos.

Por outro lado, se concordamos sobre a importância do resultado, assim como a existência de valores outros que agregam na experiência, tendo eu que reconhecer que a maioria das partidas não entusiasmam, não se tornam inesquecíveis, eu penso que discordamos sobre os meios para alcançar os resultados, mesmo no caso dessa visão mais ampla.

Lógico que uma partida com muitos gols, muitas chances e chutes certeiros, bastante velocidade e objetividade, com dribles e triangulações, grandes defesas de goleiros ou elegância dos zagueiros sejam desejáveis. Se todo jogo e o tempo inteiro fosse assim certamente o futebol seria pleno, unânime, acredito até que se todos alcançassem isso, teríamos o apogeu dos esportes.

Contudo, por entender que tudo acima representa momentos raros do futebol, me contento em ver outras situações. Aceito que algumas vezes será um martírio acompanhar uma partida, pois não tem nada dessas qualidades máximas. Acontece que uma defesa segura, apesar de não emocionar, faz parte do jogo de futebol. No momento das emoções, temos que curtir o bom e o ruim. Por exemplo, depois daquele dia exaustivo, num é gostoso xingar o volante que errou um passe de 5 metros, do qual você teria certeza que acertaria no lugar dele? E o que dizer da angustia de ser pressionado, não ter esperança e num momento aleatório sair desse abalo e entrar na euforia do gol. Tudo isso integra uma partida e temos que aprender ser torcedores.

Aliás, já te vi fazendo diversos comentários sobre estruturas táticas, organização, alternativas de jogo. O amante do futebol, mesmo nas partidas menos interessantes observa todos esses aspectos também. Eu observo. Por isso que não posso conceber com o argumento que basta acompanhar os resultados, já que ao longo de todo jogo, não me restrinjo a esperar os grandes lances, mas estou ali raciocinando, vendo e pensando cada jogada, o que foi feito, o que eu faria no lugar, o que um outro jogador e as características dele poderia ter feito etc.

Concluindo, não acho viável cobrar a diretoria para montar um time imbatível, sendo irrelevante a disponibilidade de dinheiro, pois futebol é aleatório. Além disso, vejo que as partidas espetaculares com excesso de tudo que gostamos são momentos raros, razão pela qual, mesmo desejando, não exijo. O futebol deve ser curtido como um todo e apreciado pelos momentos bons que produz, mas curtido também em outras circunstâncias, pois é muito mais abrangente do que dribles, triangulações na área adversária ou mesmo o gol.

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Em 07/05/2019 em 18:16, guih_sep disse:

Acho que ninguém tem a ilusão de jogar como o Barcelona de 2011.

O que a maioria pede, eu incluso, é um time que saiba se impor não só defensivamente. Que após fazer 1x0 saiba explorar os contra - ataques e não só ficar com a bunda na parede. Que tenha variações de jogadas, de formações

Eu lembro bem dos times do Felipão de 1998 e 1999, e apesar do futebol não ser um espetáculo nível Barça 2011, jogava boas partidas. Mesmo nas partidas mais complicadas, como contra o RIver ( no segundo jogo ) e contra o Vasco. Tá certo, o futebol era diferente, os jogadores mais técnicos, mas enfim...

Gostaria de ver algo próximo do que o Cuca apresentou no primeiro turno de 2016. Aquilo não era um espetáculo bielsista mas agradava e, principalmente, PASSAVA CONFIANÇA. 

Gui, concordo super, mas lembra q o próprio Cuca disse que descobriu que daquele jeito seria impossível ganhar um campeonato?

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Tem gente que realmente acha que no Brasil dá pra jogar um futebol "vistoso" e equilibrado com os atletas que estão disponíveis no mercado. Pra se ter uma idéia, os jogadores que ficam no Br, não servem pra uma 2 divisão inglesa, por exemplo. Nos deixam o resto do resto moçada. Se o Palmeiras que é atual campeão Nacional disputasse a segundona da Inglaterra correria sérios riscos de ser rebaixado pra terceira. Além do nível ser muito ruim, nossos jogadores são bem burros taticamente.

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Eu acho que o futebol brasileiro precisa ser repensado, ou perderá público, torcedores, anunciantes... sinceramente eu não sei o que leva uma criança a torcer por um clube brasileiro hoje. Só o fanatismo de um pai pode formar um torcedor, pq o jogo em si é quase insuportável.

Imagine a gente hoje, sem o componente fanatismo. Imagine que o Palmeiras tomasse uma suspensão de 2 anos, proibido de jogar. Imagina que os clubes que vc mais odeia também, por exemplo, gambás, bambis... quem sabe flamengo por causa da " Flapress ". Quero dizer : Vc não tem o Palmeiras pra torcer e nem rivais pra torcer contra. Traço esse cenário, pq é exatamente um torcedor iniciando seus passos : sem o coração torcendo pra vitória ou derrota de alguém.
Sinceramente, vc conseguiria acompanhar nosso futebol ? Domingão, 16 horas... Cruzeiro X Ceará... vamos passar quase 2 horas curtindo ? Na boa... é chato.

Especificamente falando sobre o Palmeiras, embora pra mim esse cenário acima vai acabar nos afetando, como a todo o futebol brasileiro em si, penso que devemos ter uma coisa em mente : década de 90 acabou e não volta mais.

Dois fatores : Valorização do Euro perante ao Real e a abertura da Europa com o passaporte comunitário.
O Romário em 1995 ganhava 500 mil dólares na Europa e veio ganhar 500 mil reais no Flamengo e isso era basicamente a mesma coisa ( exceto pelo fato do salário não cair né kkkk) Hoje, o cara ganhar 500 mil euros, precisaria ganhar 2 milhões de reais pra equivaler. 
Mas dinheiro não é tudo, futebol europeu tem outro valor esportivo, alcance mundial - e aqui não podemos dissociar a questão do inicio do post, da desvalorização do futebol da América do Sul de modo geral. E antigamente, cada Europeu poderia ter 3 estrangeiros... ou seja, apenas a " nata " classe A iria. Agora....vc consegue passaporte de qualquer país da Europa e joga em qualquer clube europeu... os caras tem elencos com 20 nacionalidades diferentes... hoje, classe A, B e C jogam lá...

E aqui cobro o Palmeiras : Nós somos um dos raros casos em que podemos manter a tal classe C aqui. E dar sequência.
Talvez apenas o Flamengo fosse capaz de segurar um Dudu, um Bruno Henrique, um Gustavo Gomez, Scarpa...

Não vamos falar de futebol arte. Vamos falar de futebol. Só isso.
Temos material humano pra jogar futebol. Variar jogadas de ataques, movimentar o setor ofensivo... sem abdicar da segurança defensiva, o modelo defensivo tá perfeito isso não há o que questionar. O ponto é o que fazer após recuperar a bola. Por exemplo diante dos bambis.... cara quanta pobreza !

Penso o seguinte : Precisamos dar tempo.
A espinha defensiva tá pronta, agora precisamos trabalhar o aspecto ofensivo do modelo de jogo. O treinador ainda não completou um ano de trabalho, e não sabemos sua intenção especialmente junto da comissão técnica. Se o Palmeiras conseguir aliar essa solidez defensiva à uma transição mais competente, e a uma variação ofensiva, estaremos de fato muito fortes em todas as competições.
Enquanto defendermos bem, mas a transição ser um mero chutar pra frente, e a estratégia ofensiva ser bola parada e cruzamento, a chance num mata-mata é quase zero. Um time bem preparado nos acua e elimina, como tem sido.

O Palmeiras atual não é futebol arte e nem de resultado. O Palmeiras atual é um futebol de regularidade, e por isso tem boa chance no Brasileiro. Futebol de regularidade faz a melhor campanha da Libertadores e do Paulista por 2 anos consecutivos. Mas no jogo eliminatório diante de um rival do mesmo tamanho e ideias melhores, não te dá resultado.

Ontem não conseguimos imposição diante do 23º colocado do futebol argentino, aliás, esse futebol hermano mostra que não é preciso craques para realizar boas estratégias táticas e bons modelos de jogo.

Se o Felipão tiver como planejamento, após a solidez defensiva começar a montar uma ideia mais elaborada para a transição e modelo ofensivo - e sim isso vai levar tempo - nosso caminho está muito bem trilhado.
Se considerar que estamos jogando corretamente e que futebol é isso mesmo, defender como uma muralha e chutar pra frente torcendo pra dar certo numa bola parada ou falha adversária... vamos continuar regulares, com bons números e bom retrospecto no Brasileiro, porém sem qualquer resultado nos demais campeonatos.
 

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Já disseram muita coisa aqui e eu não pretendo escrever um texto enorme para dizer exatamente o já foi dito.

Minhas considerações são duas:

- O time do Palmeiras 18/19 joga exatamente como o time do Palmeiras de 2012, com o mesmo Felipão. Se na época a desculpa (muito compreensível, inclusive) era falta de "camarões" para fazer o time jogar melhor, nesses últimos dois anos temos "camarões" aos baldes (a nível nacional, é claro), portanto, esperamos mais desse time. A expectativa é proporcional ao investimento, não adianta.

- Enquanto aceitarmos de bom grado esse "futebol" ridículo praticado no Brasil e ridicularizarmos quem tenta fazer algo diferente, estaremos fadados a essa mediocridade. Como espectadores, por pagarmos caro em ingressos, planos de TV e tudo o mais, o mínimo que devemos exigir é um "espetáculo" mediamente proporcional ao custo. Ninguém paga preço de Soleil no circo Stankowich. O primeiro tempo do jogo de ontem foi um completo desrespeito ao espectador.

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1 hora atrás, Gabriel.SRamos disse:

Já disseram muita coisa aqui e eu não pretendo escrever um texto enorme para dizer exatamente o já foi dito.

Minhas considerações são duas:

- O time do Palmeiras 18/19 joga exatamente como o time do Palmeiras de 2012, com o mesmo Felipão. Se na época a desculpa (muito compreensível, inclusive) era falta de "camarões" para fazer o time jogar melhor, nesses últimos dois anos temos "camarões" aos baldes (a nível nacional, é claro), portanto, esperamos mais desse time. A expectativa é proporcional ao investimento, não adianta.

- Enquanto aceitarmos de bom grado esse "futebol" ridículo praticado no Brasil e ridicularizarmos quem tenta fazer algo diferente, estaremos fadados a essa mediocridade. Como espectadores, por pagarmos caro em ingressos, planos de TV e tudo o mais, o mínimo que devemos exigir é um "espetáculo" mediamente proporcional ao custo. Ninguém paga preço de Soleil no circo Stankowich. O primeiro tempo do jogo de ontem foi um completo desrespeito ao espectador.

Sim, ontem era o time do Assunção jogando, torcendo por uma bolinha parada milagrosa.

O paralelo com o Abel vale: quando no Fluminense, justificava o futebol horrível pela falta de opções, falando que "lá no Flamengo tem um monte, é mais fácil", aí vai pro Flamengo e o futebol é o mesmo.

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Concordo que o Palmeiras joga feio, que poderia jogar bem mais, que é difícil ver jogo...mas pq a mídia enche tanto nosso saco?! Não vejo mais programas esportivos faz tempo mas esses dias eu tentei ver pq queria ver a repercussão da champions e as vezes que coloquei na ESPN os caras estavam descendo a lenha no Palmeiras! Aí lembrei p não vejo mais. Só o Grêmio não joga desse jeito feio mas é só o Palmeiras que é criticado por isso. Sito muita inveja por parte da imprensa, sinceramente. Todos nós sabemos que esses “jornalistas” são todos torcedores enrustidos que nunca pisaram em um campo e falam como se fossem autoridades do assunto. 

 

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