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Clubes da Série A decidem criar liga para organizar o Campeonato Brasileiro [NOVAS INFOS NA 1ºPAG]

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Resolvi criar aqui porque acredito que o maior interessado será sempre o torcedor do time, se a moderação quiser mover pro Bancada...

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Clubes da Série A decidem criar liga para organizar o Campeonato Brasileiro

 

Dezenove clubes da Série A assinaram nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, um documento em que concordam em fundar uma Liga para organizar o Campeonato Brasileiro, que hoje é um produto da CBF.

O documento será entregue para a direção da CBF numa reunião realizada nesta tarde, na sede da entidade. A intenção é organizar o torneio já a partir do ano que vem.

Entre os clubes que disputam a Série A deste ano, o único que não assinou o documento foi o Sport Recife, mas não por oposição à ideia. O clube está sem presidente porque Milton Bivar renunciou nesta terça-feira e uma nova eleição ainda não foi marcada.

Taça do Brasileirão: clubes querem criar liga para organizar o torneio — Foto: Lucas Figueiredo/ CBF

Taça do Brasileirão: clubes querem criar liga para organizar o torneio — Foto: Lucas Figueiredo/ CBF

As articulações começaram nas últimas semanas. Mas ganharam força desde que Rogério Caboclo foi afastado da presidência da CBF depois que o ge revelou uma denúncia de assédio sexual e moral contra ele.

Na manhã desta terça, no Rio de Janeiro, os dirigentes se reuniram num hotel na Barra da Tijuca para pôr no papel a ideia e fechar o discurso para apresentar na reunião à CBF. O encontro desta tarde com o presidente interino Antonio Carlos Nunes, vice-presidentes e diretores da entidade terá outros temas, mas a criação da liga é considerada prioritária pelos dirigentes dos clubes, que além disso desejam maior participação em decisões tomadas pela confederação.

O estatuto da CBF prevê dois tipos de Assembleia Geral, a instância máxima da CBF: Administrativa e Eletiva. É a Assembleia Geral Administrativa que toma decisões como destituir o presidente e votar as prestações de contas da entidade. Dela só participam as 27 federações estaduais de futebol.

Coronel Nunes (à esquerda) é o presidente interino da CBF — Foto: Divulgação

Coronel Nunes (à esquerda) é o presidente interino da CBF — Foto: Divulgação

Os clubes só participam da Assembleia Geral Eleitoral, que só se reúne para escolher o presidente e os vices. E, mesmo assim, eles têm peso menor nas votações. Os votos das 27 federações têm peso 3 (portanto são 81), os votos dos 20 clubes da Série A têm peso 2 (40) e os votos dos clubes da Série B têm peso 1 (ou seja, 20). É essa concentração de poder nas mãos das federações estaduais que os clubes querem discutir nesta semana.

Para a criação de uma liga, segundo o artigo 24 do estatuto da CBF, é necessário ter a aprovação da Assembleia Geral Administrativa. Ou seja: para tirar o poder das federações estaduais, é preciso ter a aprovação dessas mesmas federações estaduais.

A tentativa de criação de uma liga chega num momento financeiramente dramático para os clubes brasileiros. Segundo levantamento do blog do jornalista Rodrigo Capelo, somando os 20 clubes que disputaram a Série A em 2020, os quatro que subiram este ano para a Série A e o Cruzeiro, o endividamento total das equipes chega a R$ 10,83 bilhões. Já as receitas dos clubes somam R$ 4,67 bilhões - menos da metade.

O que o Estatuto da CBF diz sobre Ligas:

Art. 24 – É facultado à CBF, a seu exclusivo critério e nos termos do presente Estatuto, mediante decisão de sua Assembleia Geral Administrativa, admitir a vinculação de Ligas constituídas ou organizadas por entidades de prática desportiva, para fins de integração de suas competições ao calendário anual de eventos oficiais do futebol brasileiro e para seu reconhecimento ou credenciamento na estrutura ou organização desportiva de futebol, no âmbito regional, nacional ou internacional.

§ 1º – Para vinculação à CBF e para a integração de suas competições ao calendário anual oficial do futebol brasileiro, as Ligas deverão cumprir os requisitos exigidos pela CBF.

§ 2º - As Ligas, para terem sua vinculação admitida, devem submeter seus Estatutos à prévia aprovação da CBF a quem incumbe definir a competência, direitos e deveres das Ligas, em obediência ao disposto no Estatuto da FIFA.

§ 3º - As Ligas admitidas estarão obrigadas a respeitar o calendário anual do futebol brasileiro, além de subordinarem-se aos Estatutos, normas, regulamentos e decisões da FIFA, da CONMEBOL e da CBF.

https://ge.globo.com/futebol/noticia/clubes-da-serie-a-concordam-em-criar-uma-liga-para-organizar-o-campeonato-brasileiro.ghtml

§ 4º - As Ligas eventualmente criadas sem observância deste artigo não serão reconhecidas para todos e quaisquer efeitos jurídicos e desportivos como integrantes do sistema da FIFA, da CONMEBOL, da CBF e das Federações filiadas.

 

 

Atualização 29/06/2021

Clubes ouvem propostas de empresas para liga: promessas de aporte de R$ 3 bilhões, direitos centralizados e novo Brasileirão

Treze dias depois de terem marchado até a sede da CBF para anunciar que criarão uma liga para organizar o Campeonato Brasileiro, dirigentes avançam para tirar a ideia do papel. Representantes dos 40 clubes das Séries A e B se reuniram nesta segunda-feira em um hotel em São Paulo – 36 presencialmente, 4 por vídeo – e ouviram propostas de três grupos interessados em participar da operação do bloco.

Um dos grupos é liderado pelo advogado Flavio Zveiter e por Ricardo Fort, ex-executivo da Coca-Cola; outro é coordenado pela consultoria KPMG; e um terceiro é organizado pela empresa Livemode.

ge ouviu pessoas que estiveram na reunião e obteve detalhes sobre as propostas de Zveiter e KPMG. Procuradas pela reportagem, nenhuma das partes quis se pronunciar publicamente sobre a concorrência.

Os projetos têm finalidades semelhantes, mas com estruturas diferentes. Ambos prometem a captação de valores de alguns bilhões de reais para refinanciamento das dívidas dos clubes e uma reconfiguração do Campeonato Brasileiro e da Série B, além da criação de novas receitas.

Também houve uma apresentação de um representante da consultoria americana McKinsey no Brasil. Ele compartilhou ideias colhidas em outros mercados nos quais a empresa atua – e que contam com ligas há mais tempo. Mas a empresa não pretende assumir a operação da liga.

Cada "candidato" teve 40 minutos para apresentar propostas. Zveiter encerrou em 33 minutos, em tempo para responder a perguntas de dirigentes. Um deles perguntou se os clubes precisariam deixar de ser associações civis para virar empresas. O advogado disse que não.

O grupo foi perguntado se pretendia apenas assessorar os clubes na formação de uma liga ou efetivamente participar da operação. O advogado respondeu que a ideia é "colocar a mão na massa".

A KPMG estendeu a apresentação e não chegou a reservar tanto tempo para questões. A empresa tinha na plateia alguns de seus clientes – Corinthians Vasco falam abertamente que contrataram sua consultoria, enquanto outros seguem a confidencialidade. Não quer dizer que esses clubes tenham lado pré-definido na "concorrência".

Os projetos não foram formulados agora. Eles vêm sendo trabalhados há cerca de um ano. Zveiter e KPMG chegaram a se reunir com dirigentes, individualmente, para apresentar ideias. Quando os cartolas tomaram a decisão de anunciar a criação da liga, o processo acelerou, e ambos tiveram apenas de adaptar apresentações.

A premissa

Clubes pretendem assumir a organização do Campeonato Brasileiro e da Série B. À luz do que acontece nas principais ligas europeias, a federação nacional, a CBF, continuaria administrando a seleção brasileira e outras competições nacionais: Copa do BrasilSérie C e Série D.

Diferente de tentativas passadas de formação da liga, em que dirigentes amadores foram nomeados para o comando, e só então profissionais foram buscados por eles para cuidar do operacional, desta vez grupos de executivos e advogados se adiantaram para oferecer o serviço.

Em linhas gerais, há mais semelhanças do que diferenças entre os projetos. Ambos partem da premissa de que o futebol brasileiro está exageradamente endividado e subdimensionado em suas receitas – ou seja, poderia ter um faturamento muito maior do que o atual.

A solução aventada é a centralização de direitos comerciais e de transmissão num bloco, que conseguiria multiplicar as receitas. Isso inclui direitos de transmissão nacionais e internacionais e patrocínios vinculados às competições, como placas e naming rights.

Para reduzir consideravelmente o nível de endividamento, ambos os grupos procuraram fundos de investimento, a fim de descobrir se eles colocariam dinheiro no futebol brasileiro. Esses investidores se tornariam sócios dos clubes e lucrariam no longo prazo. As respostas os deixaram animados. Falta avançar com os cartolas na fundação da liga.

  KPMG, TGA e Dream Factory Zveiter, Fort e Magrath
Estrutura jurídica Consórcio S/A
Captação estimada com investidores R$ 1,5 bilhão a R$ 3 bilhões US$ 750 milhões (R$ 3,7 bilhões)
Promete multiplicar receitas de clubes? Sim Sim
Propõe alterar calendário? Não Sim
Detalhou distribuição de verba? Não Sim
Pretende mudar nº de rebaixados? Não Sim
Fonte: ge

As estruturas

Ainda que sigam pressupostos parecidos para a idealização da liga brasileira, o grupo de Flavio Zveiter e os parceiros da KPMG têm estruturas e números diferentes em suas propostas.

Zveiter propõe a abertura de uma sociedade anônima, uma empresa, da qual todos os clubes se tornariam sócios. Eles não precisariam deixar de ser associações civis sem fins lucrativos; apenas passariam a ser proprietários de um percentual desta S/A que administraria a liga.

A KPMG tem outra ideia. Na proposta dela, os clubes fariam parte de um consórcio – quando duas ou mais pessoas, físicas ou jurídicas, firmam um contrato com obrigações e deveres comuns. Não chega a ser uma sociedade, juridicamente falando, mas uma união de esforços.

Esta figura detém um CNPJ e pode ter funcionários empregados diretamente por ela, mas não recolhe impostos típicos de uma companhia – como Imposto de Renda, PIS, Cofins, ICMS, IPI e ISS.

Em ambos os casos, os clubes entregariam seus ativos para que pudessem ser explorados coletivamente. Patrocínios de uniformes e transferências de atletas dificilmente farão parte do pacote. A decisão caberá, em ambas propostas, aos dirigentes. Os profissionais oferecem suporte para que as direções sejam escolhidas com maior precisão.

No caso do consórcio proposto pela KPMG, o negócio funciona com um prazo pré-estabelecido: um período entre 20 e 30 anos, também a ser definido pelos cartolas. Nesse meio tempo, os clubes dividiriam direitos e deveres. Depois dele, a estrutura poderia ser renovada ou desmontada.

As duas opções foram formuladas de maneira a facilitar a entrada de investidores. Zveiter afirmou aos dirigentes que parte da S/A da liga poderá ser vendida a fundos de investimento, enquanto representantes da KPMG disseram que fundos poderão comprar parte do consórcio.

De onde viria o dinheiro

Na reunião, números foram apresentados aos dirigentes. Flavio Zveiter estima que será possível captar com investidores US$ 750 milhões para a liga – no câmbio atual, equivalem a cerca de R$ 3,7 bilhões.

A KPMG foi um pouco mais conservadora na projeção. Seus representantes afirmaram aos cartolas que a captação com fundos de investimento deverá ficar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 3 bilhões.

Ambos miram fundos especializados em "private equity" – termo que o mercado usa para designar empresas estabelecidas e com capital fechado, ou seja, que não estão listadas em Bolsas de Valores.

Esses fundos aportariam dinheiro na liga para comprar parte dela. A lógica se aplica tanto à S/A quanto ao consórcio. Eles se tornariam sócios e passariam a ter direito a um percentual sobre as receitas futuras dos clubes. No longo prazo, recuperariam o investimento e lucrariam.

Aos clubes, a vantagem seria o recebimento imediato dessas cifras. Bilhões de reais, divididos entre os integrantes da liga, permitiriam que dirigentes pagassem dívidas. A desvantagem é que eles perderiam receitas futuras, que seriam redirecionadas aos investidores.

É por isso que esses profissionais, além de prometer a captação do investimento no mercado, insistem na promessa de aumentar receitas. Se o futebol brasileiro continuar com o tamanho que tem, a entrada de intermediários só tiraria dinheiro dos clubes. A torta precisa aumentar para que os pedaços fiquem mais generosos para todos que a comem.

A distribuição da grana

A KPMG entende que a divisão do dinheiro é um assunto a ser tratado depois. Primeiro os dirigentes precisam fundar a liga, escolher o operador e cuidar de questões jurídicas, depois definirão a distribuição tanto do investimento inicial, quanto das receitas operacionais.

O grupo de Flavio Zveiter já mostrou a dirigentes algumas simulações de como os recursos seriam divididos. São apenas proposições. As decisões serão dos cartolas que aderirem à liga, enquanto aos profissionais caberá fazer recomendações e executar os formatos definidos.

Quanto à captação inicial, as "luvas", o dinheiro seria distribuído assim:

  • 81,5% para a Série A
  • 18,5% para a Série B

Nas divisões em si, a distribuição ainda não está definida. Fatores como desempenho esportivo e tamanho de torcida devem ser levados em consideração para determinar os percentuais de cada clube.

Essas luvas cumprem três papéis. Ao mesmo tempo em que o aporte permite aos clubes o refinanciamento de dívidas, o negócio como um todo fica mais seguro para os investidores, que não querem ter "sócios" endividados e constantemente penhorados, e este dinheiro ainda serve de estímulo para que os cartolas sigam com o projeto da liga.

Nas receitas operacionais, a distribuição seria a seguinte:

Televisão aberta e fechada

  • 50% iguais para todos os clubes da divisão
  • 50% condicionados à posição na tabela

Pay-per-view

  • 70% condicionados à quantidade de assinantes
  • 30% iguais para todos os clubes da divisão

Internacional

  • 40% iguais para todos os clubes da divisão
  • 30% condicionados à posição na tabela
  • 30% de acordo com "fama" (medida por pesquisa)

Nos patrocínios, as receitas seriam divididas de maneira totalmente igualitária, ou seja, 100% iguais para todos os clubes da divisão. A principal propriedade comercial seriam as placas de publicidade nos arredores do campo, que seriam uniformizadas e reduzidas em quantidade, para que o futebol tenha um aspecto mais agradável.

O dinheiro da primeira divisão também seria usado para financiar o futebol feminino com 2% de suas receitas. Logicamente, valores e percentuais dependem da concordância de todos os dirigentes.

Por último, é necessário lembrar que os percentuais acima se referem à "receita líquida", isto é, o valor arrecadado depois de duas deduções: (a) uma taxa de administração para custear a liga e seus profissionais contratados e (b) o percentual a ser repassado para investidores.

A reconfiguração dos campeonatos

A principal razão dessa união entre clubes é a maximização de receitas. Não fará sentido inserir um operador para a liga e um "sócio" (o fundo de investimentos), se o faturamento atual não for multiplicado em algumas vezes. Para que todos ganhem mais do que já têm hoje.

A partir daí, os grupos de executivos têm discursos que apontam para direções diferentes, não necessariamente conflitantes.

A KPMG encontra apoio na Dream Factory. A empresa tem duas décadas de atuação em marketing e promoção de eventos – o mais famoso deles, o Rock in Rio. Eles propõem que jogos sejam repaginados para que tenham maior apelo com público e mercado publicitário.

A proposta também é a da diversificação de receitas. Em vez de continuar dependente do "grande cheque" da RGT – palavras que os representantes da agência usaram ao defender o projeto –, o futebol precisa que novas fontes de receita sejam encontradas e expandidas, coletivamente, inclusive em meios digitais e criptoativos.

 

KPMG e Dream Factory não entram em pautas controversas, como reforma de calendário ou organização dos campeonatos. Esta é uma diferença em relação ao grupo de Flavio Zveiter

Tendo como principal idealizador nesta área o executivo Ricardo Fort, que foi vice-presidente global de patrocínios e eventos da Coca-Cola, depois de uma passagem por cargo similar na Visa também na esfera global, a turma de Zveiter tem sugestões para reconfigurar o futebol.

Campeonato Brasileiro e Série B passariam a ser disputados primordialmente aos fins de semana – de preferência, primeira divisão aos domingos e segunda aos sábados. Copa do Brasil e Libertadores ocupariam os meios de semana, como geralmente já acontece.

Também faz parte do plano ter uma pausa no meio da temporada, possivelmente em julho, para que clubes brasileiros possam fazer excursões e amistosos internacionais. Este é o período em que europeus estão em pré-temporada e abertos para partidas amistosas.

Na primeira divisão, a quantidade de rebaixados e promovidos seria reduzida. Em vez de quatro, seriam apenas três. Sendo que primeiro e segundo colocados na Série B subiriam automaticamente, enquanto terceiro e quarto disputariam a última vaga em um playoff.

Campeonatos estaduais não precisariam ser extintos; passariam a ser disputados por equipes sub-20 – pelo menos entre participantes da liga.

A reformulação do calendário tende impor grande resistência à liga por parte de dirigentes de federações estaduais. Eles se apropriam de parte das receitas com direitos de transmissão dos campeonatos estaduais, além de ficar com o dinheiro de patrocínios. A desvalorização de seus produtos afetaria diretamente as finanças das federações.

Quem são os profissionais

O projeto liderado por Flavio Zveiter tem a participação de alguns executivos brasileiros, como Ricardo Fort e Lawrence Magrath, e a consultoria de estrangeiros. Inclusive, participaram virtualmente da reunião com dirigentes Rick Parry, ex-chefe da Premier League (Inglaterra), e Paolo Dal Pino, atual presidente da Lega Serie A (Itália).

Esses são os nomes que assinam o projeto:

O projeto apresentado pela KPMG tem a coordenação da multinacional, com atuação em consultoria e conhecimento na área financeira, e a participação de empresas específicas para cada uma dessas áreas: jurídica, marketing e gestão fiduciária (necessária para que o consórcio seja operado de maneira transparente e conforme as leis brasileiras).

Esses são os nomes que assinam o projeto:

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Se for um projeto sério, tem que chamar uns gringos da La Liga e da Premier League e deixar os caras fazerem a mágica. Deixa a direção executiva da Liga pra eles.

 

Captação de patrocínios, venda de direitos de transmissão, criação de compliance e fair play financeiro, tudo isso fica com eles. E a divisão de cotas passa essencialmente pela liga e aí sim vai pros Clubes, sem essa de negociação individual.

 

Mas primeiro as federações vão ter que deixar. Isso já fode tudo.

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Acho muito difícil algo assim sair do papel de um ano para o outro. Teria que haver uma debandada coletiva da CBF, a rescisão de vários contratos de transmissão do campeonato brasileiro pela TV (havendo uma nova liga, sem o aval da CBF, o campeonato seria outro, ainda que com a maioria dos clubes grandes), entre diversos outros entraves contratuais e políticos.

 

 

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13 minutos atrás, jfrancisco2012 disse:

Tá me cheirando esquema para perdoar dividas dos clubes

Nada a ver, é mais porque os clubes estão de saco cheio de ter que obedecer tudo que a CBF manda (quem lembra daquele vídeo da reunião que vazou onde o Galiotte questiona e o Cabloco manda todo mundo calar a boca falando que é ele quem manda).

Eu gostei, e espero que saia do papel.

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               De que adianta uma liga em que  a CBF é quem dita as regras? 

               Tem que tentar um rompimento e depois fazer um acordo, se já começa assim, com tudo coordenado pela CBF é a mesma coisa que nada.  

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Demorou para os clubes tomarem essa iniciativa, chega de ficar sob o desmando da CBF e dessa federações estaduais corruptas, espero que não seja apenas fogo de palha e que eles levem essa iniciativa pra frente.

Acho difícil eles mudarem alguma coisa pra 2022, mas acho que pra 2023 já dá pra pensar em alguma mudança mais concreta.

Meu único receio é que aqueles dois times miseráveis que implodiram o grupo dos 13 não queriam tomar as rédeas dessa liga de clube.

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Eu acredito que não vai dar certo simplesmente por esse motivo aqui:

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Os clubes só participam da Assembleia Geral Eleitoral, que só se reúne para escolher o presidente e os vices. E, mesmo assim, eles têm peso menor nas votações. Os votos das 27 federações têm peso 3 (portanto são 81), os votos dos 20 clubes da Série A têm peso 2 (40) e os votos dos clubes da Série B têm peso 1 (ou seja, 20). É essa concentração de poder nas mãos das federações estaduais que os clubes querem discutir nesta semana.

Para a criação de uma liga, segundo o artigo 24 do estatuto da CBF, é necessário ter a aprovação da Assembleia Geral Administrativa. Ou seja: para tirar o poder das federações estaduais, é preciso ter a aprovação dessas mesmas federações estaduais.

 

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Quem vai participar da nova Liga? Quem terá o comando?

A reunião de hoje reuniu 19 clubes da Série A, com exceção do Sport, que viu o seu presidente renunciar ontem. Os 20 clubes da Série B também foram convidados para integrar o grupo. No encontro, além dos clubes, o presidente em exercício da CBF, Coronel Nunes, ficou por alguns minutos no encontro, mas precisou se retirar para fazer exames. A entidade, então, foi representada pelo secretário geral, Walter Feldman, e pelos vices Fernando Sarney, Gustavo Feijó, Castellar Guimarães Neto e Ednaldo Rodrigues.

 

Ainda não há a definição de quem vai ficar no comando, mas os participantes admitem a formação de uma comissão para definir os temas principais. Eles evitam falar em lideranças no momento.

Quando a Liga tomaria conta do Brasileirão?

O plano A é que o Brasileirão de 2022 já tenha o controle da Liga, mas os clubes sabem que as negociações podem demorar mais do que isso. O consenso entre eles é que um pontapé inicial era necessário e que esse ato feito hoje seja o início das conversas para mostrar o poder dos times à CBF.

Quais os objetivos da Liga?

Em entrevista na saída da CBF, Guilherme Bellintani, Maurício Galliote e Rodolffo Landim, mandatários de Bahia, Palmeiras e Flamengo, respectivamente, afirmaram que a Liga não deveria ser encarada como uma cisão com a CBF. A ideia é que os clubes tenham o controle do regulamento da competição, da captação das receitas, da divisão do calendário (de evitar que clubes sejam prejudicados nas data Fifa) e que as federações tenham menos poder político. Hoje, elas têm maior peso nas votações em relação aos clubes. O modelo de rebaixamento e ascensão será mantido normalmente.

"Temos o conceito, uma proposta. E existe um consenso que temos que evoluir. Nós, os clubes, temos que estar mais participativos. Por isso os clubes estão juntos agora. A ideia da Liga é fazer que os clubes participem mais, participem da criação, tenham envolvimento nos recursos do campeonato e como ele é administrado, até no regulamento do Brasileirão. Está na hora dos clubes participarem diretamente nisso. Mas isso não é movimento de ruptura", afirmou Galiotte.

Como a CBF recebeu a notícia?

A CBF pode tentar usar o seu estatuto para impedir a união dos clubes. A entidade tem o regulamento a seu favor para dizer que uma liga não pode ser criada sem a autorização dela. Ela pode recorrer até à Fifa caso queira comprar a briga com os times. No momento, os clubes entendem que há a possibilidade de diálogo e que o modelo de ligas em outros países pode ser usado como exemplo. Os times sabem, no entanto, que haverá novas negociações e que a CBF pode oferecer resistência.

"A Liga não tem interesse em desafiar a estrutura da CBF. Vamos ser parceiros da CBF em outras competições também. Mas nós temos premissas que precisamos mudar para que os clubes tenham mais participação em discussões políticas da CBF. A gente quer continuar parceiro, mas temos um desafio próprio de autonomia", afirmou Guilherme Bellintani.

Crise na CBF ajudou a Liga a ser criada?

O afastamento de Rogério Caboclo foi decisivo para impulsionar o movimento. Os clubes já haviam manifestado insatisfação com ele e, neste momento, a ausência de um líder de fato facilitou a união dos times. Bellintani, no entanto, quis deixar claro que não há oportunismo nessa ação, mas sim aproveitar uma oportunidade.

"É importante diferenciar oportunidade de oportunismo. Não podemos ser oportunistas por causa da vacância na CBF. A gente trouxe uma mensagem aqui de uma parceria histórica. Não é que a gente está propondo isso que precisamos tirar o termo de parceria da CBF. É uma oportunidade quando tem ciclo de crise, é uma oportunidade positiva para mudança", completou o cartola.

Como ficam os contratos já existentes com a RGT, por exemplo?

Os clubes não têm a intenção de romper com os contratos que já estão em andamento. A ideia é cumprir com tudo o que já estiver assinado, especialmente no caso dos dos direitos de transmissão da TV RGT.

"Os contratos serão respeitados, mas nada impede que uma vez a Liga organizada já comece a buscar outras receitas que não as receitas dos contratos que já existem. O Flamengo tem contrato com a RGT e vai cumprir o contrato normalmente", explicou Rodolfo Landim.

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1 hora atrás, T-R3X disse:

Eu acredito que não vai dar certo simplesmente por esse motivo aqui:

 

                   Foi isso que eu disse, Liga com as regras da CBF não serve pra nada. 

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1 hora atrás, Caiser Soze disse:

                   Foi isso que eu disse, Liga com as regras da CBF não serve pra nada. 

 

Para agora, isso é o de menos. Mesmo que tiver que dar um pouco de poder para CBF, o importante era conseguir organizar minimamente o campeonato brasileiro, de preferência junto com a B e a C, e conseguir convencer a Conmebol e a Concacaf fazerem um torneio de clube das Américas, em poucos anos. Se conseguisse arrumar os outros principais nacionais, seria o ideal. O mercado de entretenimento mundial está mudando e não vai demorar muito para chegar ao futebol. Os Gigantes europeus perceberam e começaram a se mover também, sendo que eles estão na frente.

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Se deixar na mão da cbf é uma bosta, na mão dos clubes acho que não mudara muito.

So esperar a duplinha Fla-Flu cair pra segundona que o negócio desanda de vez.

O Varmengo já acha que pode mandar em tudo com a cbf, imagina sem kkkkkkkkk

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4 horas atrás, jfrancisco2012 disse:

Tá me cheirando esquema para perdoar dividas dos clubes

Além disso, lembre-se que tem um monte de time tradicional na série B. 

Pra mim é esquema tbm.

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2 horas atrás, T-R3X disse:

Quem vai participar da nova Liga? Quem terá o comando?

A reunião de hoje reuniu 19 clubes da Série A, com exceção do Sport, que viu o seu presidente renunciar ontem. Os 20 clubes da Série B também foram convidados para integrar o grupo. No encontro, além dos clubes, o presidente em exercício da CBF, Coronel Nunes, ficou por alguns minutos no encontro, mas precisou se retirar para fazer exames. A entidade, então, foi representada pelo secretário geral, Walter Feldman, e pelos vices Fernando Sarney, Gustavo Feijó, Castellar Guimarães Neto e Ednaldo Rodrigues.

 

Ainda não há a definição de quem vai ficar no comando, mas os participantes admitem a formação de uma comissão para definir os temas principais. Eles evitam falar em lideranças no momento.

Quando a Liga tomaria conta do Brasileirão?

O plano A é que o Brasileirão de 2022 já tenha o controle da Liga, mas os clubes sabem que as negociações podem demorar mais do que isso. O consenso entre eles é que um pontapé inicial era necessário e que esse ato feito hoje seja o início das conversas para mostrar o poder dos times à CBF.

Quais os objetivos da Liga?

Em entrevista na saída da CBF, Guilherme Bellintani, Maurício Galliote e Rodolffo Landim, mandatários de Bahia, Palmeiras e Flamengo, respectivamente, afirmaram que a Liga não deveria ser encarada como uma cisão com a CBF. A ideia é que os clubes tenham o controle do regulamento da competição, da captação das receitas, da divisão do calendário (de evitar que clubes sejam prejudicados nas data Fifa) e que as federações tenham menos poder político. Hoje, elas têm maior peso nas votações em relação aos clubes. O modelo de rebaixamento e ascensão será mantido normalmente.

"Temos o conceito, uma proposta. E existe um consenso que temos que evoluir. Nós, os clubes, temos que estar mais participativos. Por isso os clubes estão juntos agora. A ideia da Liga é fazer que os clubes participem mais, participem da criação, tenham envolvimento nos recursos do campeonato e como ele é administrado, até no regulamento do Brasileirão. Está na hora dos clubes participarem diretamente nisso. Mas isso não é movimento de ruptura", afirmou Galiotte.

Como a CBF recebeu a notícia?

A CBF pode tentar usar o seu estatuto para impedir a união dos clubes. A entidade tem o regulamento a seu favor para dizer que uma liga não pode ser criada sem a autorização dela. Ela pode recorrer até à Fifa caso queira comprar a briga com os times. No momento, os clubes entendem que há a possibilidade de diálogo e que o modelo de ligas em outros países pode ser usado como exemplo. Os times sabem, no entanto, que haverá novas negociações e que a CBF pode oferecer resistência.

"A Liga não tem interesse em desafiar a estrutura da CBF. Vamos ser parceiros da CBF em outras competições também. Mas nós temos premissas que precisamos mudar para que os clubes tenham mais participação em discussões políticas da CBF. A gente quer continuar parceiro, mas temos um desafio próprio de autonomia", afirmou Guilherme Bellintani.

Crise na CBF ajudou a Liga a ser criada?

O afastamento de Rogério Caboclo foi decisivo para impulsionar o movimento. Os clubes já haviam manifestado insatisfação com ele e, neste momento, a ausência de um líder de fato facilitou a união dos times. Bellintani, no entanto, quis deixar claro que não há oportunismo nessa ação, mas sim aproveitar uma oportunidade.

"É importante diferenciar oportunidade de oportunismo. Não podemos ser oportunistas por causa da vacância na CBF. A gente trouxe uma mensagem aqui de uma parceria histórica. Não é que a gente está propondo isso que precisamos tirar o termo de parceria da CBF. É uma oportunidade quando tem ciclo de crise, é uma oportunidade positiva para mudança", completou o cartola.

Como ficam os contratos já existentes com a RGT, por exemplo?

Os clubes não têm a intenção de romper com os contratos que já estão em andamento. A ideia é cumprir com tudo o que já estiver assinado, especialmente no caso dos dos direitos de transmissão da TV RGT.

"Os contratos serão respeitados, mas nada impede que uma vez a Liga organizada já comece a buscar outras receitas que não as receitas dos contratos que já existem. O Flamengo tem contrato com a RGT e vai cumprir o contrato normalmente", explicou Rodolfo Landim.

Não é só o Flamengo que depende da RGT. Exceto o Palmeiras,todos já anteciparam quotas do contrato com a RGT. O que os clubes precisam fazer é se desfiliarem da CBF . E não fazerem contratos ,simplesmente mudando de RGT para SBT. A Associação de Clubes precisa ser independente. Insurgirem-se com as Federações é apenas mais uma das providências a serem realizadas. Se desfiliarem de todas as estruturas que estão corroídas pela política partidária. Loucura? Pode ser! Mas, é o que precisa ser feito para gente como os Presidentes de Federações,voltarem a trabalhar,se  for o caso de alguns deles. Na CBF,estou certo de que jamais existiram trabalhadores.

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