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Novo estatuto: um passo lento e bem menor que as pernas

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A reforma estatutária é um dos acontecimentos mais importantes pelo qual o Palmeiras passa nos últimos anos. O processo, iniciado em 2013, segue em andamento – em ritmo muito mais lento que o prometido – e deve proporcionar alguns avanços nos âmbitos administrativo e político. A administração do clube deve ficar bem mais fácil, mas os avanços tendem a ser mais tímidos do que o ideal.

 

 

A mudança mais importante seria a separação completa do clube social do departamento de futebol. Entra em cena a intrincada política interna do clube; o jogo de poderes definido pelo estatuto que está em vigor impede que o bom senso prevaleça. O corte definitivo do cordão umbilical, ao que tudo indica, vai ficar para uma próxima alteração do documento, sob novas regras políticas, estas, sim, já aprovadas, como veremos a seguir. De qualquer forma, devem entrar em vigor algumas alterações no regime contábil que permitirão ao departamento de futebol ter mais autonomia do que no modelo atual. Um avanço discreto.

 

 

O modelo político também será levemente alterado. A duração do mandato do presidente deve ser aumentada de dois para três anos, com direito a uma reeleição. Sabemos o quanto nosso clube é suscetível a crises de origem política, e prolongar o período diminui a quantidade de eleições e, consequentemente, de crises – ao passo que aumenta na mesma proporção a responsabilidade de entregar o cargo máximo do executivo a alguém devidamente capacitado. A manutenção da possibilidade de reeleição, dado que a duração do mandato foi aumentada, é questionável.

 

 

A proporção de cadeiras entre vitalícios e eleitos no Conselho Deliberativo também deve mudar, passando de 148/152 para 100/200, o que significa que as 300 cadeiras serão ocupadas por muito mais gente que deverá satisfação aos sócios e menos comprometida com a política dos caciques. Mas essa proporção poderia ser mais adequada, ainda está distante do ideal. O poder do COF, no entanto, permanece inalterado e teremos que conviver com sua influência negativa, até que uma intervenção divina encerre este longo e tortuoso episódio.

 

 

Ainda está aberta a possibilidade dos sócios-torcedores votarem para presidente, mas a chance disso acontecer é mínima. Isso será consequência direta da não-separação total do clube social do futebol; uma coisa puxaria a outra. O processo é atravancado à medida que os conselheiros atuais, manipulados pelos caciques, votam para manter o máximo de poder que ainda lhes resta – e separar totalmente o futebol do clube social e dar ao torcedor a primazia de decidir o cargo mais importante do clube vão contra seus interesses pessoais.

 

 

O assunto é bastante complexo, envolve uma série de nomes e sobrenomes com muito tempo de clube e muitas histórias de embates, alianças, traições e reconciliações. Pessoas que tratam uma instituição do calibre que tem o Palmeiras como seus próprios quintais e que acham que os torcedores é que estão se intrometendo demais num ambiente que deveria continuar sendo hermético e cujo destino jamais poderia ser decidido por pessoas estranhas aos mesmos clãs.

 

 

Essa resistência, apoiada num estatuto meticulosamente desenvolvido para manter essa muralha em torno do clube, é o que atrasa o processo de modernização do Palmeiras. A mudança do estatuto, para ser feita de maneira democrática, não pode ferir as regras estabelecidas. Isso explica por que o documento, que deve sair em meados de 2016, ainda não foi aprovado – a versão inicial foi prometida para o Centenário do clube, em agosto de 2014, e certamente teremos mais de um ano de atraso em relação ao prazo inicial.

 

 

O novo documento é um passo à frente do Palmeiras, mas bem menor que o tamanho das pernas do gigante, e infelizmente deverá deflagrar, no instante seguinte ao que for definitivamente aprovado, um movimento para novas mudanças. E continuaremos vivendo num ambiente de extrema tensão política.

 

http://espnfc.espn.uol.com.br/palmeiras/re...r-que-as-pernas

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E eu pensando que poderia deixar de ser sócio do social e votar como ST, ledo engano.

 

Não consigo ver qual seria o tal do avanço contabil para dar autonomia ao futebol?

 

Defendo os 3 anos com reeleição há 200 anos, 2 anos é muito ridiculo e simplesmente foi feito para ficarem mudando de presidente a toda hora.

 

De resto, sempre a mesma coisa, vamos ter que esperar uma intervenção divina mesmo.

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E eu pensando que poderia deixar de ser sócio do social e votar como ST, ledo engano.

 

Não consigo ver qual seria o tal do avanço contabil para dar autonomia ao futebol?

 

Defendo os 3 anos com reeleição há 200 anos, 2 anos é muito ridiculo e simplesmente foi feito para ficarem mudando de presidente a toda hora.

 

De resto, sempre a mesma coisa, vamos ter que esperar uma intervenção divina mesmo.

Sem contar ter 4 vice-presidentes... Ridículo.

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Guest guz
E eu pensando que poderia deixar de ser sócio do social e votar como ST, ledo engano.

 

Não consigo ver qual seria o tal do avanço contabil para dar autonomia ao futebol?

 

Defendo os 3 anos com reeleição há 200 anos, 2 anos é muito ridiculo e simplesmente foi feito para ficarem mudando de presidente a toda hora.

 

De resto, sempre a mesma coisa, vamos ter que esperar uma intervenção divina mesmo.

imagino que o social terá demonstrações contábeis obrigatórias (balanço, DRE, DMPL, DFC) separadas do futebol.

 

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O câncer do Palmeiras é esse maldito Conselho e o COF.

 

O dia em que o conselho tiver 100 pessoas os vitalícios forem somente 20, tudo muda por consequência.

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Guest Igor 14
O câncer do Palmeiras é esse maldito Conselho e o COF.

 

O dia em que o conselho tiver 100 pessoas os vitalícios forem somente 20, tudo muda por consequência.

 

O lance é justamente esse: esse dia não chega nunca.

Se não me engano, esse era um dos tópicos do Nobre durante a campanha, essa mudança no estatuto.

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