Ir para conteúdo

Arquivado

Este tópico foi arquivado e está fechado para novas respostas.

Henrique Campanilli

Não há razão para crise no Palmeiras. Mas existe um dilema...

Posts Recomendados

As derrotas para Chapecoense e São Paulo fora de casa, com a equipe bastante alterada pela prioridade natural dada à Libertadores, não servem sequer como sinal de alerta para o Palmeiras. São recuperáveis e até comuns em um campeonato por pontos corridos e todas as suas particularidades. É um reinício para Cuca.

 

O que precisa ser debatido internamente é que o cenário de 2016 não se repete nesta temporada, até pela conquista do título brasileiro. equação técnico campeão + elenco reforçado não significa necessariamente uma fórmula de sucesso. A começar pela dissonância entre a maneira de jogar de Felipe Melo, contratado para ser um líder e interlocutor do técnico, com a visão de futebol de Cuca. Algo bem mais complicado de administrar que uma discussão no rachão. O volante atuou na Europa por mais de uma década marcando por zona na maior parte do tempo. O treinador prefere os encaixes e perseguições individuais.

 

Não é simples pedir para alguém acostumado a ter a bola e o espaço como referências passar a correr atrás do jogador adversário. Por isso a escalação de Felipe na sobra da defesa em um sistema com três defensores na última linha contra o São Paulo no Morumbi. A adaptação, porém, é complicada. Requer tempo e, principalmente, capacidade de convencer que este é o melhor caminho.

 

Outra questão a ser administrada é o favoritismo. Uma coisa é ser campeão brasileiro sendo colocado como o contraponto ao Flamengo do ''cheirinho'' e ao Atlético-MG das estrelas no ataque, outra é entrar em campo sempre com a responsabilidade de ser o protagonista.

No ano passado, mesmo com Cuca bancando o título, a equipe não era o alvo. Seus melhores momentos da equipe, em especial no primeiro turno da principal competição nacional, foram explorando a velocidade de Roger Guedes e Gabriel Jesus surpreendendo os oponentes tanto quanto as jogadas ensaiadas. O time era vertical, definia rapidamente as ações de ataque.

 

Já em 2017 o elenco foi montado para propor o jogo, ideia de Eduardo Baptista que parecia ser consenso no clube por conta desta mudança de status. Com Borja e Guerra, campeões da Libertadores pelo Atlético Nacional dentro de uma proposta ofensiva de Reinaldo Rueda, herdeiro de Juan Carlos Osorio.

 

Cuca pensa futebol diferente. Gosta de seu time desarmando no campo de ataque e partindo com fúria para a área adversária. Aprecia um ''abafa'', o ''Porco Doido''. Também baseia o seu discurso motivacional no ''nós contra eles'', na superação para enfrentar as desconfianças. Mas agora o Palmeiras é a referência, o time a ser batido. Analisado, dissecado, mapeado.

 

Capaz de fazer Rogério Ceni, com seu estilo agressivo e de valorização da posse de bola, não se importar de ficar sem o controle da partida no campo de ataque e fazer o jogo de transições em velocidade para golpear o rival no Morumbi com Lucas Pratto e Luiz Araújo.

 

Há dois caminhos para Cuca: rever e adaptar seus conceitos às melhores peças disponíveis ou pensar, a curto prazo, numa formação titular com a maioria absoluta dos jogadores que trabalharam com ele no ano passado e já conhecem toda a dinâmica do seu estilo. Colocando as estrelas no banco. Toda escolha tem sua complexidade.

 

Não há razão para crise no Palmeiras. Mas está claro que existe um dilema criado pelo próprio sucesso.

 

Veja mais em http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/20...mpid=copiaecola

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites

Andei pensando nisto, até suspeito um pouco que a mudança da formação contra o São Paulo, usando o F. Melo de terceiro zagueiro, trazendo o Jean pra fazer dupla de marcação e saída no meio com o Tche Tche e poupar o Guerra do trabalho, usar o Bigode mais móvel no ataque e dois laterais com chegada ofensiva aproveitando o Melo lá atrás, foi uma tentativa do Cuca de adaptar alguns jogadores ao formato de jogo dele. Não deu muito certo, mas acho que ele ainda fará outras experiencias deste tipo

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites
Visitante

Marcação por encaixe o campo inteiro desgasta os jogadores e nem sempre é sinônimo de sucesso:contra times rápidos,de jogadores habilidosos,qualquer descuido os espaços aparecem.Não é pq funcionou ano passado que a receita do sucesso será a mesma.Eu prefiro a marcação por zona com esse atual elenco.

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites
Guest Buffon

Não gostei

A imprensa vive reclamando de demissões precoces, e estão fazendo essas as analises em menos de um mês de trabalho?

Ah velho, vai procurar materia util pra fazer

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites

Andre Rocha declaradamente não gosta do Cuca.

 

Ele mesmo analisou seu retorno e disse que não seria hipócrita de desejar boa sorte.

 

A única coisa que acerta é quando fala da marcação, agora sobre Cuca ser estilo gaucho e essas groselhas diz que o sujeito não tem mínima noção de quem está avaliando. Cuca é muito mais do que esses rótulos de treinadores ultrapassados.

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites
As derrotas para Chapecoense e São Paulo fora de casa, com a equipe bastante alterada pela prioridade natural dada à Libertadores, não servem sequer como sinal de alerta para o Palmeiras. São recuperáveis e até comuns em um campeonato por pontos corridos e todas as suas particularidades. É um reinício para Cuca.

 

O que precisa ser debatido internamente é que o cenário de 2016 não se repete nesta temporada, até pela conquista do título brasileiro. equação técnico campeão + elenco reforçado não significa necessariamente uma fórmula de sucesso. A começar pela dissonância entre a maneira de jogar de Felipe Melo, contratado para ser um líder e interlocutor do técnico, com a visão de futebol de Cuca. Algo bem mais complicado de administrar que uma discussão no rachão. O volante atuou na Europa por mais de uma década marcando por zona na maior parte do tempo. O treinador prefere os encaixes e perseguições individuais.

 

Não é simples pedir para alguém acostumado a ter a bola e o espaço como referências passar a correr atrás do jogador adversário. Por isso a escalação de Felipe na sobra da defesa em um sistema com três defensores na última linha contra o São Paulo no Morumbi. A adaptação, porém, é complicada. Requer tempo e, principalmente, capacidade de convencer que este é o melhor caminho.

 

Outra questão a ser administrada é o favoritismo. Uma coisa é ser campeão brasileiro sendo colocado como o contraponto ao Flamengo do ''cheirinho'' e ao Atlético-MG das estrelas no ataque, outra é entrar em campo sempre com a responsabilidade de ser o protagonista.

No ano passado, mesmo com Cuca bancando o título, a equipe não era o alvo. Seus melhores momentos da equipe, em especial no primeiro turno da principal competição nacional, foram explorando a velocidade de Roger Guedes e Gabriel Jesus surpreendendo os oponentes tanto quanto as jogadas ensaiadas. O time era vertical, definia rapidamente as ações de ataque.

 

Já em 2017 o elenco foi montado para propor o jogo, ideia de Eduardo Baptista que parecia ser consenso no clube por conta desta mudança de status. Com Borja e Guerra, campeões da Libertadores pelo Atlético Nacional dentro de uma proposta ofensiva de Reinaldo Rueda, herdeiro de Juan Carlos Osorio.

 

Cuca pensa futebol diferente. Gosta de seu time desarmando no campo de ataque e partindo com fúria para a área adversária. Aprecia um ''abafa'', o ''Porco Doido''. Também baseia o seu discurso motivacional no ''nós contra eles'', na superação para enfrentar as desconfianças. Mas agora o Palmeiras é a referência, o time a ser batido. Analisado, dissecado, mapeado.

 

Capaz de fazer Rogério Ceni, com seu estilo agressivo e de valorização da posse de bola, não se importar de ficar sem o controle da partida no campo de ataque e fazer o jogo de transições em velocidade para golpear o rival no Morumbi com Lucas Pratto e Luiz Araújo.

 

Há dois caminhos para Cuca: rever e adaptar seus conceitos às melhores peças disponíveis ou pensar, a curto prazo, numa formação titular com a maioria absoluta dos jogadores que trabalharam com ele no ano passado e já conhecem toda a dinâmica do seu estilo. Colocando as estrelas no banco. Toda escolha tem sua complexidade.

 

Não há razão para crise no Palmeiras. Mas está claro que existe um dilema criado pelo próprio sucesso.

 

Veja mais em http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/20...mpid=copiaecola

Cuca não é bobo. Ele sabe onde o time está. Promovel duas estréias, praticamente. Colocou outro posicionamento. Ele não esperava perder o jogo. Mas tenho certeza que observou alguma coisa. Pricipalmente a falta de agressividade. Eu aposto com ele passou um sabão nos caras. Ele e o Matos. O time está muito de mimi. O Roger Guedes no penultimo jogo matou um monte de contra ataques por ser fominha e quase empataram com a gente.

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites

  • Quem Está Navegando   0 membros estão online

    Nenhum usuário registrado visualizando esta página.

×
×
  • Criar Novo...

Informação Importante

Ao usar o fórum você concorda com nossos Termos de Uso e Política de Privacidade..