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Marcelo Daniel

O legado de Nobre

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Para quem gosta de números.... Retirado do Blog Jorge Nicola

 

"Fechar as contas no azul tem sido missão quase impossível no Palestra Itália. Exceto pelo ano de 2012, todos os outros desde 2005 foram de prejuízo. Houve déficit de R$ 5 milhões em 2005, R$ 36 milhões em 2006, R$ 24 milhões em 2007, R$ 9 milhões em 2008, R$ 41 milhões em 2009, R$ 113 milhões em 2010 e R$ 22 milhões em 2011 e 2013.

 

A temporada de 2012, a última do presidente Arnaldo Tirone, fugiu à dura rotina e garantiu um superávit de R$ 31 milhões. O acumulado dos resultados em quase uma década gerou um rombo na casa dos R$ 241 milhões, que representa mais de 90% da dívida atual do Palmeiras.

 

E todos os últimos cinco presidentes tiveram ao menos um déficit, embora Luiz Gonzaga Belluzzo seja o campeão de prejuízos, com R$ 154 milhões negativos em dois anos.

 

Affonso Della Monica aparece em segundo lugar no ranking vermelho, com R$ 69 milhões, seguido por Paulo Nobre, com R$ 22 milhões, e Mustafá Contursi, com R$ 5 milhões. Tirone registrou R$ 9 milhões positivos ao longo de sua gestão.

 

Bola de neve

Adiantar as receitas de administrações seguintes virou praxe no Palmeiras. Belluzzo havia sacado 77% das verbas que seriam de Tirone. Este, por sua vez, apoderou-se de 69% das cotas de Paulo Nobre.

Três dígitos

Os empréstimos feitos por Nobre ao Palmeiras chegaram recentemente aos R$ 100 milhões. Foram quase R$ 15 milhões apenas nos quatro primeiros meses de 2014."

 

 

 

 

 

 

Se for analisar só pelos números, Tirone pegou um clube com menos receitas (tinha 77% da arrecadação comprometida) e foi o único a dar superavit, coincidência ou não no ano em que ganhamos um titulo importante.

 

Tirone foi um lixo de presidente, odeio ele, mas mostra que Nobre não é o coitadinho e recebeu o clube em condições parecidas com os outros presidentes.

 

Desculpe, não sou especialista nem nada, mas isso me parece apenas um resultado contábil, mascarável com atitudes irresponsáveis que empurram o problema para a próxima gestão. Basta ver a dívida com Wesley, em grande parte contabilizada a partir de 2013. Ou seja, adianta-se ao máximo as receitas (cotas de TV, patrocínio e empréstimos) e posterga-se ao máximo, ainda que a juros irreais e danosos à instituição a longo prazo, os débitos, e assim está formada a bola de neve que alguém algum dia precisa tentar começar a desfazer.

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Guest PC Parmera

Sejamos mais racionais.

 

Sou crítico ao Paulo Nobre e à forma que ele acha que deve governar o Palmeiras. É, sem dúvida, o jeito mustafento de governar.

 

Mas no caso Kardec ele foi correto. O jogador não valia o salário pedido e tampouco o valor da multa.

 

O grande problema é que o Palmeiras não tem um time que preste faz tempo. Mesmo na série b, era difícil acompanhar o futebolzinho muxoxo que o Palmeiras jogava.

 

Precisamos de um bom time. Ponto. Como se faz isso? Contratando, e contratando bem. Não Kardecs e Leandros por 15 milhões de reais. Contratando como o Cruzeiro contratou ano passado. Trazendo jogador bom de verdade, e não Brunos Césars e Danieis Carvalhos que nem forma de jogador profissional possuem.

 

O que tá faltando no Palmeiras é gente competente e apaixonada pelo clube pra comandar o futebol. A última vez que entramos em um campeonato como favoritos ao título foi em 2009, mas mesmo ali faltou competência gerencial.

 

José Carlos Brunoro é, demonstradamente, incompetente. Deve ser demitido antes que o Kleina.

 

Está faltando ao presidente Paulo Nobre ter mais comprometimento com o Palmeiras do que com os seus amigos diretores, CEO's e Cofistas. Time grande se faz com grandes jogadores. O resto é balela.

 

Não se movimenta milhões deixando seus "clientes" sem qualquer esperança de felicidade.

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Esse me parece exatamente o modelo que o Nobre quis implementar, sem tirar nem pôr. Chegou ao poder com a aura de um profissional no meio de um mar de amadores (muitos achavam que ele era um dos donos do Itaú!), com bom trânsito no mercado financeiro, realizando alianças políticas duvidosas em que havia grande divergência de fins mas coincidência de meios, para ter uma certa paz política. Seus primeiros passos foram as nomeações de profissionais para cargos chave em termos de imagem, e sua principal iniciativa foi transformar o torcedor em uma espécie de investidor, capitalizando-o. O passo em que estamos é a busca pela tal robustez econômica, com rigidez quanto aos modelos contratuais e responsabilidade nas contratações e demissões. Ainda não chegamos no ponto de montar bons times; mesmo que bons jogadores sejam contratados, são contratos de pouca segurança para o clube, e a precariedade é uma das moedas que usamos para conseguir trazer tais jogadores (vide casos de Diogo, Vílson, Kardec).

 

O que falta a esse modelo é que o início do círculo é uma folha em branco, enquanto o do Palmeiras contém contratos surreais com jogadores e com a WTorre, dívidas pesadas na liquidez, que tornam cada passo acidentado e a margem de erro muito pequena, com bastante dificuldade para o círculo chegar ao ponto neutro e daí partir para o crescimento. A situação é tão crítica e a herança tão maldita que dessa vez nem a série B serviu pra isso. Também não se pode equacionar maior capacidade de atração com maior disponibilidade dos investidores: uma gestão ruim não vai trazê-los, mas uma gestão perfeita tb não oferece garantia (é o problema do patrocínio).

 

Concordo

 

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Mustafá deixou ao Della Monica um time fraco, na Libertadores, com estrutura defasada e com as contas equilibradas.

 

Afonso Della Monica deixou um bom time a se reestruturar ao Belluzzo com uma boa base e uma situação financeira complicada, na média do futebol paulista.

 

Belluzzo deixou ao Tirone um time razoável em uma situação financeira péssima, com contratos longos, caros e com dívidas altíssimas a curto prazo.

 

Tirone deixou ao Nobre o Palmeiras na Série B sem time, quebrado, sem qualquer crédito na praça, sem patrocínio, com dívidas astronômicas a curto prazo e com todas as verbas possíveis antecipadas.

 

 

O que o Nobre objetiva é quebrar comportamentos recorrentes das diretorias anteriores (salários astronômicos e contratações que atendem interesses a curto prazo) a fim de alterar a tendência de se deixar cada vez mais um legado pior ao próximo presidente, e assim possibilitar à próxima administração um pouco mais de capacidade financeira de administrar o clube. Consertar o Palmeiras em 2 anos após tantos maus tratos financeiro, impossível (mesmo com a injeção de R$85 mi não-previstos).

 

Penso que o Palmeiras precisa de uns 5 anos de administração responsável para voltar a respirar financeiramente e conseguir montar bons times andando com as próprias pernas (a qualidade desse time não reflete a atual capacidade financeira do clube). Mas falar isso no futebol é complicado, ninguém leva a sério planejamento financeiro.

Falou tudo.

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