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Eduardo Luiz

Oeste x Palmeiras - Atuação do técnico

Posts Recomendados

Vamos lá...

 

1. Sim, muitos torcedores ainda têm uma visão bem simplista do jogo, o que não significa que esse tipo de torcedor seja exclusividade. Essa é uma generalização bem perigosa. Há quem acredite que basta escalar 2 laterais, zagueiros, volantes, meias e atacantes pra que o time renda, assim como há quem enxergue que o coletivo não está rendendo, que a movimentação está precária, que não há aproximação ou combinações de passe entre jogadores etc etc. Torcedor pode ser imediatista, ansioso etc etc, mas não é burro, em muitos casos.

 

2. Respondendo os três parágrafos seguintes: é claro que ter jogadores inteligentes, disciplinados taticamente e de boa técnica é importante, mas isso não diminui em nada a importância do trabalho do técnico. No futebol atual, existe uma interdependência cada vez maior entre plantel e comissão técnica: se um técnico precisa de jogadores com esses atributos, os atletas também precisam de orientação, treino, proposta de jogo. Caso contrário, de que serviriam os treinos táticos e técnicos, a periodização tática etc etc? Um treinador poderia simplesmente passar a vida dando treinos coletivos, se assim fosse. Em casos assim, todos precisam ser responsabilizados, com a mesma intensidade. Óbvio que jogador tem culpa quando erra no jogo, treina mal ou não se compromete, assim como a comissão técnica tem "culpa" por ser incapaz de implantar uma filosofia de jogo ou mostrar alguma variedade. Isso se aplica ao Mourinho, ao van Gaal, ao Klopp, ao Guardiola e, consequentemente, aos seus comandados. Por que não se aplicaria ao Marcelo e aos jogadores que temos? Isso não é caçar bruxa ou procurar culpados isolados, é tentar analisar o conjunto da obra.

 

Vou repetir as perguntas que fiz em outro tópico: como esperar que jogadores assimilem um modelo de jogo X e joguem por si mesmos? Jogador aprende a marcar por zona sozinho, por exemplo? E organizar a pressão na saída adversária? Jogadores discutem se as marcações do time devem ser zonais ou individuais sozinhos? E a movimentação ofensiva? Jogador aprende a organizar a saída de bola sozinho? E os movimentos, trocas de passe, ocupação de espaços etc etc? Isso é treino, cara. Não há técnico ou jogador no mundo que te diga outra coisa. Vou dar um exemplo com o Guardiola, citado por você. Essa é a divisão do campo em zonas que ele defende:

 

pep-field.png

 

Os treinos, conceitos de jogo, movimentações ofensivas e defensivas etc dele são baseadas nessa divisão zonal do campo. Inclusive, esse tipo de divisão é cada vez mais comum no futebol mundial. Não vou entrar no mérito do porque dessas divisões, vou apenas deixar como exemplo. Ou seja, respondendo um outro ponto seu: sim, existem zonas delimitadas em um campo de futebol, assim como existem movimentações treinadas, padrões de comportamento treinados em campo etc etc. Isso não é nenhuma aberração. Como esperar que jogadores definam isso sozinhos?

 

Inclusive, pensar no jogo de uma maneira individualizada tende a levar um time aos problemas que temos visto no Palmeiras atual: excesso de individualismo, correria sem rumo etc etc. Isso não acontece porque jogador é burro, acontece porque é muito mais difícil esperar que os jogadores encontrem um padrão de jogo sozinhos e quebrem todo um sistema defensivo adversário sozinhos. Aliás, o próprio jogo de ontem ilustra bem isso: como o Oeste, que tem amebas como Fernandinho e Ricardo Bueno, conseguiu ser mais equilibrado e ter mais volume de jogo que o Palmeiras por boa parte da partida? Temos que assumir que Fernandinho é mais inteligente que o Zé Roberto, que o Bueno é mais inteligente que o Barrios etc etc?

 

Por fim... sobre a qualidade do time, cabe uma ressalva: é possível discutir que o elenco tem carências ou que fulano e sicrano não sejam craques, mas não que isso seja suficiente pra afundar o rendimento coletivo do time. Temos o Lucas na LD, que chegou a disputar um superclássico com a Seleção; VH é um dos melhores zagueiros do país; Zé Roberto dispensa comentários; Arouca foi dono da volância do Santos por 5 anos e recebeu convocação; Jean no Fluminense e nas bichas (como LD), idem; Barrios obteve sucesso no futebol alemão; Robinho foi o jogador que mais acertou passes, lançamentos e inversões de jogo no BR de 2014; Dudu foi líder em assistências no Grêmio de 2014 e continuou se destacando aqui; Jesus foi eleito revelação do BR passado; Érik, do BR anterior; e dá pra citar, ainda, gente como Gabriel, Dracena, Egídio, Moisés, Régis etc etc. É razoável pensar que esses jogadores são menos inteligentes que os que compõem o elenco do São Bento, do Oeste ou de todos os outros medianos/pequenos que terminaram na nossa frente no BR passado?

 

Cobrar uma evolução do Marcelo não é persegui-lo, é tentar justificar a continuidade de seu trabalho aqui. Da mesma maneira que não se pode diminuir a responsabilidade dos jogadores, não se pode fazer isso com o trabalho do técnico.

 

 

Perfeito. Sem por nem tirar uma vírgula.

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Guest Fabito Henrique
Vamos lá...

 

1. Sim, muitos torcedores ainda têm uma visão bem simplista do jogo, o que não significa que esse tipo de torcedor seja exclusividade. Essa é uma generalização bem perigosa. Há quem acredite que basta escalar 2 laterais, zagueiros, volantes, meias e atacantes pra que o time renda, assim como há quem enxergue que o coletivo não está rendendo, que a movimentação está precária, que não há aproximação ou combinações de passe entre jogadores etc etc. Torcedor pode ser imediatista, ansioso etc etc, mas não é burro, em muitos casos.

 

2. Respondendo os três parágrafos seguintes: é claro que ter jogadores inteligentes, disciplinados taticamente e de boa técnica é importante, mas isso não diminui em nada a importância do trabalho do técnico. No futebol atual, existe uma interdependência cada vez maior entre plantel e comissão técnica: se um técnico precisa de jogadores com esses atributos, os atletas também precisam de orientação, treino, proposta de jogo. Caso contrário, de que serviriam os treinos táticos e técnicos, a periodização tática etc etc? Um treinador poderia simplesmente passar a vida dando treinos coletivos, se assim fosse. Em casos assim, todos precisam ser responsabilizados, com a mesma intensidade. Óbvio que jogador tem culpa quando erra no jogo, treina mal ou não se compromete, assim como a comissão técnica tem "culpa" por ser incapaz de implantar uma filosofia de jogo ou mostrar alguma variedade. Isso se aplica ao Mourinho, ao van Gaal, ao Klopp, ao Guardiola e, consequentemente, aos seus comandados. Por que não se aplicaria ao Marcelo e aos jogadores que temos? Isso não é caçar bruxa ou procurar culpados isolados, é tentar analisar o conjunto da obra.

 

Vou repetir as perguntas que fiz em outro tópico: como esperar que jogadores assimilem um modelo de jogo X e joguem por si mesmos? Jogador aprende a marcar por zona sozinho, por exemplo? E organizar a pressão na saída adversária? Jogadores discutem se as marcações do time devem ser zonais ou individuais sozinhos? E a movimentação ofensiva? Jogador aprende a organizar a saída de bola sozinho? E os movimentos, trocas de passe, ocupação de espaços etc etc? Isso é treino, cara. Não há técnico ou jogador no mundo que te diga outra coisa. Vou dar um exemplo com o Guardiola, citado por você. Essa é a divisão do campo em zonas que ele defende:

 

pep-field.png

 

Os treinos, conceitos de jogo, movimentações ofensivas e defensivas etc dele são baseadas nessa divisão zonal do campo. Inclusive, esse tipo de divisão é cada vez mais comum no futebol mundial. Não vou entrar no mérito do porque dessas divisões, vou apenas deixar como exemplo. Ou seja, respondendo um outro ponto seu: sim, existem zonas delimitadas em um campo de futebol, assim como existem movimentações treinadas, padrões de comportamento treinados em campo etc etc. Isso não é nenhuma aberração. Como esperar que jogadores definam isso sozinhos?

 

Inclusive, pensar no jogo de uma maneira individualizada tende a levar um time aos problemas que temos visto no Palmeiras atual: excesso de individualismo, correria sem rumo etc etc. Isso não acontece porque jogador é burro, acontece porque é muito mais difícil esperar que os jogadores encontrem um padrão de jogo sozinhos e quebrem todo um sistema defensivo adversário sozinhos. Aliás, o próprio jogo de ontem ilustra bem isso: como o Oeste, que tem amebas como Fernandinho e Ricardo Bueno, conseguiu ser mais equilibrado e ter mais volume de jogo que o Palmeiras por boa parte da partida? Temos que assumir que Fernandinho é mais inteligente que o Zé Roberto, que o Bueno é mais inteligente que o Barrios etc etc?

 

Por fim... sobre a qualidade do time, cabe uma ressalva: é possível discutir que o elenco tem carências ou que fulano e sicrano não sejam craques, mas não que isso seja suficiente pra afundar o rendimento coletivo do time. Temos o Lucas na LD, que chegou a disputar um superclássico com a Seleção; VH é um dos melhores zagueiros do país; Zé Roberto dispensa comentários; Arouca foi dono da volância do Santos por 5 anos e recebeu convocação; Jean no Fluminense e nas bichas (como LD), idem; Barrios obteve sucesso no futebol alemão; Robinho foi o jogador que mais acertou passes, lançamentos e inversões de jogo no BR de 2014; Dudu foi líder em assistências no Grêmio de 2014 e continuou se destacando aqui; Jesus foi eleito revelação do BR passado; Érik, do BR anterior; e dá pra citar, ainda, gente como Gabriel, Dracena, Egídio, Moisés, Régis etc etc. É razoável pensar que esses jogadores são menos inteligentes que os que compõem o elenco do São Bento, do Oeste ou de todos os outros medianos/pequenos que terminaram na nossa frente no BR passado?

 

Cobrar uma evolução do Marcelo não é persegui-lo, é tentar justificar a continuidade de seu trabalho aqui. Da mesma maneira que não se pode diminuir a responsabilidade dos jogadores, não se pode fazer isso com o trabalho do técnico.

 

Mais uma vez impecável!

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Colegas, partam do princípio que não vi o jogo ontem, logo não tenho comentários sobre a atuação do Marcelo a não ser o que li. Partindo daí, vamos lá:

 

Eu não consigo ver esse Robinho na ponta que todo mundo fala, pq de maneira alguma ele faz jogada de ponta. Ele SEMPRE corta pro meio pra participar da jogada com o Dudu e os volantes. O centro da linha ofensiva é o lugar que ele ocupa na transição ofensiva do time, e esse conceito não é novo. Foi assim que o Jadson brilhou na imundície ano passado. Qualidade do jogador a parte, acho perfeitamente possível que com MUITO treinamento isso seja executado de maneira satisfatória.

 

Mas, estamos falando de uma movimentação que está sendo treinada há pelo menos 5 meses e não tem dado resultado. Não acho que vale mesmo a pena insistir nisso, pois diante das opções que o elenco oferece, a torcida fica impaciente com o futebol que vê diante do que PODERIA estar vendo. Na minha concepção de futebol, o ideal é levar a campo o melhor time possível sempre, considerando o momento dos jogadores e sua capacidade técnica. Hoje, no elenco do Palmeiras, a posição que mais temos opções de qualidade é a de volante ou meia central, sendo elas:

 

  1. Jean
  2. Arouca
  3. Gabriel
  4. Matheus Sales
  5. Robinho
  6. Moisés
  7. Thiago Santos
  8. Rodrigo

 

Ao meu ver, a formação ideal seria usar o maior número possível desses jogadores, sem tirar a ofensividade, claro. Como um 4-3-3 com base alta ou 4-3-1-2 com um ponta de lança na frente deste trio. Poderia ser Arouca, Jean e Robinho ou Gabriel, Sales e Moisés, etc. São jogadores de bom passe, boa condução e que se completam nas suas características. Seria parecido com o que a França fez na Copa de 2014, com triangulações e ultrapassagens interessantes. Mas, mesmo que o Marcelo comece a treinar isso hoje, não esperem nenhum Futebol Total em menos de 1 mês rsrs.

 

 

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Guest Fabito Henrique

O Marcelo treina a semana toda com Dudu no meio e Robinho na ponta

 

Vcs acham que quando começar o jogo os dois vão simplesmente inverter as posições, pq eles acham que rendem mais naquela posição?

Vcs acham que o técnico na beirada do campo não vai notar isso? Ele vai aceitar numa boa? Ele não vai tentar reposicionar os jogadores?

 

O jogador em campo pode improvisar um momento ou outro, mas 90% das vezes estão ali seguindo as ordens de quem os treinou, para exercer o papel que foram treinados para exercer.

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Colegas, partam do princípio que não vi o jogo ontem, logo não tenho comentários sobre a atuação do Marcelo a não ser o que li. Partindo daí, vamos lá:

 

Eu não consigo ver esse Robinho na ponta que todo mundo fala, pq de maneira alguma ele faz jogada de ponta. Ele SEMPRE corta pro meio pra participar da jogada com o Dudu e os volantes. O centro da linha ofensiva é o lugar que ele ocupa na transição ofensiva do time, e esse conceito não é novo. Foi assim que o Jadson brilhou na imundície ano passado. Qualidade do jogador a parte, acho perfeitamente possível que com MUITO treinamento isso seja executado de maneira satisfatória.

Realmente se você não assistiu o jogo não percebeu isso. Ele foi praticamente um ala pela direita.

 

Nas 3 raríssimas vezes que fez o que você disse nosso time chegou com mais perigo ao ataque.

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Visitante
O problema é que a diretoria pode cobrar resultados, mas não pode cobrar uma nova filosofia de trabalho do Marcelo, até porque não terão embasamento para isso.

Desde o tempo do Kleina que falo que deveríamos montar um colegiado formado por algum ex-tecnico, um estudioso da parte tática e treinos, alguem para estudar somente os adversário e alguem bom em estatísticas... e esse colegiado trabalharia na analise do trabalho do técnico e cobraria não só resultados, mas tambem mudanças táticas, de modelo de jogo, mudanças de escalação, tudo isso baseado nos estudos deste colegiado...

E não seria nada antiprofissional, o tecnico que fosse contratado já viria sabendo desse novo modelo de trabalho.

 

Seria bom, só não sei se há alguém próximo a diretoria com ideias e respaldo para ter esse tipo de conversa, na realidade, o termo certo seria apresentação formal de uma proposta, com material de apoio, estatísticas e exemplos de que este seria um bom negócio ao nosso e qualquer clube do Brasil, acho que o pensamento impregnado nas diretorias brasileiras é o de comprar comissão técnica pronta sempre, sempre contratar esse serviço sem interferência direta do clube no trabalho dos "profissionais".

 

 

Vamos lá...

 

1. Sim, muitos torcedores ainda têm uma visão bem simplista do jogo, o que não significa que esse tipo de torcedor seja exclusividade. Essa é uma generalização bem perigosa. Há quem acredite que basta escalar 2 laterais, zagueiros, volantes, meias e atacantes pra que o time renda, assim como há quem enxergue que o coletivo não está rendendo, que a movimentação está precária, que não há aproximação ou combinações de passe entre jogadores etc etc. Torcedor pode ser imediatista, ansioso etc etc, mas não é burro, em muitos casos.

 

2. Respondendo os três parágrafos seguintes: é claro que ter jogadores inteligentes, disciplinados taticamente e de boa técnica é importante, mas isso não diminui em nada a importância do trabalho do técnico. No futebol atual, existe uma interdependência cada vez maior entre plantel e comissão técnica: se um técnico precisa de jogadores com esses atributos, os atletas também precisam de orientação, treino, proposta de jogo. Caso contrário, de que serviriam os treinos táticos e técnicos, a periodização tática etc etc? Um treinador poderia simplesmente passar a vida dando treinos coletivos, se assim fosse. Em casos assim, todos precisam ser responsabilizados, com a mesma intensidade. Óbvio que jogador tem culpa quando erra no jogo, treina mal ou não se compromete, assim como a comissão técnica tem "culpa" por ser incapaz de implantar uma filosofia de jogo ou mostrar alguma variedade. Isso se aplica ao Mourinho, ao van Gaal, ao Klopp, ao Guardiola e, consequentemente, aos seus comandados. Por que não se aplicaria ao Marcelo e aos jogadores que temos? Isso não é caçar bruxa ou procurar culpados isolados, é tentar analisar o conjunto da obra.

 

Vou repetir as perguntas que fiz em outro tópico: como esperar que jogadores assimilem um modelo de jogo X e joguem por si mesmos? Jogador aprende a marcar por zona sozinho, por exemplo? E organizar a pressão na saída adversária? Jogadores discutem se as marcações do time devem ser zonais ou individuais sozinhos? E a movimentação ofensiva? Jogador aprende a organizar a saída de bola sozinho? E os movimentos, trocas de passe, ocupação de espaços etc etc? Isso é treino, cara. Não há técnico ou jogador no mundo que te diga outra coisa. Vou dar um exemplo com o Guardiola, citado por você. Essa é a divisão do campo em zonas que ele defende:

 

pep-field.png

 

Os treinos, conceitos de jogo, movimentações ofensivas e defensivas etc dele são baseadas nessa divisão zonal do campo. Inclusive, esse tipo de divisão é cada vez mais comum no futebol mundial. Não vou entrar no mérito do porque dessas divisões, vou apenas deixar como exemplo. Ou seja, respondendo um outro ponto seu: sim, existem zonas delimitadas em um campo de futebol, assim como existem movimentações treinadas, padrões de comportamento treinados em campo etc etc. Isso não é nenhuma aberração. Como esperar que jogadores definam isso sozinhos?

 

Inclusive, pensar no jogo de uma maneira individualizada tende a levar um time aos problemas que temos visto no Palmeiras atual: excesso de individualismo, correria sem rumo etc etc. Isso não acontece porque jogador é burro, acontece porque é muito mais difícil esperar que os jogadores encontrem um padrão de jogo sozinhos e quebrem todo um sistema defensivo adversário sozinhos. Aliás, o próprio jogo de ontem ilustra bem isso: como o Oeste, que tem amebas como Fernandinho e Ricardo Bueno, conseguiu ser mais equilibrado e ter mais volume de jogo que o Palmeiras por boa parte da partida? Temos que assumir que Fernandinho é mais inteligente que o Zé Roberto, que o Bueno é mais inteligente que o Barrios etc etc?

 

Por fim... sobre a qualidade do time, cabe uma ressalva: é possível discutir que o elenco tem carências ou que fulano e sicrano não sejam craques, mas não que isso seja suficiente pra afundar o rendimento coletivo do time. Temos o Lucas na LD, que chegou a disputar um superclássico com a Seleção; VH é um dos melhores zagueiros do país; Zé Roberto dispensa comentários; Arouca foi dono da volância do Santos por 5 anos e recebeu convocação; Jean no Fluminense e nas bichas (como LD), idem; Barrios obteve sucesso no futebol alemão; Robinho foi o jogador que mais acertou passes, lançamentos e inversões de jogo no BR de 2014; Dudu foi líder em assistências no Grêmio de 2014 e continuou se destacando aqui; Jesus foi eleito revelação do BR passado; Érik, do BR anterior; e dá pra citar, ainda, gente como Gabriel, Dracena, Egídio, Moisés, Régis etc etc. É razoável pensar que esses jogadores são menos inteligentes que os que compõem o elenco do São Bento, do Oeste ou de todos os outros medianos/pequenos que terminaram na nossa frente no BR passado?

 

Cobrar uma evolução do Marcelo não é persegui-lo, é tentar justificar a continuidade de seu trabalho aqui. Da mesma maneira que não se pode diminuir a responsabilidade dos jogadores, não se pode fazer isso com o trabalho do técnico.

 

Acrescento mais, foram os conceitos de Guardiola que mudaram vertiginosamente o método de jogo do Barcelona, método que foi implementado também na base e propiciou aos garotos da base jogarem no mesmo modelo do profissional, minimizando drasticamente a adaptação na transição juvenil/pro.

 

Ter métodos de treinamento eficazes é imprescindível para um trabalho notável, tanto que fica explícito uma mudança no modelo de jogo de um time quando o trabalho do técnico é bem feito.

 

Anteriormente citei o exemplo do Roger para o Gui, mas ele não aceitou que o time inexistente em campo foi amplamente afetado pelo conceito trazido pelo ex-jogador, que tinha a vantagem de já acompanhar o Grêmio, já conhecer os jogadores, mas independente disso o treinamento fez total diferença principalmente num meio campo com jogadores limitados e laterais que tiveram participações mais consistentes e importantes ao rendimento do time.

 

Tivemos exemplos como o Guarani paraguaio com jogadores que só sabiam correr, mas preenchiam os espaços do campo impedindo o trabalho de adversários que vinham embalados, só limitações físicas e técnicas enormes fizeram o time cair.

 

Pensar que o trabalho do técnico não é essencial e primordial é um disparate, todo o futebol mundial estaria se iludindo então. :D

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Colegas, partam do princípio que não vi o jogo ontem, logo não tenho comentários sobre a atuação do Marcelo a não ser o que li. Partindo daí, vamos lá:

 

Eu não consigo ver esse Robinho na ponta que todo mundo fala, pq de maneira alguma ele faz jogada de ponta. Ele SEMPRE corta pro meio pra participar da jogada com o Dudu e os volantes. O centro da linha ofensiva é o lugar que ele ocupa na transição ofensiva do time, e esse conceito não é novo. Foi assim que o Jadson brilhou na imundície ano passado. Qualidade do jogador a parte, acho perfeitamente possível que com MUITO treinamento isso seja executado de maneira satisfatória.

 

Mas, estamos falando de uma movimentação que está sendo treinada há pelo menos 5 meses e não tem dado resultado. Não acho que vale mesmo a pena insistir nisso, pois diante das opções que o elenco oferece, a torcida fica impaciente com o futebol que vê diante do que PODERIA estar vendo. Na minha concepção de futebol, o ideal é levar a campo o melhor time possível sempre, considerando o momento dos jogadores e sua capacidade técnica. Hoje, no elenco do Palmeiras, a posição que mais temos opções de qualidade é a de volante ou meia central, sendo elas:

 

  1. Jean
  2. Arouca
  3. Gabriel
  4. Matheus Sales
  5. Robinho
  6. Moisés
  7. Thiago Santos
  8. Rodrigo

 

Ao meu ver, a formação ideal seria usar o maior número possível desses jogadores, sem tirar a ofensividade, claro. Como um 4-3-3 com base alta ou 4-3-1-2 com um ponta de lança na frente deste trio. Poderia ser Arouca, Jean e Robinho ou Gabriel, Sales e Moisés, etc. São jogadores de bom passe, boa condução e que se completam nas suas características. Seria parecido com o que a França fez na Copa de 2014, com triangulações e ultrapassagens interessantes. Mas, mesmo que o Marcelo comece a treinar isso hoje, não esperem nenhum Futebol Total em menos de 1 mês rsrs.

 

Este é o ponto. Se vc tem vários jogadores com este perfil no elenco para que insistir em um esquema com "pontas" se vc não os tem.

 

Ficou na cabeça do MO o estilo cruzeiristico, sendo que não tem jogadores para tal.

 

Com Gabriel, Arouca, Jean no meio vc ganha qualquer meio campo do Brasil, América do Sul. Por ai acontecem as jogadas naturalmente, mais posse de bola, cobertura perfeita das laterais e defesa bem guarnecida, roubada de bola para o veloz Dudu, infiltração das laterais com o Barrios na área, vc pode até ter um jogo mais truncado porém muito mais eficiente já que os tres volantes citados sabem jogar. E ainda com peças de reposição no elenco.

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1. Sim, muitos torcedores ainda têm uma visão bem simplista do jogo, o que não significa que esse tipo de torcedor seja exclusividade. Essa é uma generalização bem perigosa. Há quem acredite que basta escalar 2 laterais, zagueiros, volantes, meias e atacantes pra que o time renda, assim como há quem enxergue que o coletivo não está rendendo, que a movimentação está precária, que não há aproximação ou combinações de passe entre jogadores etc etc. Torcedor pode ser imediatista, ansioso etc etc, mas não é burro, em muitos casos.

 

2. Respondendo os três parágrafos seguintes: é claro que ter jogadores inteligentes, disciplinados taticamente e de boa técnica é importante, mas isso não diminui em nada a importância do trabalho do técnico. No futebol atual, existe uma interdependência cada vez maior entre plantel e comissão técnica: se um técnico precisa de jogadores com esses atributos, os atletas também precisam de orientação, treino, proposta de jogo. Caso contrário, de que serviriam os treinos táticos e técnicos, a periodização tática etc etc? Um treinador poderia simplesmente passar a vida dando treinos coletivos, se assim fosse. Em casos assim, todos precisam ser responsabilizados, com a mesma intensidade. Óbvio que jogador tem culpa quando erra no jogo, treina mal ou não se compromete, assim como a comissão técnica tem "culpa" por ser incapaz de implantar uma filosofia de jogo ou mostrar alguma variedade. Isso se aplica ao Mourinho, ao van Gaal, ao Klopp, ao Guardiola e, consequentemente, aos seus comandados. Por que não se aplicaria ao Marcelo e aos jogadores que temos? Isso não é caçar bruxa ou procurar culpados isolados, é tentar analisar o conjunto da obra.

 

Vou repetir as perguntas que fiz em outro tópico: como esperar que jogadores assimilem um modelo de jogo X e joguem por si mesmos? Jogador aprende a marcar por zona sozinho, por exemplo? E organizar a pressão na saída adversária? Jogadores discutem se as marcações do time devem ser zonais ou individuais sozinhos? E a movimentação ofensiva? Jogador aprende a organizar a saída de bola sozinho? E os movimentos, trocas de passe, ocupação de espaços etc etc? Isso é treino, cara. Não há técnico ou jogador no mundo que te diga outra coisa. Vou dar um exemplo com o Guardiola, citado por você. Essa é a divisão do campo em zonas que ele defende:

 

pep-field.png

 

Os treinos, conceitos de jogo, movimentações ofensivas e defensivas etc dele são baseadas nessa divisão zonal do campo. Inclusive, esse tipo de divisão é cada vez mais comum no futebol mundial. Não vou entrar no mérito do porque dessas divisões, vou apenas deixar como exemplo. Ou seja, respondendo um outro ponto seu: sim, existem zonas delimitadas em um campo de futebol, assim como existem movimentações treinadas, padrões de comportamento treinados em campo etc etc. Isso não é nenhuma aberração. Como esperar que jogadores definam isso sozinhos?

 

Inclusive, pensar no jogo de uma maneira individualizada tende a levar um time aos problemas que temos visto no Palmeiras atual: excesso de individualismo, correria sem rumo etc etc. Isso não acontece porque jogador é burro, acontece porque é muito mais difícil esperar que os jogadores encontrem um padrão de jogo sozinhos e quebrem todo um sistema defensivo adversário sozinhos. Aliás, o próprio jogo de ontem ilustra bem isso: como o Oeste, que tem amebas como Fernandinho e Ricardo Bueno, conseguiu ser mais equilibrado e ter mais volume de jogo que o Palmeiras por boa parte da partida? Temos que assumir que Fernandinho é mais inteligente que o Zé Roberto, que o Bueno é mais inteligente que o Barrios etc etc?

 

Por fim... sobre a qualidade do time, cabe uma ressalva: é possível discutir que o elenco tem carências ou que fulano e sicrano não sejam craques, mas não que isso seja suficiente pra afundar o rendimento coletivo do time. Temos o Lucas na LD, que chegou a disputar um superclássico com a Seleção; VH é um dos melhores zagueiros do país; Zé Roberto dispensa comentários; Arouca foi dono da volância do Santos por 5 anos e recebeu convocação; Jean no Fluminense e nas bichas (como LD), idem; Barrios obteve sucesso no futebol alemão; Robinho foi o jogador que mais acertou passes, lançamentos e inversões de jogo no BR de 2014; Dudu foi líder em assistências no Grêmio de 2014 e continuou se destacando aqui; Jesus foi eleito revelação do BR passado; Érik, do BR anterior; e dá pra citar, ainda, gente como Gabriel, Dracena, Egídio, Moisés, Régis etc etc. É razoável pensar que esses jogadores são menos inteligentes que os que compõem o elenco do São Bento, do Oeste ou de todos os outros medianos/pequenos que terminaram na nossa frente no BR passado?

 

Cobrar uma evolução do Marcelo não é persegui-lo, é tentar justificar a continuidade de seu trabalho aqui. Da mesma maneira que não se pode diminuir a responsabilidade dos jogadores, não se pode fazer isso com o trabalho do técnico.

 

Mas que gabarito.

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Cara, só comento que lembro o quanto o jogo fluía entre Gabriel Jesus e Barrios, lembro daquele gol do Barrios contra o Cruzeiro na CdB, que o Gabriel deu uma deixadinha sensacional pro gringo marcar.... além de fazer outro gol caindo pela direita.

 

Agora, faz quanto tempo que a gente não vê o Gabriel caindo da esquerda pra direita em velocidade? No máximo no último jogo, mas ele fez gol se enfiando pelo meio. Ele tá muito colado na lateral, tem que jogar caindo pro meio,

 

Dudu ta no meio? Beleza! Faz ele flutuar atrás do Gabriel e do Barrios, jogando como ponta de lança. Tem uma cacetada de volante versátil? Põe lá Arouca e Jean/Gabriel, para se alternarem entre 1ª e 2ª volância e darem cobertura aos laterais (uma coisa que funcionava com o OO pelo menos), põe Robinho no meio dos dois mais avançado e faz um triângulo no meio.

 

Chega nos laterais e manda atacar para cobrir os espaços nos lados, já que os meio-campistas vão jogar pelo... meio.

 

Resumo:

 

1 - Fica com três pra fazer uma saída de bola no mínimo mais qualificada: Jean/Gabriel, Arouca e Robinho;

 

2 - Tem um cara jogando flutuando no ataque que não tem obrigação de vir buscar o jogo: Dudu;

 

3 - Tem laterais ofensivos para abrir a defesa adversária e ocupar o espaço quando o Dudu puxar a jogada pro outro lado do campo;

 

4 - Tem volantes ÓTIMOS, melhor setor do time, para cobrir essas subidas;

 

5 - Tem um "ponta" fazedor de gols, que pode entrar na área em velocidade vindo de qualquer lado do campo, além de com essa movimentação poder puxar marcação: Gabriel/Erik

 

6 - Tem um centroavante pra fazer o serviço: Barrios

 

--------------Prass--------------

------Dracena---V. Hugo-------

--Lucas---------------------Zé--

--------Arouca------Jean-------

----------------------------------

--------------Robinho-----------

--------------------Dudu---------

-----G. Jesus-------------------

----------------------Barrios-----

 

É, acho que é quase um 4-4-2 hahahaha

 

Aliás, nesse esquema, quando em momento de ataque teríamos no mínimo 6 no ataque: um volante, um lateral, Robinho, Dudu, Jesus e Barrios. Outro volante ainda poderia subir um pouco pra gerar superioridade numérica no meio (que é um problema nosso). Ah! E na defesa daria pra congestionar o meio assim:

 

--------------Prass--------------

------Dracena---V. Hugo-------

--Lucas---------------------Zé--

--Arouca----Robinho----Jean--

---------------Dudu--------------

-----G. Jesus-------------------

----------------------Barrios-----

 

Assim, em uma retomada para contra-ataque, Arouca ou Jean iniciariam a jogada, e poderiam jogar pro Robinho lançar ou pro Dudu correr direto. Dessa forma, Robinho jamais ficaria morrendo jogando de ponta.

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Inclusive, pensar no jogo de uma maneira individualizada tende a levar um time aos problemas que temos visto no Palmeiras atual: excesso de individualismo, correria sem rumo etc etc. Isso não acontece porque jogador é burro, acontece porque é muito mais difícil esperar que os jogadores encontrem um padrão de jogo sozinhos e quebrem todo um sistema defensivo adversário sozinhos. Aliás, o próprio jogo de ontem ilustra bem isso: como o Oeste, que tem amebas como Fernandinho e Ricardo Bueno, conseguiu ser mais equilibrado e ter mais volume de jogo que o Palmeiras por boa parte da partida? Temos que assumir que Fernandinho é mais inteligente que o Zé Roberto, que o Bueno é mais inteligente que o Barrios etc etc?

 

Comentei isso com quem estava reclamando do Barrios, é só trocar pelo Bueno. Não querem né? Todos sabem q o Barrios, num time acertado, é top 3 no Brasil hj.

 

Se o time dependesse só de craques, pq que pagam milhões pro Guardiola? Será q ele não influencia nada no jeito de jogar do time?

Isso não é q nem no Fifa/PES q vc escolhe os caras com maior OVERALL, sem ligar pro estilo de jogo, perna q chuta, etc, aperta 2 botões e o L. Almeida da carretilha... Estamos falando de Futebol PROFISSIONAL, onde o minimo detalhe decide a partida e até msm o campeonato. E os técnicos cada vez mais estão se tornando peças chaves nesse sucesso.

Não estamos pedindo o Guardiola, mas se os foristas aqui, de graça, já identificam maneiras de mudar o time, pq não quem ganha uma fortuna pra isso?

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Guest Gui
Vamos lá...

 

1. Sim, muitos torcedores ainda têm uma visão bem simplista do jogo, o que não significa que esse tipo de torcedor seja exclusividade. Essa é uma generalização bem perigosa. Há quem acredite que basta escalar 2 laterais, zagueiros, volantes, meias e atacantes pra que o time renda, assim como há quem enxergue que o coletivo não está rendendo, que a movimentação está precária, que não há aproximação ou combinações de passe entre jogadores etc etc. Torcedor pode ser imediatista, ansioso etc etc, mas não é burro, em muitos casos.

 

2. Respondendo os três parágrafos seguintes: é claro que ter jogadores inteligentes, disciplinados taticamente e de boa técnica é importante, mas isso não diminui em nada a importância do trabalho do técnico. No futebol atual, existe uma interdependência cada vez maior entre plantel e comissão técnica: se um técnico precisa de jogadores com esses atributos, os atletas também precisam de orientação, treino, proposta de jogo. Caso contrário, de que serviriam os treinos táticos e técnicos, a periodização tática etc etc? Um treinador poderia simplesmente passar a vida dando treinos coletivos, se assim fosse. Em casos assim, todos precisam ser responsabilizados, com a mesma intensidade. Óbvio que jogador tem culpa quando erra no jogo, treina mal ou não se compromete, assim como a comissão técnica tem "culpa" por ser incapaz de implantar uma filosofia de jogo ou mostrar alguma variedade. Isso se aplica ao Mourinho, ao van Gaal, ao Klopp, ao Guardiola e, consequentemente, aos seus comandados. Por que não se aplicaria ao Marcelo e aos jogadores que temos? Isso não é caçar bruxa ou procurar culpados isolados, é tentar analisar o conjunto da obra.

 

Vou repetir as perguntas que fiz em outro tópico: como esperar que jogadores assimilem um modelo de jogo X e joguem por si mesmos? Jogador aprende a marcar por zona sozinho, por exemplo? E organizar a pressão na saída adversária? Jogadores discutem se as marcações do time devem ser zonais ou individuais sozinhos? E a movimentação ofensiva? Jogador aprende a organizar a saída de bola sozinho? E os movimentos, trocas de passe, ocupação de espaços etc etc? Isso é treino, cara. Não há técnico ou jogador no mundo que te diga outra coisa. Vou dar um exemplo com o Guardiola, citado por você. Essa é a divisão do campo em zonas que ele defende:

 

pep-field.png

 

Os treinos, conceitos de jogo, movimentações ofensivas e defensivas etc dele são baseadas nessa divisão zonal do campo. Inclusive, esse tipo de divisão é cada vez mais comum no futebol mundial. Não vou entrar no mérito do porque dessas divisões, vou apenas deixar como exemplo. Ou seja, respondendo um outro ponto seu: sim, existem zonas delimitadas em um campo de futebol, assim como existem movimentações treinadas, padrões de comportamento treinados em campo etc etc. Isso não é nenhuma aberração. Como esperar que jogadores definam isso sozinhos?

 

Inclusive, pensar no jogo de uma maneira individualizada tende a levar um time aos problemas que temos visto no Palmeiras atual: excesso de individualismo, correria sem rumo etc etc. Isso não acontece porque jogador é burro, acontece porque é muito mais difícil esperar que os jogadores encontrem um padrão de jogo sozinhos e quebrem todo um sistema defensivo adversário sozinhos. Aliás, o próprio jogo de ontem ilustra bem isso: como o Oeste, que tem amebas como Fernandinho e Ricardo Bueno, conseguiu ser mais equilibrado e ter mais volume de jogo que o Palmeiras por boa parte da partida? Temos que assumir que Fernandinho é mais inteligente que o Zé Roberto, que o Bueno é mais inteligente que o Barrios etc etc?

 

Por fim... sobre a qualidade do time, cabe uma ressalva: é possível discutir que o elenco tem carências ou que fulano e sicrano não sejam craques, mas não que isso seja suficiente pra afundar o rendimento coletivo do time. Temos o Lucas na LD, que chegou a disputar um superclássico com a Seleção; VH é um dos melhores zagueiros do país; Zé Roberto dispensa comentários; Arouca foi dono da volância do Santos por 5 anos e recebeu convocação; Jean no Fluminense e nas bichas (como LD), idem; Barrios obteve sucesso no futebol alemão; Robinho foi o jogador que mais acertou passes, lançamentos e inversões de jogo no BR de 2014; Dudu foi líder em assistências no Grêmio de 2014 e continuou se destacando aqui; Jesus foi eleito revelação do BR passado; Érik, do BR anterior; e dá pra citar, ainda, gente como Gabriel, Dracena, Egídio, Moisés, Régis etc etc. É razoável pensar que esses jogadores são menos inteligentes que os que compõem o elenco do São Bento, do Oeste ou de todos os outros medianos/pequenos que terminaram na nossa frente no BR passado?

 

Cobrar uma evolução do Marcelo não é persegui-lo, é tentar justificar a continuidade de seu trabalho aqui. Da mesma maneira que não se pode diminuir a responsabilidade dos jogadores, não se pode fazer isso com o trabalho do técnico.

 

Reconheço e admiro seu esforço mas sua tese não é suficiente para explicar casos como Vicente del Bosque campeão da copa do mundo em 2010, e o argumento do Guardiola não serve pois o mesmo só treinou times galáticos.

 

 

 

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No jogo de ontem o Marcelo mecheu mal no time. Não pode tirar um meia como o Robinho e colocar o Rafael Marques...

 

Os jogadores tambem não ajudaram. Será que ele pode ter perdido o grupo por causa da entrevisa no caso L. Almeida?

 

Enfim, o time tava desorganizado e isso é falta de treino ao meu ver.

 

Prass

 

-----Lucas-----Edu-----VH------Zé

---------------Arouca--------------- - Pode ser o Gabriel aqui

Regis---Robinho---Moises---Dudu - No lugar do Regis, pode ser o Erik, Rafael ou GJ.. Allione?

---------------Barrios---------------

 

Esse era o time que eu começaria a libertadores.

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1. Sim, muitos torcedores ainda têm uma visão bem simplista do jogo, o que não significa que esse tipo de torcedor seja exclusividade. Essa é uma generalização bem perigosa. Há quem acredite que basta escalar 2 laterais, zagueiros, volantes, meias e atacantes pra que o time renda, assim como há quem enxergue que o coletivo não está rendendo, que a movimentação está precária, que não há aproximação ou combinações de passe entre jogadores etc etc. Torcedor pode ser imediatista, ansioso etc etc, mas não é burro, em muitos casos.

 

2. Respondendo os três parágrafos seguintes: é claro que ter jogadores inteligentes, disciplinados taticamente e de boa técnica é importante, mas isso não diminui em nada a importância do trabalho do técnico. No futebol atual, existe uma interdependência cada vez maior entre plantel e comissão técnica: se um técnico precisa de jogadores com esses atributos, os atletas também precisam de orientação, treino, proposta de jogo. Caso contrário, de que serviriam os treinos táticos e técnicos, a periodização tática etc etc? Um treinador poderia simplesmente passar a vida dando treinos coletivos, se assim fosse. Em casos assim, todos precisam ser responsabilizados, com a mesma intensidade. Óbvio que jogador tem culpa quando erra no jogo, treina mal ou não se compromete, assim como a comissão técnica tem "culpa" por ser incapaz de implantar uma filosofia de jogo ou mostrar alguma variedade. Isso se aplica ao Mourinho, ao van Gaal, ao Klopp, ao Guardiola e, consequentemente, aos seus comandados. Por que não se aplicaria ao Marcelo e aos jogadores que temos? Isso não é caçar bruxa ou procurar culpados isolados, é tentar analisar o conjunto da obra.

 

Vou repetir as perguntas que fiz em outro tópico: como esperar que jogadores assimilem um modelo de jogo X e joguem por si mesmos? Jogador aprende a marcar por zona sozinho, por exemplo? E organizar a pressão na saída adversária? Jogadores discutem se as marcações do time devem ser zonais ou individuais sozinhos? E a movimentação ofensiva? Jogador aprende a organizar a saída de bola sozinho? E os movimentos, trocas de passe, ocupação de espaços etc etc? Isso é treino, cara. Não há técnico ou jogador no mundo que te diga outra coisa. Vou dar um exemplo com o Guardiola, citado por você. Essa é a divisão do campo em zonas que ele defende:

 

pep-field.png

 

Os treinos, conceitos de jogo, movimentações ofensivas e defensivas etc dele são baseadas nessa divisão zonal do campo. Inclusive, esse tipo de divisão é cada vez mais comum no futebol mundial. Não vou entrar no mérito do porque dessas divisões, vou apenas deixar como exemplo. Ou seja, respondendo um outro ponto seu: sim, existem zonas delimitadas em um campo de futebol, assim como existem movimentações treinadas, padrões de comportamento treinados em campo etc etc. Isso não é nenhuma aberração. Como esperar que jogadores definam isso sozinhos?

 

Inclusive, pensar no jogo de uma maneira individualizada tende a levar um time aos problemas que temos visto no Palmeiras atual: excesso de individualismo, correria sem rumo etc etc. Isso não acontece porque jogador é burro, acontece porque é muito mais difícil esperar que os jogadores encontrem um padrão de jogo sozinhos e quebrem todo um sistema defensivo adversário sozinhos. Aliás, o próprio jogo de ontem ilustra bem isso: como o Oeste, que tem amebas como Fernandinho e Ricardo Bueno, conseguiu ser mais equilibrado e ter mais volume de jogo que o Palmeiras por boa parte da partida? Temos que assumir que Fernandinho é mais inteligente que o Zé Roberto, que o Bueno é mais inteligente que o Barrios etc etc?

 

Por fim... sobre a qualidade do time, cabe uma ressalva: é possível discutir que o elenco tem carências ou que fulano e sicrano não sejam craques, mas não que isso seja suficiente pra afundar o rendimento coletivo do time. Temos o Lucas na LD, que chegou a disputar um superclássico com a Seleção; VH é um dos melhores zagueiros do país; Zé Roberto dispensa comentários; Arouca foi dono da volância do Santos por 5 anos e recebeu convocação; Jean no Fluminense e nas bichas (como LD), idem; Barrios obteve sucesso no futebol alemão; Robinho foi o jogador que mais acertou passes, lançamentos e inversões de jogo no BR de 2014; Dudu foi líder em assistências no Grêmio de 2014 e continuou se destacando aqui; Jesus foi eleito revelação do BR passado; Érik, do BR anterior; e dá pra citar, ainda, gente como Gabriel, Dracena, Egídio, Moisés, Régis etc etc. É razoável pensar que esses jogadores são menos inteligentes que os que compõem o elenco do São Bento, do Oeste ou de todos os outros medianos/pequenos que terminaram na nossa frente no BR passado?

 

Cobrar uma evolução do Marcelo não é persegui-lo, é tentar justificar a continuidade de seu trabalho aqui. Da mesma maneira que não se pode diminuir a responsabilidade dos jogadores, não se pode fazer isso com o trabalho do técnico.

 

Pode fechar o tópico pq o post do Ricardo acabou com as papagaiadas.

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Pensem na primeira fase do paulistinha como extensão da pré-temporada e sejam mais felizes. Neste momento, preocupação apenas com os 3 pontos no Uruguai.

 

Se o Marcelo falasse isso claramente nas coletivas, teria mesmo desespero em campo e na torcida.

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1. Sim, muitos torcedores ainda têm uma visão bem simplista do jogo, o que não significa que esse tipo de torcedor seja exclusividade. Essa é uma generalização bem perigosa. Há quem acredite que basta escalar 2 laterais, zagueiros, volantes, meias e atacantes pra que o time renda, assim como há quem enxergue que o coletivo não está rendendo, que a movimentação está precária, que não há aproximação ou combinações de passe entre jogadores etc etc. Torcedor pode ser imediatista, ansioso etc etc, mas não é burro, em muitos casos.

 

2. Respondendo os três parágrafos seguintes: é claro que ter jogadores inteligentes, disciplinados taticamente e de boa técnica é importante, mas isso não diminui em nada a importância do trabalho do técnico. No futebol atual, existe uma interdependência cada vez maior entre plantel e comissão técnica: se um técnico precisa de jogadores com esses atributos, os atletas também precisam de orientação, treino, proposta de jogo. Caso contrário, de que serviriam os treinos táticos e técnicos, a periodização tática etc etc? Um treinador poderia simplesmente passar a vida dando treinos coletivos, se assim fosse. Em casos assim, todos precisam ser responsabilizados, com a mesma intensidade. Óbvio que jogador tem culpa quando erra no jogo, treina mal ou não se compromete, assim como a comissão técnica tem "culpa" por ser incapaz de implantar uma filosofia de jogo ou mostrar alguma variedade. Isso se aplica ao Mourinho, ao van Gaal, ao Klopp, ao Guardiola e, consequentemente, aos seus comandados. Por que não se aplicaria ao Marcelo e aos jogadores que temos? Isso não é caçar bruxa ou procurar culpados isolados, é tentar analisar o conjunto da obra.

 

Vou repetir as perguntas que fiz em outro tópico: como esperar que jogadores assimilem um modelo de jogo X e joguem por si mesmos? Jogador aprende a marcar por zona sozinho, por exemplo? E organizar a pressão na saída adversária? Jogadores discutem se as marcações do time devem ser zonais ou individuais sozinhos? E a movimentação ofensiva? Jogador aprende a organizar a saída de bola sozinho? E os movimentos, trocas de passe, ocupação de espaços etc etc? Isso é treino, cara. Não há técnico ou jogador no mundo que te diga outra coisa. Vou dar um exemplo com o Guardiola, citado por você. Essa é a divisão do campo em zonas que ele defende:

 

pep-field.png

 

Os treinos, conceitos de jogo, movimentações ofensivas e defensivas etc dele são baseadas nessa divisão zonal do campo. Inclusive, esse tipo de divisão é cada vez mais comum no futebol mundial. Não vou entrar no mérito do porque dessas divisões, vou apenas deixar como exemplo. Ou seja, respondendo um outro ponto seu: sim, existem zonas delimitadas em um campo de futebol, assim como existem movimentações treinadas, padrões de comportamento treinados em campo etc etc. Isso não é nenhuma aberração. Como esperar que jogadores definam isso sozinhos?

 

Inclusive, pensar no jogo de uma maneira individualizada tende a levar um time aos problemas que temos visto no Palmeiras atual: excesso de individualismo, correria sem rumo etc etc. Isso não acontece porque jogador é burro, acontece porque é muito mais difícil esperar que os jogadores encontrem um padrão de jogo sozinhos e quebrem todo um sistema defensivo adversário sozinhos. Aliás, o próprio jogo de ontem ilustra bem isso: como o Oeste, que tem amebas como Fernandinho e Ricardo Bueno, conseguiu ser mais equilibrado e ter mais volume de jogo que o Palmeiras por boa parte da partida? Temos que assumir que Fernandinho é mais inteligente que o Zé Roberto, que o Bueno é mais inteligente que o Barrios etc etc?

 

Por fim... sobre a qualidade do time, cabe uma ressalva: é possível discutir que o elenco tem carências ou que fulano e sicrano não sejam craques, mas não que isso seja suficiente pra afundar o rendimento coletivo do time. Temos o Lucas na LD, que chegou a disputar um superclássico com a Seleção; VH é um dos melhores zagueiros do país; Zé Roberto dispensa comentários; Arouca foi dono da volância do Santos por 5 anos e recebeu convocação; Jean no Fluminense e nas bichas (como LD), idem; Barrios obteve sucesso no futebol alemão; Robinho foi o jogador que mais acertou passes, lançamentos e inversões de jogo no BR de 2014; Dudu foi líder em assistências no Grêmio de 2014 e continuou se destacando aqui; Jesus foi eleito revelação do BR passado; Érik, do BR anterior; e dá pra citar, ainda, gente como Gabriel, Dracena, Egídio, Moisés, Régis etc etc. É razoável pensar que esses jogadores são menos inteligentes que os que compõem o elenco do São Bento, do Oeste ou de todos os outros medianos/pequenos que terminaram na nossa frente no BR passado?

 

Cobrar uma evolução do Marcelo não é persegui-lo, é tentar justificar a continuidade de seu trabalho aqui. Da mesma maneira que não se pode diminuir a responsabilidade dos jogadores, não se pode fazer isso com o trabalho do técnico.

 

Assino.

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