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Conselho_Palmerista

Palmeiras - futebol brasileiro ou europeu?

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Diante do fracasso da seleção na copa américa quem gosta de futebol brasileiro deve ter alguma opinião. 

Qual motivo de tão retumbante fracasso? De um time sem identidade, sem criatividade, sem inspiração e que pouco mobiliza a torcida? 

Para mim a culpa é da tentativa de assimilar o padrão europeu, o padrão Fifa, como aquele mais adequado à este esporte. Um futebol protocolar, burocrático, mas comprometido taticamente. Eficaz e rentável. De projeção de times europeus como os maiores da história, as arenas como forma de se torcer e da imposição financeira e cultural sob os jovens brasileiros que sonham em ir para Europa ou se identificam e torcem por estes jogadores e futebol. 

A seleção brasileira, mesmo com todos atletas atuantes na Europa, sofre de crise de identidade quando tenta praticar este tipo de jogo. 

Mas o jogo criativo, “joga bonito” brasileiro, descomprometido taticamente e profissionalmente, refém de múltiplas individualidades fora da norma para se fazer um jogo coletivo está acabado. 

Sem gênios nem operários eficazes da bola. O brasil é apático.

E o Palmeiras? 

O time treinado por Abel trás princípios táticos europeus e consegue muito sucesso, extremamente eficaz. Porém a base busca construir estratégias para aliar as exigências táticas e físicas do futebol colonial/moderno com a inventividade, flexibilidade e capacidade de senso coletivo único que um dia foi marca brasileira no futebol. Forma atletas brasileiros de futebol.

Aos poucos é possível que o clube crie uma forma de jogo contemporânea mas que recupere aspectos de uma identidade futebolística brasileira. A aposta na base é uma aposta em uma identidade. 

Perdemos o mundial contra o Chelsea fazendo um jogo coletivo europeu melhor do que a seleção brasileira na copa América. 

De lá pra cá, Abel Ferreira se rendeu ao samba e almeja se naturalizar brasileiro.

Quero ver o Palmeiras campeão da copa do mundo de clubes em 2025 praticando um futebol brasileiro contemporâneo, criativo e eficaz. 

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BR tem que largar essa ideia de que o Brasil é o pais do futebol. Não é faz muito tempo.

Falar que o futebol europeu é chato e burocrático demonstra que talvez você não acompanhe tanto assim o futebol de fora. Tecnicamente e taticamente eles são anos luz a nossa frente, não a toa que eles fazem questão do jogador sair do BR logo aos 18 anos para eles poderem moldar os garotos no melhor nível de futebol.

Com esse time do BR da pra fazer muito melhor, o problema esta técnico e na CBF como instituição BR corrupta.

Sobre o Abel, considero ele um gestor de grupo craque, na parte tática não acho ele tão acima do resto que temos aqui. O nosso jogo contra o Chelsea foi jogo de ataque x defesa, nas nossas duas únicas chances que tivemos de fazer o gol falhamos miseravelmente, ao melhor estilo jogador que joga no BR.

Sinceramente com o nível que temos hoje o Palmeiras vai no máximo brigar pra tentar passar da primeira fase, achar que vai disputar de igual pra igual com um Europeu é delírio, a diferença é abismal. Esse Palmeiras do Abel é tudo o que o futebol BR antigamente não era, é um futebol extremamente burocrático que privilegia jogadores operários polivalentes.

Vem sendo eficaz pelo profissionalismo e trabalho sério que começou lá no Nobre e foi sendo mantido e renovado nas adms seguintes, aqui o Abel tem o que nenhum outro técnico no BR tem que é apoio absoluto da torcida e confiança da diretoria no trabalho independente dos resultados.

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O problema nao e' tentar "jogar como Europeu" o problema e' ter um cara como o Dorival para tentar implementar isso.

Para mim o foco deveria ser ajustar a postura da selecao. Limpa os mimados, priotize qualidade de carater a qualidade de futebol. 
Ai ve a tatica... tem 2 anos para arrumar essa zona.

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Eu acho que isso é um debate tão amplo e complicado, mas que passa por várias situações. 
Como curto divagar em textões inúteis, vamos lá kkkk :

1 - Cultural. O Brasileiro parou de jogar bola. 
Você não vê moleques jogando futebol na rua. Antigamente tudo era futebol. Dos meus 10 a 15 anos, todas as noites disponíveis eram jogando bola... conforme a quantidade de moleques a gente se adaptava. Desde campos de terra ou grama ( bem ferradas por sinal kkkk ), à quadras. Se tivesse 4 moleques, a gente fazia dois gols de pares de chinelo e era futebol de rua 2 contra 2. Mas não parava. 
Hoje eu passo por quadras conservadas, campinhos bons...e vazios... no meu tempo saia na porrada pra conseguir uns minutos na quadra, agora tá lá, abandonado... 

2 - Enquanto isso, o mundo foi na contramão.  
De novo falando da minha juventude ( porra tô velho kkk), era comum ouvir coisas " Brasileiro só pensa em futebol, o país na merda e todo mundo parando por essa besteira ", e de fato era. Hoje, em geral, cagamos. Até pra Copa do Mundo, o clima não é o mesmo. 
Já a Europa aumentou o interesse. Talvez não de forma tão insana como a gente encarava, mas no mínimo igualou as coisas. 

3 - Contexto econômico e social - parte 1. 
Praticado em países pobres, sem estrutura e com pouco intesse de fazer disso um negócio capitalista em si. Até a década de 70, 80, mal haviam patrocínios. As TV´s transmitiam sem pagar nada aos clubes. Trazendo pra rua, era uma brincadeira de chutar bola... Não tinha estratégia, ninguém se importava muito com preparo físico... o foco era saber jogar bola. 
Conforme o interesse dos paises de primeiro mundo aumentou, começou a movimentar muito dinheiro. Tudo é dinheiro e então começou a se organizar como um grande negócio. 
Mudaram as leis, a Europa passou a permitir que qualquer cidadão com passaporte europeu não fosse "legalmente" considerado estrangeiro para composição de elenco... com isso atraiu um fluxo migratório de todo o mundo para os clubes europeus. 

4 - Contexto econômico e social - parte 2. 
Tratado como negócio e com muito dinheiro, as competições se tornaram mais interessantes por lá. 
Ou seja : Lá está o dinheiro, lá está a melhor qualidade de vida, lá está o desafio profissional e lá está a qualidade de competição. 
Quem puder ou não for acomodado, vai jogar lá. Aqui vão ficar quem eles não quiserem, seja por falta de qualidade ou pq a idade chegou e o nível baixou. 
E a roda gira : o interesse popular aqui diminui. Jogos chatos de assistir , pouca expectativa quanto a qualquer coisa, e se surgir um jogador que vc se encanta de assistir e tem como ídolo, ele fica um campeonato e tchau. 
Já por lá, o interesse aumenta. Sempre jogos divertidos, expectativa alta e formação de ídolos a rodo. 

5 - Contexto econômico e social - parte 3. 
A formação muda. 
Antes a molecada não tinha orientação nenhuma e tinha pouca formação intelectual. Oriunda de países pobres, o menino trabalhava para sobreviver e chutava a bola como lazer. 
Já quando virou um negócio bilionário, acabou a inocência. Agora existem profissionais formadores cuidando de diamantes brutos. Em países mais estruturados, o menino tem uma formação intelectual e se dedica a estudar o jogo. Agora não é só chutar uma bola. É estudar posicionamentos, movimentos, se preparar fisicamente... Vc não faz uma graça com a bola pq isso não rende pro jogo, então elimina isso e aprende o movimento tático... 
Países de terceiro mundo só dominam um esporte ( ou qualquer atividade ), enquanto os países de primeiro mundo não se interessa e dedicam a isso. 

6 - Globalização. 
Futebol se igualou no mundo todo. Vejam o cenário atual. Portugal e Grécia ganharam Euro, a Colombia subiu o nível. A Turquia e a Suiça não tiraram Inglaterra e Holanda das semifinais européias por detalhes... o Equador teve tudo pra tirar a Argentina na Copa América... 
Ao mesmo tempo que não vemos mais bagres, mesmo em seleções medianas, também não vemos mais gênios. Os últimos foram Messi e Cristiano Ronaldo.  
Pouca coisa hoje em dia é considerada zebra. Se a Suiça tivesse tirado a Inglaterra, não seria nenhum escandalo. Se a Colombia conquistar a Copa América, também nada anormal. 
E a gente surta com isso. 
Sabe o time grande que flerta com o rebaixamento e entra em crise por não aceitar ?  Somos nós. 
A gente acha que vai enfrentar a Suiça e precisa propor e dominar com tranquilidade, pq " somos o Brasil, penta ... ", colocamos 1 tonelada em quem vestir a camisa e cobramos o Brasil de 50 anos atrás em campo. E isso é injusto. 

Deveria caber a CBF zelar por seu produto. 
Cuidar de suas competições, sua legislação e especialmente seu calendário. Estaduais da forma que estão e jogos durante datas Fifa são fatais para seu produto.

E sobre o Palmeiras, saber se encaixar nisso. 
Trabalhar bem a base como temos feito. Utilizar jogadores geniais por 1 ano, receber uma fortuna e ficar com jogadores medianos que não serão vendidos mas compõem bem o elenco. 
Disputar no mercado as melhores peças que forem ignoradas pelos europeus, sejam brasileiros ou estrangeiros. 
Ter uma estrutura física e profissional ao melhor nível possível. 
E um modelo de jogo que seja o mais competitivo possível dentro dessa situação. 

Com toda essa situação descrita, inclusive sobre calendário, é impossível um futebol lúdico e divertido como já foi. 
Eu costumo dizer que se tivesse nascido pós ano 2000, provavelmente não gostaria de futebol. E se gostasse, torceria por um clube Europeu. Entendo perfeitamente a molecada de hoje. 

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13 horas atrás, Eduardo SEP 1914 disse:

Eu acho que isso é um debate tão amplo e complicado, mas que passa por várias situações. 
Como curto divagar em textões inúteis, vamos lá kkkk :

1 - Cultural. O Brasileiro parou de jogar bola. 
Você não vê moleques jogando futebol na rua. Antigamente tudo era futebol. Dos meus 10 a 15 anos, todas as noites disponíveis eram jogando bola... conforme a quantidade de moleques a gente se adaptava. Desde campos de terra ou grama ( bem ferradas por sinal kkkk ), à quadras. Se tivesse 4 moleques, a gente fazia dois gols de pares de chinelo e era futebol de rua 2 contra 2. Mas não parava. 
Hoje eu passo por quadras conservadas, campinhos bons...e vazios... no meu tempo saia na porrada pra conseguir uns minutos na quadra, agora tá lá, abandonado... 

2 - Enquanto isso, o mundo foi na contramão.  
De novo falando da minha juventude ( porra tô velho kkk), era comum ouvir coisas " Brasileiro só pensa em futebol, o país na merda e todo mundo parando por essa besteira ", e de fato era. Hoje, em geral, cagamos. Até pra Copa do Mundo, o clima não é o mesmo. 
Já a Europa aumentou o interesse. Talvez não de forma tão insana como a gente encarava, mas no mínimo igualou as coisas. 

3 - Contexto econômico e social - parte 1. 
Praticado em países pobres, sem estrutura e com pouco intesse de fazer disso um negócio capitalista em si. Até a década de 70, 80, mal haviam patrocínios. As TV´s transmitiam sem pagar nada aos clubes. Trazendo pra rua, era uma brincadeira de chutar bola... Não tinha estratégia, ninguém se importava muito com preparo físico... o foco era saber jogar bola. 
Conforme o interesse dos paises de primeiro mundo aumentou, começou a movimentar muito dinheiro. Tudo é dinheiro e então começou a se organizar como um grande negócio. 
Mudaram as leis, a Europa passou a permitir que qualquer cidadão com passaporte europeu não fosse "legalmente" considerado estrangeiro para composição de elenco... com isso atraiu um fluxo migratório de todo o mundo para os clubes europeus. 

4 - Contexto econômico e social - parte 2. 
Tratado como negócio e com muito dinheiro, as competições se tornaram mais interessantes por lá. 
Ou seja : Lá está o dinheiro, lá está a melhor qualidade de vida, lá está o desafio profissional e lá está a qualidade de competição. 
Quem puder ou não for acomodado, vai jogar lá. Aqui vão ficar quem eles não quiserem, seja por falta de qualidade ou pq a idade chegou e o nível baixou. 
E a roda gira : o interesse popular aqui diminui. Jogos chatos de assistir , pouca expectativa quanto a qualquer coisa, e se surgir um jogador que vc se encanta de assistir e tem como ídolo, ele fica um campeonato e tchau. 
Já por lá, o interesse aumenta. Sempre jogos divertidos, expectativa alta e formação de ídolos a rodo. 

5 - Contexto econômico e social - parte 3. 
A formação muda. 
Antes a molecada não tinha orientação nenhuma e tinha pouca formação intelectual. Oriunda de países pobres, o menino trabalhava para sobreviver e chutava a bola como lazer. 
Já quando virou um negócio bilionário, acabou a inocência. Agora existem profissionais formadores cuidando de diamantes brutos. Em países mais estruturados, o menino tem uma formação intelectual e se dedica a estudar o jogo. Agora não é só chutar uma bola. É estudar posicionamentos, movimentos, se preparar fisicamente... Vc não faz uma graça com a bola pq isso não rende pro jogo, então elimina isso e aprende o movimento tático... 
Países de terceiro mundo só dominam um esporte ( ou qualquer atividade ), enquanto os países de primeiro mundo não se interessa e dedicam a isso. 

6 - Globalização. 
Futebol se igualou no mundo todo. Vejam o cenário atual. Portugal e Grécia ganharam Euro, a Colombia subiu o nível. A Turquia e a Suiça não tiraram Inglaterra e Holanda das semifinais européias por detalhes... o Equador teve tudo pra tirar a Argentina na Copa América... 
Ao mesmo tempo que não vemos mais bagres, mesmo em seleções medianas, também não vemos mais gênios. Os últimos foram Messi e Cristiano Ronaldo.  
Pouca coisa hoje em dia é considerada zebra. Se a Suiça tivesse tirado a Inglaterra, não seria nenhum escandalo. Se a Colombia conquistar a Copa América, também nada anormal. 
E a gente surta com isso. 
Sabe o time grande que flerta com o rebaixamento e entra em crise por não aceitar ?  Somos nós. 
A gente acha que vai enfrentar a Suiça e precisa propor e dominar com tranquilidade, pq " somos o Brasil, penta ... ", colocamos 1 tonelada em quem vestir a camisa e cobramos o Brasil de 50 anos atrás em campo. E isso é injusto. 

Deveria caber a CBF zelar por seu produto. 
Cuidar de suas competições, sua legislação e especialmente seu calendário. Estaduais da forma que estão e jogos durante datas Fifa são fatais para seu produto.

E sobre o Palmeiras, saber se encaixar nisso. 
Trabalhar bem a base como temos feito. Utilizar jogadores geniais por 1 ano, receber uma fortuna e ficar com jogadores medianos que não serão vendidos mas compõem bem o elenco. 
Disputar no mercado as melhores peças que forem ignoradas pelos europeus, sejam brasileiros ou estrangeiros. 
Ter uma estrutura física e profissional ao melhor nível possível. 
E um modelo de jogo que seja o mais competitivo possível dentro dessa situação. 

Com toda essa situação descrita, inclusive sobre calendário, é impossível um futebol lúdico e divertido como já foi. 
Eu costumo dizer que se tivesse nascido pós ano 2000, provavelmente não gostaria de futebol. E se gostasse, torceria por um clube Europeu. Entendo perfeitamente a molecada de hoje. 

Nunca mais vc vai ver um mlk jogando bola na rua

Q pai é maluco de deixar o filho na rua brincando hoje em dia, tem um monte de retardado com carrão, bandido perdeu qualquer tipo de medo q tinha antigamente.

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8 minutos atrás, R.Frameschi disse:

Nunca mais vc vai ver um mlk jogando bola na rua

Q pai é maluco de deixar o filho na rua brincando hoje em dia, tem um monte de retardado com carrão, bandido perdeu qualquer tipo de medo q tinha antigamente.

Num país em que bandido recebe passe-livre para "saidinha" num monte de feriados familiares (e nãovolta), quem é de bem tem medo de deixar os filhos na rua

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Antigamente se jogava até mais, o que faz parecer que o que eu vou falar é bobagem, mas não é.

Acho que só poderemos cobrar um futebol brasileiro no nível técnico/tático/físico do europeu quando tivermos um calendário parecido e gramados parecidos.

E mesmo assim, é complicado cobrar, porque jogamos geralmente com mais de 30º, depois de uma viagem que os europeus enfrentam uma ou outra vez no ano, quando jogam a fase de grupos da Champions e vão pra um País distante.

Essa sequência de jogos provou a diferença de nível de jogo com o time descansado e com o time esgotado.

A diferença do jogo do Palmeiras no Allianz em que o gramado é literalmente um tapete e num Castelão da vida, onde é um pasto, também explica didaticamente essa questão.

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17 horas atrás, Eduardo SEP 1914 disse:

Eu acho que isso é um debate tão amplo e complicado, mas que passa por várias situações. 
Como curto divagar em textões inúteis, vamos lá kkkk :

1 - Cultural. O Brasileiro parou de jogar bola. 
Você não vê moleques jogando futebol na rua. Antigamente tudo era futebol. Dos meus 10 a 15 anos, todas as noites disponíveis eram jogando bola... conforme a quantidade de moleques a gente se adaptava. Desde campos de terra ou grama ( bem ferradas por sinal kkkk ), à quadras. Se tivesse 4 moleques, a gente fazia dois gols de pares de chinelo e era futebol de rua 2 contra 2. Mas não parava. 
Hoje eu passo por quadras conservadas, campinhos bons...e vazios... no meu tempo saia na porrada pra conseguir uns minutos na quadra, agora tá lá, abandonado... 

2 - Enquanto isso, o mundo foi na contramão.  
De novo falando da minha juventude ( porra tô velho kkk), era comum ouvir coisas " Brasileiro só pensa em futebol, o país na merda e todo mundo parando por essa besteira ", e de fato era. Hoje, em geral, cagamos. Até pra Copa do Mundo, o clima não é o mesmo. 
Já a Europa aumentou o interesse. Talvez não de forma tão insana como a gente encarava, mas no mínimo igualou as coisas. 

3 - Contexto econômico e social - parte 1. 
Praticado em países pobres, sem estrutura e com pouco intesse de fazer disso um negócio capitalista em si. Até a década de 70, 80, mal haviam patrocínios. As TV´s transmitiam sem pagar nada aos clubes. Trazendo pra rua, era uma brincadeira de chutar bola... Não tinha estratégia, ninguém se importava muito com preparo físico... o foco era saber jogar bola. 
Conforme o interesse dos paises de primeiro mundo aumentou, começou a movimentar muito dinheiro. Tudo é dinheiro e então começou a se organizar como um grande negócio. 
Mudaram as leis, a Europa passou a permitir que qualquer cidadão com passaporte europeu não fosse "legalmente" considerado estrangeiro para composição de elenco... com isso atraiu um fluxo migratório de todo o mundo para os clubes europeus. 

4 - Contexto econômico e social - parte 2. 
Tratado como negócio e com muito dinheiro, as competições se tornaram mais interessantes por lá. 
Ou seja : Lá está o dinheiro, lá está a melhor qualidade de vida, lá está o desafio profissional e lá está a qualidade de competição. 
Quem puder ou não for acomodado, vai jogar lá. Aqui vão ficar quem eles não quiserem, seja por falta de qualidade ou pq a idade chegou e o nível baixou. 
E a roda gira : o interesse popular aqui diminui. Jogos chatos de assistir , pouca expectativa quanto a qualquer coisa, e se surgir um jogador que vc se encanta de assistir e tem como ídolo, ele fica um campeonato e tchau. 
Já por lá, o interesse aumenta. Sempre jogos divertidos, expectativa alta e formação de ídolos a rodo. 

5 - Contexto econômico e social - parte 3. 
A formação muda. 
Antes a molecada não tinha orientação nenhuma e tinha pouca formação intelectual. Oriunda de países pobres, o menino trabalhava para sobreviver e chutava a bola como lazer. 
Já quando virou um negócio bilionário, acabou a inocência. Agora existem profissionais formadores cuidando de diamantes brutos. Em países mais estruturados, o menino tem uma formação intelectual e se dedica a estudar o jogo. Agora não é só chutar uma bola. É estudar posicionamentos, movimentos, se preparar fisicamente... Vc não faz uma graça com a bola pq isso não rende pro jogo, então elimina isso e aprende o movimento tático... 
Países de terceiro mundo só dominam um esporte ( ou qualquer atividade ), enquanto os países de primeiro mundo não se interessa e dedicam a isso. 

6 - Globalização. 
Futebol se igualou no mundo todo. Vejam o cenário atual. Portugal e Grécia ganharam Euro, a Colombia subiu o nível. A Turquia e a Suiça não tiraram Inglaterra e Holanda das semifinais européias por detalhes... o Equador teve tudo pra tirar a Argentina na Copa América... 
Ao mesmo tempo que não vemos mais bagres, mesmo em seleções medianas, também não vemos mais gênios. Os últimos foram Messi e Cristiano Ronaldo.  
Pouca coisa hoje em dia é considerada zebra. Se a Suiça tivesse tirado a Inglaterra, não seria nenhum escandalo. Se a Colombia conquistar a Copa América, também nada anormal. 
E a gente surta com isso. 
Sabe o time grande que flerta com o rebaixamento e entra em crise por não aceitar ?  Somos nós. 
A gente acha que vai enfrentar a Suiça e precisa propor e dominar com tranquilidade, pq " somos o Brasil, penta ... ", colocamos 1 tonelada em quem vestir a camisa e cobramos o Brasil de 50 anos atrás em campo. E isso é injusto. 

Deveria caber a CBF zelar por seu produto. 
Cuidar de suas competições, sua legislação e especialmente seu calendário. Estaduais da forma que estão e jogos durante datas Fifa são fatais para seu produto.

E sobre o Palmeiras, saber se encaixar nisso. 
Trabalhar bem a base como temos feito. Utilizar jogadores geniais por 1 ano, receber uma fortuna e ficar com jogadores medianos que não serão vendidos mas compõem bem o elenco. 
Disputar no mercado as melhores peças que forem ignoradas pelos europeus, sejam brasileiros ou estrangeiros. 
Ter uma estrutura física e profissional ao melhor nível possível. 
E um modelo de jogo que seja o mais competitivo possível dentro dessa situação. 

Com toda essa situação descrita, inclusive sobre calendário, é impossível um futebol lúdico e divertido como já foi. 
Eu costumo dizer que se tivesse nascido pós ano 2000, provavelmente não gostaria de futebol. E se gostasse, torceria por um clube Europeu. Entendo perfeitamente a molecada de hoje. 

Acho que nossa análise vai no mesmo sentido, mesmo que as conclusões levemente divergentes. Eu também compreendo que esse movimento da globalização é o que esgotou nosso futebol em muitos sentidos. Acredito que as normas do futebol brasileiro precisam ser distintas das europeias; por exemplo, numa liga competitiva como a nossa qual o sentido de um jogador que não está sendo aproveitado só poder ser vendido ou trocado em duas janelas? Concordo sobre a questão do calendário que drena a nossa prática. Teoricamente, se seguirmos no caminho que estamos, podemos ser mais fortes que qualquer europeu, exatamente pelo tamanho das adversidades que temos que sustentar. 

Eu acredito num futebol brasileiro contemporâneo que integre aspectos da necessidade global com características únicas de nossa historicidade futebolística. O que é aquele campo de terra do Palmeiras? é a resposta para que os jovens não jogam mais bola como jogávamos (eu também era assim, 2 caras era gol a gol, 3 era 3 dentro 3 fora, 4 jogava artilheiro e assim ia)

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Acho que precisa goleiro novo com sequência, ciclo do Alison tem de terminar um cara derrotado na seleção, falta zagueiro, laterais, volantes e meia, a única opção bem servida é ponta, falta ainda um centroavante que entre pra mudar a história do jogo, e Rodrigo é fraco na seleção tem fé ser reserva. 

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