Caiser Soze

Estou assistindo Monza x Lazio para acompanhar nosso novo contratado, acho que ele já deve estar com a cabeça no Palmeiras porque por vezes parecia bem desinteressado no jogo, porém faz uns 10 minutos ele deu um pique maluco da intermediária até o ataque mas o companheiro errou o passe, futebol italiano tá uma merda também, não à toa ficaram fora da Copa em duas edições.

Ele é terceiro reserva, não precisamos nos preocupar. Acho que só entra em situações específicas.

Penso o mesmo, o Caio é muito forte e tem muito vigor, jogador limitado tecnicamente mas extremamente eficaz ao cumprir tarefas, tremendamente útil, todo elenco precisa ter uns dois ou três desses, são a base para que outros com outras qualidades possam fazer seu trabalho.

Mas isso não é porque Palmeiras teve que se lançar todo para o ataque? Contra um time que fica os onze praticamente embaixo do travessão, o Palmeiras teve que ir todo pro ataque, isso sempre tem consequencia, é só acontecer o erro e o adversário tem um baita espaço pra explorar e nem começa no meio campo, começa na intermediária deles. Achei até que o Palmeiras recuperou muitas bolas na frente impedindo vários contra ataques, mas nem sempre dá certo e alguns vão escapar e levar perigo, não tem jeito.

Também achei que foi um jogo bom para o Rony recuperar a confiança, o peixinho no segundo gol mostrou isso, ele vai perder espaço com a concorrência qualificada no ataque, mas continua útil para o time.

Jogo absolutamente normal, o Palmeiras é muito mais time e o adversário veio para jogar o jogo da vida, do ano, da década e estacionou na frente do gol e ficou especulando em contra ataques. Achei que o time tentou achar as brechas, os caminhos mas é muito difícil quando temos 18, 20 jogadores profissionais ocupando uma faixa de campo de 55 por 68 metros, jogadores modernos que tem no preparo físico uma de suas maiores qualidades, é natural o jogo ficar feio, quem quer destruir vai levar vantagem sobre quem quer construir, ainda assim teve tabelas, chutes de fora, deslocamentos, não faltou vontade. Gostei do desempenho dos garotos, do Lázaro, e o Rômulo além de ser bom tem estrela, vejo os colegas dizendo que a qualidade de alguns jogadores é que garantiram a vitória, pô, mas é sempre assim! Se não tiver esses caras o jogo termina empatado, ainda bem que temos esses em bom número e está chegando mais, hehe.

Só que nesse caso o Felipe Anderson além de querer títulos também quer chance na seleção, e por falar nisso, Itália não está com essa bola toda, comparada ao Brasil de hoje a vantagem não é tão grande, o Brasil é 9º e Itália é 8º na economia mundial, claro que existem muito mais indicadores além do PIB mas comparada aos países realmente desenvolvidos europeus a Itália, Portugal e Espanha parecem incrustados acidentalmente no continente.

Concordo totalmente e a última linha é muito interessante, esses dias eu estava lembrando do começo do Abel no Palmeiras, quando a imprensa gastava muita energia definindo o time como "reativo", vejam como as coisas mudaram, hoje em dia ninguém, ninguém nem mesmo o Varmengo vai pra cima do Palmeiras, todos jogam esperando o Palmeiras atacar.

Acho que conta a parte física também, mas se for isso não custa coloca-lo nos 30 minutos finais, inclusive já iria melhorando essa parte.

É diferente. Está em outro ambiente, com outro treinador, outros colegas e vindo de uma flopada monstro na Europa, a tendência a se esforçar para se provar vai ser bem maior. No Palmeiras vai ter que ralar muito e voltar ao que era antes de sair pra ter chances de novo, no Galo pode partir do zero.

Minha maior preocupação com a volta do Scarpa seria a motivação dele, acho que nem ele deve ter cogitado uma volta porque ele sabe muito bem que no Palmeiras o bicho pega, é recomposição, marcação, ocupação de espaço e o escambau. Ele levou uns bons anos para atingir um futebol compatível com toda a fama que ele trouxe do FluC quando todo mundo achava que seria titular absoluto e nunca conseguia ser. Com o Abel ele atingiu o ponto alto do seu jogo (inclusive fisicamente) mas foi às custas de muito esforço, estaria ele disposto a passar por tudo isso de novo?

Eu também. O problema dele não é técnico, é psicológico (um jogador que fica na reserva tantos anos em Portugal é uma bandeira vermelha gritante), parece que falta ambição e confiança e sobra preguiça. O cara domina uma bola de costas e com a sola da chuteira, coisa de Maradona, Messi, depois erra um cruzamento fácil por falta de concentração, de foco.

Espero que o Palmeiras faça jogo duro nessa negociação do Navagol. Jogo duro para que ele não volte para cá.

Assisti aos vinte minutos finais do jogo ontem e apesar da pequena amostra, foi decepcionante ver que os dois melhores times do Brasil (pelo menos no papel) tem um futebol tão fraco e deficiente para mostrar. Eu tenho visto (ainda que não completos) jogos da Champions e da Liga Europa e mesmo os times pequenos e médios desses torneios apresentam um futebol muito mais interessante de se ver. Aqui no Brasil é muito erro de passe, de domínio (estes imperdoáveis) e finalizações, além da absurda burrice e falta de capacidade em tomar decisões corretas durante os lances, fora isso tem também a incapacidade de dar um drible, criar espaço, velocidade, é muita coisa que é realizada de maneira bem inferior aos europeus, se bobear até os centros menos tradicionais de futebol do mundo estão fazendo melhor. Acho que o Palmeiras está correto em buscar aprimorar a base que é talvez o único caminho para sair dessa situação, mas tem que cobrar dos profissionais que acertem um cruzamento, uma finalização de fora da área com tempo e espaço para bater na bola (né, seu Gabriel Menino?), sei lá parece que às vezes o jogador brasileiro é tratado como um bebê mimado que pode errar coisas básicas que tudo bem, uma coisa é exigir fundamento preciso num campo como aquele da Bahia, agora no Allianz qual é a desculpa? Dito isto, dentro da realidade brasileira concordo com o colega que disse que o Palmeiras tem margem e potencial para crescer muito mais durante a temporada, enquanto o Varmengo que custa os olhos da cara esteve com o seu melhor em campo e não mostrou nada, a gente xinga a inoperância do Veiga, mas alguém lembra que o Arrascaeta entrou em campo ontem? E o fabuloso De La Cruz? Nem parece que esses caras ganham o que ganham de salário, porque o que eles acrescentam ao time é quase nada, bastou enfrentar um oponente forte e eles ficam comuns e desaparecem.

Infelizmente, não é verdade: Além do que era um meia que tinha medinho de chutar a gol, jamais entrava na área e chutava a gol, só driblava no meio campo onde não levava perigo ao adversário e na frente do gol era patético e vergonhoso, nenhum goleiro tinha medo de Valpinga.