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Silva

Falando de Palmeiras - Proibido off topic

Posts Recomendados

1 hora atrás, GreenHell disse:

Palmeiras deveria assediar o Pedro sem dó. 

 

Esquece, o Mingal pagou uma fortuna nele, jamais venderia pelo valor que pagou ou menos, e outra o mingal nunca negociaria com o Palmeiras.

 

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1 hora atrás, Paulo Falcone disse:

Eu também não vejo com bom olhos esse lance de fan tokens, na verdade eu vejo mais como um modismo ou uma forma de conseguir uma receita pontual a curto prazo, mas a longo prazo não vejo muita vantagem por clube pois ele ficarão com uma parcela pífia (0,25%) de eventuais negociações futuras dos tokens.

Pelo que entendi esse fan tokens seria basicamente uma ferramenta de interação entre o torcedor e o clube, permitindo aos torcedores escolher coisas como a música que será tocada na entrada do time, personalização do mascote, dentre outras coisas.

Daí eu pergunto, não seria mais vantajoso para o clube fazer essa interação no plano de sócio-torcedor? Tipo um plano bem básico, R$ 10 por mês ou até um pouco menos permitindo aos sócios ter as mesmas vantagens que teria caso adquirisse esse fan token?

Não só isso, como na oferta inicial de tokens, pelo que dizem, eles retém em média 50% da receita com a venda, o que é absolutamente bizarro (um roubo). É uma tecnologia que está barateando, e se o time considerasse que vale a pena ter um token próprio, em não muito tempo vai ser possível fazer algo por conta própria. Vou falar um pouquinho do que li sobre o assunto desse socios.com, mas aos que são entusiastas do negócio, por favor não levem isso pro lado pessoal, e fiquem à vontade para contra-argumentar conforme vocês acham oportuno. Isso é uma opinião de uma pessoa que está observando de fora, vocês que gostam de cripto certamente vão ter informações que eu não tenho.

Quando a gente olha pra um ativo pra fins de investimento, a gente tem que entender o que está por trás. No caso desses tokens, a socios.com propositadamente diz que eles são utility tokens e não security tokens, pra fugir da regulação de órgãos que fiscalizam valores mobiliários (existe jurisprudência sobre quando a CVM pode ou não regular utility token). Aí, se você olha a parte contratual, o que eles falam é que o ativo é para aplicações/uso online, com fins de engajamento de torcida, e não para investimento. Agora, quando você vê a publicidade dos clubes, sempre vem os diretores de inovação dos clubes falar em ganhar dinheiro com os criptoativos - que é absolutamente possível, mas você induz a pessoa a pensar naquilo como investimento, não como produto de marketing para engajamento virtual de torcida. Aí, se um órgão como a CVM classifica isso como uma security, se bobear, eles ainda classificam o país como uma jurisdição proibida "(b) where it is likely that the sale of $CHZ and/or Fan Tokens would be construed as the sale of a security or investment product", então se algum órgão quiser regular o negócio como um produto de investimento, pra proteger quem investe, eles meio que já tentam se prevenir contra isso.

Além disso, a companhia parece que tem sede em lugares como Malta, Suíça e Estônia. Se você precisar ir atrás de direitos contra eles, vai na fé que algum século desses você consegue. Aí, a gente chega ao ponto de que existe um produto que está acessando a poupança popular, convencendo um monte de gente que nunca leu um prospecto ou comprou uma ação, a comprar uma classe de ativos (cripto) com uma oscilação de preços enorme, com uma característica super especulativa, e vai ter gente colocando dinheiro nisso. Enfim, no fim do dia, a gente tem que se perguntar quais são os ativos subjacentes daquela utility token. E no fim do dia, o ativo que parece lastrear (eles parecem não abrir os contratos, o que já demonstra uma boa parte do problema) é provavelmente um direito de voto sobre questões pré-determinadas, que pelo que se divulgam, variam entre músicas no estádio, design de faixa de capitão, camisa de aquecimento a ser usada no dia, jogador que vai usar a rede social do clube, esse tipo de coisa.

Todos esses mecanismos de ativação de torcedor online são super válidos e é muito interessante que possam gerar renda pros clubes. Mas aí, você tem que se perguntar, quanto isso vale? Pq se o ativo negociado via token é isso (lembrem, vocês não estão comprando um token apenas, estão comprando algo a que o token dá direito), então isso tem que ter um valor que possa ser aferido, estimado (ou então, como eu vou saber se estou comprando algo barato ou caro?). No fim do dia, o que você está comprando tem relação com o engajamento da torcida. Assim, você pode ter um clube que está perfeitamente bem estruturado, mas com a torcida perdendo engajamento ou interesse, e aí, eu teria que pressupor que o token perde valor (correto?); e pode ter um clube que está péssimo, mas com a torcida cada vez mais engajada, e em tese, o valor daquele ativo deveria subir?

Aí, pra não entrar em questões regulatórias (de se isso deveria ou não entrar no escopo de uma CVM da vida): esse é um mercado, aparentemente, até aqui, não regulado - esse é todo motivo de eles fazerem o estardalhaço de que não é para fins de investimento, e sim entretenimento, etc. Vamos aos problemas:

a) se a compra um initial token offering é um bom negócio como uma certeza, então o clube está vendendo um ativo por um preço mais baixo do que deveria. Isso pq se aquele ativo tokenizado tem tão claramente um valor maior do que o precificado, então o clube está perdendo dinheiro.

b) suponha que em um dado momento, o clube decide lançar mais tokens para venda (não só possível, como habitual, o PSG fez isso recentemente). Isso não equivale a uma diluição? Naturalmente, a resposta legal do clube e da sócios.com vai ser dizer que os tokens já tinham sido emitidos, apenas não estavam em circulação, então, não seria uma diluição, apenas uma venda secundária. Se você olhar na prática, eles em um ponto no tempo representam x% dos tokens, e portanto, têm x% dos direitos de voto daqueles tokens, e após a nova emissão/distribuição de token, passam a valer um percentual necessariamente menor dos tokens - ou seja, passam a decidir menos sobre aquelas decisões que chegamos à conclusão de que seria o ativo subjacente do token. Então, se tínhamos aferido um valor de x do token, em função daquele poder de voto, em tese, ele deveria perder valor, correto?

Em uma captação de dinheiro na bolsa, aquele dinheiro não vai pro ralo, ele é investido dentro do negócio, é estimada uma taxa de retorno por aquele investimento. Aqui a gente já começa com 50% a menos, já que a plataforma pega (pelo que dizem) 50% dessas emissões de ativos. A resposta legal naturalmente vai ser a que eu dei acima, os tokens já estão emitidos, não estamos diluindo ninguém, mas na prática, isso acarreta numa perda da utilidade de cada token em relação ao momento anterior. Na prática, me parece existir pouco que possa ser feito juridicamente nesse sentido, olhando de longe. Mas é um problema de ordem econômica, o valor do token deveria depreciar, se fosse lastreado nesse direito que mencionamos. Mas vai ter essa resposta, razoável, legal. Se você acredita, do ponto de vista econômico, nessa resposta, você deve chegar à conclusão, então, de que o direito de voto no Corinthians deve estar precificado em 2,33 EUR x 20,000,000 = ~46 mi EUR, ou ~285 milhões de reais, hoje. Isso se você acha que esse mercado é eficiente, e que o preço reflete toda a oferta de tokens a longo prazo. É um direito seu. Inclusive, o PSG vendeu recentemente 30 mi de euros em token, obtendo 15 desses para si.

c) Pulando para outros problemas, qualquer valor mobiliário tem regras de negociação de pessoas que têm informação interna (privilegiada) e não pública. Como você regula um negócio desses em um criptoativo? Se vem um mr. diretor de registro, por exemplo, e sabe que o clube y contratou um jogador determinado, que tende a fazer aumentar o engajamento da torcida, como você regula o uso dessa informação privilegiada, para que ele não use esse conhecimento para ganhar dos outros compradores do token? É difícil, imagino, já que se trata de um criptoativo. Tudo isso tenta ser regulado, com muito dificuldade, na CVM - mas quando estamos falando de um criptoativo que sequer é regulado por não se tratar de uma modalidade de investimento, essas coisas podem acabar correndo soltas. Existe um potencial enorme de beneficiar pessoas com conhecimento interno. Esse, aliás, é um ponto que me deixa impressionado quando eu vejo gente que argumenta ser pró-modernidade, pró-gestão transparente, e argumenta a favor desse tipo de coisa.

d) o que acontece se em algum momento o clube deixar de ser parceiro da sócios.com? Pelos termos, The use and function of the Fan Tokens is reliant on an underlying agreement between Us and the Partner (for example – official football team). There is the risk that such partnership will cease and in such case the Fan Token will lose value, its utility and associated intellectual property rights. However, the User shall continue to hold such Tokens in his or her respective Socios Wallet. Então o usuário passa a ser proprietário de um token que não só tem todos esses problemas, mas também tem o risco de em algum momento o clube (de modo razoável) cansar de ter parte da receita cortada, e passar a emitir um token próprio, e os tokens antigos perdem utilidade? Vão ser dados em reposição pelo próprio clube em uma outra moeda?

e) Isso tudo sem falar, que quando a pessoa compra uma determinada moeda de clube, ela está comprando isso na criptomoeda subjacente - que por sua vez, também oscila. Então, não está comprando um fator de risco do clube apenas, mas da própria moeda. Isso é outra coisa que as pessoas têm que estar cientes, quando estão comprando aquele ativo estão também comprando algo que varia de acordo com o mercado de cripto.

Acho que esses pontos todos são pontos super mal respondidos, que podem ou não ter resposta boa, mas o fato de não estarem claros demonstra o risco que existe nessa disseminação de um produto arriscado, que as pessoas estão querendo comprar para ganhar dinheiro, mas que, no fim do dia, não tem muita coisa esclarecida sobre. Até ter esses pontos mais claros, sou bem contra o Palmeiras adotar isso, acho que existem formar de aprimorar o sócio torcedor que não precisam de cripto, e ser for o caso de negociar cripto, melhor explorar um empreendimento próprio antes de dar 50% do negócio pra uma empresa.

É perfeitamente legítimo que se ganhe dinheiro em cripto, tem muita gente que ganha, tenho grandes amigos que ganham e trabalham com a área. Quem investiu lá atrás nessas moedas, muito provavelmente ganhou muito dinheiro. Isso não significa que seja uma coisa inteligente ou boa para o clube fazer, nem garante que é um investimento que certamente vai dar dinheiro. Se esses direitos negociados aqui valem dinheiro, então o clube deveria conseguir monetizar com outras alternativas. Se não consegue, então o valor vem de especulação, não do ativo subjacente, e em tese, em algum momento, o mercado se ajusta - e se esse é o caso, eu acho que os cuidados regulatórios deveriam ser bem altos com esse tipo de produto, pq você tá falando de um monte de gente que ganha um salário mínimo acreditando na palavra do clube que aquele ativo ali é bom. Enfim, é só uma opinião, cripto é certamente uma das áreas de investimento que eu menos presto atenção ou leio sobre, e em total disclosure, não gosto da classe de ativo. É perfeitamente possível discordar de mim e achar cripto um bom investimento, e achar que todos esses problemas que coloquei acima são exagerados...

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2 horas atrás, spal disse:

Duvido. A saída do Barros é quase certa e quem chegar vai começar um trabalho do zero.

 

Já penso o contrário. Se a Tia Leila ganhar, tufo indica que sim, como boa empresária que é, js deve ter sua equipe montada, e consequentemente um planejamento já traçado.

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Agora, robertooculto disse:

Veiga batalhou e ganhou seu espaço no Palmeiras. 

Só golaços. 

 

Bem que podia aparecer algum interessado e render alguns trocados pro Verdão 🤑

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3 horas atrás, Jean.Pazim disse:

Não é pq foi para o Mingal não mas eu não gosto do Davi Luiz e JAMAIS, EU REPITO, JAMAIS, JA-MAIS pagaria 1,5 - 2 milhões mensais para um ZAGUEIRO....

NUNCA! Não importa o quão bom seja, fora da realidade do futebol brasileiro, ainda mais com essa idade de jogador aposentado dele... Insanidade total na moral, alguma coisa está acontecendo dentro do Mingal e do Patético.

O cara ganha o que um craque como o Dudu que resolve jogos ganha, e eu já acho o salário do Dudu fora dos patamares normais do futebol brasileiro porém o Dudu é o Dudu né...

 

olha, dentro do que falaram (contrato até o fim de 2022) achei de boa sim

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Agora, LucasVerdao disse:

Mal posso acreditar que tem Palmeiras logo mais... pqp que saudade!

Amanha é vencer ou vencer.

palmeiras masculino e feminino

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2 horas atrás, Martoni disse:

Eu tava nesse jogo! Que saudade de ir no palestra.

Eu tbm cara....se não me falha a memória ( e eu sou péssimo de memória), esse jogo ficou 1 a 1. Mas a torcida saiu em contágio de festa, empolgada e com certeza que seríamos campeões.

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2 hours ago, robertooculto said:

Veiga batalhou e ganhou seu espaço no Palmeiras. 

Só golaços. 

 

Ahhh Se hablasse, e nome do vídeo fosse "veiga skills & goals 2020/21"   

"Esse faz gol de tudo quanto è jeito"

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2 hours ago, HADZ123 said:

Não só isso, como na oferta inicial de tokens, pelo que dizem, eles retém em média 50% da receita com a venda, o que é absolutamente bizarro (um roubo). É uma tecnologia que está barateando, e se o time considerasse que vale a pena ter um token próprio, em não muito tempo vai ser possível fazer algo por conta própria. Vou falar um pouquinho do que li sobre o assunto desse socios.com, mas aos que são entusiastas do negócio, por favor não levem isso pro lado pessoal, e fiquem à vontade para contra-argumentar conforme vocês acham oportuno. Isso é uma opinião de uma pessoa que está observando de fora, vocês que gostam de cripto certamente vão ter informações que eu não tenho.

Quando a gente olha pra um ativo pra fins de investimento, a gente tem que entender o que está por trás. No caso desses tokens, a socios.com propositadamente diz que eles são utility tokens e não security tokens, pra fugir da regulação de órgãos que fiscalizam valores mobiliários (existe jurisprudência sobre quando a CVM pode ou não regular utility token). Aí, se você olha a parte contratual, o que eles falam é que o ativo é para aplicações/uso online, com fins de engajamento de torcida, e não para investimento. Agora, quando você vê a publicidade dos clubes, sempre vem os diretores de inovação dos clubes falar em ganhar dinheiro com os criptoativos - que é absolutamente possível, mas você induz a pessoa a pensar naquilo como investimento, não como produto de marketing para engajamento virtual de torcida. Aí, se um órgão como a CVM classifica isso como uma security, se bobear, eles ainda classificam o país como uma jurisdição proibida "(b) where it is likely that the sale of $CHZ and/or Fan Tokens would be construed as the sale of a security or investment product", então se algum órgão quiser regular o negócio como um produto de investimento, pra proteger quem investe, eles meio que já tentam se prevenir contra isso.

Além disso, a companhia parece que tem sede em lugares como Malta, Suíça e Estônia. Se você precisar ir atrás de direitos contra eles, vai na fé que algum século desses você consegue. Aí, a gente chega ao ponto de que existe um produto que está acessando a poupança popular, convencendo um monte de gente que nunca leu um prospecto ou comprou uma ação, a comprar uma classe de ativos (cripto) com uma oscilação de preços enorme, com uma característica super especulativa, e vai ter gente colocando dinheiro nisso. Enfim, no fim do dia, a gente tem que se perguntar quais são os ativos subjacentes daquela utility token. E no fim do dia, o ativo que parece lastrear (eles parecem não abrir os contratos, o que já demonstra uma boa parte do problema) é provavelmente um direito de voto sobre questões pré-determinadas, que pelo que se divulgam, variam entre músicas no estádio, design de faixa de capitão, camisa de aquecimento a ser usada no dia, jogador que vai usar a rede social do clube, esse tipo de coisa.

Todos esses mecanismos de ativação de torcedor online são super válidos e é muito interessante que possam gerar renda pros clubes. Mas aí, você tem que se perguntar, quanto isso vale? Pq se o ativo negociado via token é isso (lembrem, vocês não estão comprando um token apenas, estão comprando algo a que o token dá direito), então isso tem que ter um valor que possa ser aferido, estimado (ou então, como eu vou saber se estou comprando algo barato ou caro?). No fim do dia, o que você está comprando tem relação com o engajamento da torcida. Assim, você pode ter um clube que está perfeitamente bem estruturado, mas com a torcida perdendo engajamento ou interesse, e aí, eu teria que pressupor que o token perde valor (correto?); e pode ter um clube que está péssimo, mas com a torcida cada vez mais engajada, e em tese, o valor daquele ativo deveria subir?

Aí, pra não entrar em questões regulatórias (de se isso deveria ou não entrar no escopo de uma CVM da vida): esse é um mercado, aparentemente, até aqui, não regulado - esse é todo motivo de eles fazerem o estardalhaço de que não é para fins de investimento, e sim entretenimento, etc. Vamos aos problemas:

a) se a compra um initial token offering é um bom negócio como uma certeza, então o clube está vendendo um ativo por um preço mais baixo do que deveria. Isso pq se aquele ativo tokenizado tem tão claramente um valor maior do que o precificado, então o clube está perdendo dinheiro.

b) suponha que em um dado momento, o clube decide lançar mais tokens para venda (não só possível, como habitual, o PSG fez isso recentemente). Isso não equivale a uma diluição? Naturalmente, a resposta legal do clube e da sócios.com vai ser dizer que os tokens já tinham sido emitidos, apenas não estavam em circulação, então, não seria uma diluição, apenas uma venda secundária. Se você olhar na prática, eles em um ponto no tempo representam x% dos tokens, e portanto, têm x% dos direitos de voto daqueles tokens, e após a nova emissão/distribuição de token, passam a valer um percentual necessariamente menor dos tokens - ou seja, passam a decidir menos sobre aquelas decisões que chegamos à conclusão de que seria o ativo subjacente do token. Então, se tínhamos aferido um valor de x do token, em função daquele poder de voto, em tese, ele deveria perder valor, correto?

Em uma captação de dinheiro na bolsa, aquele dinheiro não vai pro ralo, ele é investido dentro do negócio, é estimada uma taxa de retorno por aquele investimento. Aqui a gente já começa com 50% a menos, já que a plataforma pega (pelo que dizem) 50% dessas emissões de ativos. A resposta legal naturalmente vai ser a que eu dei acima, os tokens já estão emitidos, não estamos diluindo ninguém, mas na prática, isso acarreta numa perda da utilidade de cada token em relação ao momento anterior. Na prática, me parece existir pouco que possa ser feito juridicamente nesse sentido, olhando de longe. Mas é um problema de ordem econômica, o valor do token deveria depreciar, se fosse lastreado nesse direito que mencionamos. Mas vai ter essa resposta, razoável, legal. Se você acredita, do ponto de vista econômico, nessa resposta, você deve chegar à conclusão, então, de que o direito de voto no Corinthians deve estar precificado em 2,33 EUR x 20,000,000 = ~46 mi EUR, ou ~285 milhões de reais, hoje. Isso se você acha que esse mercado é eficiente, e que o preço reflete toda a oferta de tokens a longo prazo. É um direito seu. Inclusive, o PSG vendeu recentemente 30 mi de euros em token, obtendo 15 desses para si.

c) Pulando para outros problemas, qualquer valor mobiliário tem regras de negociação de pessoas que têm informação interna (privilegiada) e não pública. Como você regula um negócio desses em um criptoativo? Se vem um mr. diretor de registro, por exemplo, e sabe que o clube y contratou um jogador determinado, que tende a fazer aumentar o engajamento da torcida, como você regula o uso dessa informação privilegiada, para que ele não use esse conhecimento para ganhar dos outros compradores do token? É difícil, imagino, já que se trata de um criptoativo. Tudo isso tenta ser regulado, com muito dificuldade, na CVM - mas quando estamos falando de um criptoativo que sequer é regulado por não se tratar de uma modalidade de investimento, essas coisas podem acabar correndo soltas. Existe um potencial enorme de beneficiar pessoas com conhecimento interno. Esse, aliás, é um ponto que me deixa impressionado quando eu vejo gente que argumenta ser pró-modernidade, pró-gestão transparente, e argumenta a favor desse tipo de coisa.

d) o que acontece se em algum momento o clube deixar de ser parceiro da sócios.com? Pelos termos, The use and function of the Fan Tokens is reliant on an underlying agreement between Us and the Partner (for example – official football team). There is the risk that such partnership will cease and in such case the Fan Token will lose value, its utility and associated intellectual property rights. However, the User shall continue to hold such Tokens in his or her respective Socios Wallet. Então o usuário passa a ser proprietário de um token que não só tem todos esses problemas, mas também tem o risco de em algum momento o clube (de modo razoável) cansar de ter parte da receita cortada, e passar a emitir um token próprio, e os tokens antigos perdem utilidade? Vão ser dados em reposição pelo próprio clube em uma outra moeda?

e) Isso tudo sem falar, que quando a pessoa compra uma determinada moeda de clube, ela está comprando isso na criptomoeda subjacente - que por sua vez, também oscila. Então, não está comprando um fator de risco do clube apenas, mas da própria moeda. Isso é outra coisa que as pessoas têm que estar cientes, quando estão comprando aquele ativo estão também comprando algo que varia de acordo com o mercado de cripto.

Acho que esses pontos todos são pontos super mal respondidos, que podem ou não ter resposta boa, mas o fato de não estarem claros demonstra o risco que existe nessa disseminação de um produto arriscado, que as pessoas estão querendo comprar para ganhar dinheiro, mas que, no fim do dia, não tem muita coisa esclarecida sobre. Até ter esses pontos mais claros, sou bem contra o Palmeiras adotar isso, acho que existem formar de aprimorar o sócio torcedor que não precisam de cripto, e ser for o caso de negociar cripto, melhor explorar um empreendimento próprio antes de dar 50% do negócio pra uma empresa.

É perfeitamente legítimo que se ganhe dinheiro em cripto, tem muita gente que ganha, tenho grandes amigos que ganham e trabalham com a área. Quem investiu lá atrás nessas moedas, muito provavelmente ganhou muito dinheiro. Isso não significa que seja uma coisa inteligente ou boa para o clube fazer, nem garante que é um investimento que certamente vai dar dinheiro. Se esses direitos negociados aqui valem dinheiro, então o clube deveria conseguir monetizar com outras alternativas. Se não consegue, então o valor vem de especulação, não do ativo subjacente, e em tese, em algum momento, o mercado se ajusta - e se esse é o caso, eu acho que os cuidados regulatórios deveriam ser bem altos com esse tipo de produto, pq você tá falando de um monte de gente que ganha um salário mínimo acreditando na palavra do clube que aquele ativo ali é bom. Enfim, é só uma opinião, cripto é certamente uma das áreas de investimento que eu menos presto atenção ou leio sobre, e em total disclosure, não gosto da classe de ativo. É perfeitamente possível discordar de mim e achar cripto um bom investimento, e achar que todos esses problemas que coloquei acima são exagerados...

É bem o que eu penso sobre o tema. Basicamente, existem duas possibilidades para esse modelo do socios.com:

1. Se for lucrativo, então não vale a pena entrar em uma parceria que fica com 50% do lucro.
2. Se não for lucrativo, então é melhorar incorporar essa ideia ao plano Avanti, concedendo direito de votos para as mesmas coisas com peso definido pelo rating do Avanti, aumentando a adesão e fidelidade.

Infelizmente, parece ser lucrativo apenas na oferta inicial, depois deixa bem a desejar. Acho melhor trazer isso para o Sócio Avanti, pois transforma esse lucro em algo recorrente.

Sobre os tokens serem lastreados por outra criptomoeda, acho que isso acaba trazendo junto toda a volatilidade do sistema. Recentemente, a Suécia lançou a própria criptomoeda, com a intenção de abandonar dinheiro físico daqui a alguns anos. A diferença para as outras moedas é que o e-Krona é regulado pelo banco central e rastreável, para evitar lavagem de dinheiro e evasão fiscal. Por ser uma moeda estatal, também traz junto mais estabilidade. Há uma tendência de que vários países adotem um sistema parecido nos próximos três a cinco anos, incluindo a China. Quando isso acontecer, há uma grande chance de banirem transações com as criptomoedas atuais, pois são usadas para financiar crimes (devido a falta de rastreabilidade). Se a criptomoeda que baseia o sistema do Socios.com for afetada e derreter, com ativos sendo transferidos para moedas estatais, como fica o investimento?

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6 minutes ago, Prutton said:

É bem o que eu penso sobre o tema. Basicamente, existem duas possibilidades para esse modelo do socios.com:

1. Se for lucrativo, então não vale a pena entrar em uma parceria que fica com 50% do lucro.
2. Se não for lucrativo, então é melhorar incorporar essa ideia ao plano Avanti, concedendo direito de votos para as mesmas coisas com peso definido pelo rating do Avanti, aumentando a adesão e fidelidade.

Infelizmente, parece ser lucrativo apenas na oferta inicial, depois deixa bem a desejar. Acho melhor trazer isso para o Sócio Avanti, pois transforma esse lucro em algo recorrente.

Sobre os tokens serem lastreados por outra criptomoeda, acho que isso acaba trazendo junto toda a volatilidade do sistema. Recentemente, a Suécia lançou a própria criptomoeda, com a intenção de abandonar dinheiro físico daqui a alguns anos. A diferença para as outras moedas é que o e-Krona é regulado pelo banco central e rastreável, para evitar lavagem de dinheiro e evasão fiscal. Por ser uma moeda estatal, também traz junto mais estabilidade. Há uma tendência de que vários países adotem um sistema parecido nos próximos três a cinco anos, incluindo a China. Quando isso acontecer, há uma grande chance de banirem transações com as criptomoedas atuais, pois são usadas para financiar crimes (devido a falta de rastreabilidade). Se a criptomoeda que baseia o sistema do Socios.com for afetada e derreter, com ativos sendo transferidos para moedas estatais, como fica o investimento?

Se é rastreavel entao nao é crypto né?

No máximo uma moeda 100% digital. 

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20 minutes ago, LucasVerdao said:

Se é rastreavel entao nao é crypto né?

No máximo uma moeda 100% digital. 

Na verdade, uma moeda é definida como "crypto" porque usa técnicas de criptografia para validar o sistema descentralizado, como é o caso do proof-of-work.

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2 horas atrás, HADZ123 disse:

Não só isso, como na oferta inicial de tokens, pelo que dizem, eles retém em média 50% da receita com a venda, o que é absolutamente bizarro (um roubo). É uma tecnologia que está barateando, e se o time considerasse que vale a pena ter um token próprio, em não muito tempo vai ser possível fazer algo por conta própria. Vou falar um pouquinho do que li sobre o assunto desse socios.com, mas aos que são entusiastas do negócio, por favor não levem isso pro lado pessoal, e fiquem à vontade para contra-argumentar conforme vocês acham oportuno. Isso é uma opinião de uma pessoa que está observando de fora, vocês que gostam de cripto certamente vão ter informações que eu não tenho.

 

Cotei apenas uma parte do post, mas queria te parabenizar @HADZ123 pela postagem. Uma postagem dessa merece até um post fixo.

Tudo bem detalhado e explicado, inclusive aprendi muito nessa postagem.

Eu sou engenheiro de computação, e sei muito a cerca do q é tecnologia e por questões óbvias sigo as novas tendências tecnológicas. Cripto está em alta (pode se falar, até em modismo. Se é rentável ou não, depende do investidor...Eu mesmo invisto bastante).

UMA coisa sou eu investir em cripto, outra coisa é um time de futebol investir. Qualquer moeda digital assume um risco de investimento muito maior do q uma contratação de jogador. Para não errar na contratação, temos toda uma equipe de profissionais para isso. Utilizam muito de estatísticas, gráficos e o mais importante, a visão sobre o futebol do jogador em análise.

Pode ser que um clube de futebol investir em moeda digital, seja a guinada financeira. Ou pode ser, um fracasso total.

Enfim...vou tentar terminar rápido, meu negócio é cloud computing e inteligência artificial. Financeiramente falando, acho muito arriscado investir em moeda digital ( em âmbito clubístico).

Já que se quer investimento no clube, que façam um sócio torcedor digno, ou senão, seja um clube-empresa (não que eu seja a favor dessa hipótese). Se quer investimento direto da torcida, tem muito mais maneiras menos arriscadas de arrecadar $$$.

 

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