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ricardo_sep

Perfil dos reforços - 2017

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A quem estava curioso por uma análise dos trabalhos do Eduardo Baptista, segue a minha, mais como complemento às que já foram postadas aqui (vou colar aqui nessa página porque ficou um pouco longa e iria inundar a primeira página):

 

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Eduardo Baptista

 

Trajetória: após 15 anos de trabalho como preparador físico, recebeu sua primeira chance como treinador em 2014, no Sport, sendo efetivado no segundo semestre daquele ano e levando o Sport a duas campanhas sólidas no BR: 2014 e 2015. Após passagem rápida e conturbada pelo Fluminense, assumiu a Ponte Preta para a disputa do BR 2016.

 

Aspectos:

 

Fase defensiva:

 

O posicionamento padrão de suas equipes em fase defensiva varia de acordo com a composição do meio de campo. Em seu trabalho na Ponte, aproveitava-se de jogadores como Wendel, Matheus Jesus e Maycon, volantes capazes de compor o triângulo de meio com alguma qualidade no passe e sustentar a linha de 4 meias posicionada à frente do volante mais recuado, em um 4-1-4-1. Já no Fluminense, utilizou um 4-4-2 durante a maior parte de sua passagem por lá, poupando meias como Vinícius e Diego Souza e os deixando mais próximos de Fred. É de se esperar, portanto, que ele não se prenda a uma configuração e defina esse posicionamento de acordo com as características do nosso elenco.

 

zt6l2c.png

Fluminense em um 4-4-2, com Diego Souza mais adiantado. Diferente do 4-1-4-1 adotado na Ponte e em momentos do Sport.

 

Outro ponto a ser destacado é que suas equipes adotam marcação zonal em todas as etapas do jogo, diferente do que era trabalhado por Cuca, que alternava entre encaixes individuais e marcação por setor de acordo com determinadas situações. Esse certamente é um ponto de ruptura e irá cobrar adaptação rápida dos atletas, especialmente em situações que foram trabalhadas excepcionalmente bem por Cuca com encaixe individual, como a bola aérea.

 

Marcação alta: com a marcação mais adiantada, os atletas não fazem uma pressão individual imediata no portador da bola (perseguição), mas se posicionam nos espaços entre os adversários, aguardando o melhor momento pra dar o bote em quem receber ou pra cortar o passe. A partir desse referencial é que o time irá pressionar, dobrar a marcação ou encurralar o portador da bola. Enquanto isso acontece, a linha de defensores é mantida atrás e sobe até a linha de meio campo, pra compactar e diminuir o campo do adversário – algo que Cuca também fazia naturalmente, mas com um foco individual nos dois zagueiros, que seguravam o ataque adversário no 1x1. Aqui, o foco é posicional, trabalhando a linha.

 

5vrx8g.png

Jogadores posicionados no espaço entre os adversários, esperando o momento ideal pro bote e reduzindo as opções de passe.

 

Marcação média: talvez o ponto mais forte dos sistemas defensivos de Eduardo Baptista, seus times executam a marcação intermediária já com linhas montadas e definidas, pressionando em bloco e diminuindo o espaço entre essas linhas o máximo possível. As coberturas começam a entrar em ação, e os espaços deixados por jogadores que saem pro combate são encobertos por quem está no setor mais próximo, garantindo que as linhas não se desmontem facilmente. A linha de defensores se posiciona em um espaço curto no centro e permite que seus laterais ganhem tempo quando precisarem sair pro combate, já que chamam a cobertura dos meias e não ficam no 1x1 com frequência – a famosa “cobertura em diagonal”. Essa é a ideia no plano tático, o que não significa que será executada sempre com perfeição no plano real – vide o trabalho dele no Fluminense e a situação exposta abaixo, no jogo contra a gente no Allianz.

 

2mwtro4.png

Marcação intermediária da Ponte, com um 4-1-4-1 bem montado e um exemplo de cobertura/compensação que acontece nesse lance.

 

Marcação baixa: aqui, as linhas se comprimem e as coberturas/compensações começam a aparecer. Importante notar que, quando marcam perto da própria área, seus laterais já não esperam posicionados e saem bastante do meio pra dar combate nas laterais, o que significa que nossos meias serão extremamente importantes pra resguardar as costas deles (como mostrado na situação acima e também na de baixo) – o que não acontece na mesma escala no time do Cuca, com Jean e Zé dando combate pelo meio em muitos momentos e deixando as laterais a cargo dos atacantes que recompõem por ali.

 

rml0r5.png

Gol de Rafael Marques contra a Ponte, surgindo após um lateral perder no confronto 1x1 e ficar sem cobertura de um volante, rendendo o zagueiro.

 

Fase ofensiva:

É possível afirmar que, nesse aspecto, Eduardo é bem mais próximo do Cuca do que parece. O último deixou um legado bem claro aqui: um time capaz de propor jogo, imprimir volume e construir jogadas de pé em pé, mas igualmente letal quando se fecha e espera o contra-ataque, a transição rápida com bola, a jogada vertical. Vemos essas duas facetas em dois trabalhos distintos do Eduardo: no Sport, o volume de jogo e as jogadas em progressão; na Ponte, o contra-golpe certeiro. Ainda que existam diferenças entre os dois, o paralelo entre as ideias de jogo também é bem claro. Acredito que a ideia de quem acertou com EB seja manter as marcas principais desse trabalho ofensivo do Cuca, e é inegável que o Eduardo pode (vejam bem, PODE, não estou afirmando) fazer isso com base nesses trabalhos. Nesse quesito, há pouco que eu possa acrescentar às análises que já foram colocadas no tópico (essa e essa), mas dá pra destacar alguns pontos dignos de nota:

 

Jean e Zé, que tiveram desempenho excelente na saída de bola trabalhando pelo meio e aparecendo com frequência ao lado de Moisés e Tche, talvez sejam trabalhados mais fixos pelos lados sob o comando do Eduardo. No Sport e na Ponte, seus laterais foram usados pra abrir o campo, posicionados em cima da linha lateral, dando suporte para que os meias centrais e abertos circulassem mais por dentro. Não é possível cravar isso porque Jean e Zé possuem características diferentes das duplas de laterais que ele treinou ao longo da carreira, mas é uma possibilidade.

 

a4l6w1.png

Samuel Xavier e Renê no Sport: sempre bem abertos, deixando os espaços no meio para os volantes e meias circularem, ao contrário do que fazem Zé e Jean aqui.

 

Se a dupla Moisés + Tche foi fundamental no título, a tendência é que isso se mantenha. O primeiro passador do meio é uma figura fundamental nos times do EB, sempre muito usado em saída de três e trocando passes curtos e médios com os meias que giram à frente dele – não à toa Rithely teve tanto destaque na temporada passada. É de se imaginar que Moisés seja recuado definitivamente pra cumprir essa função, embora isso não tire completamente o espaço de volantes como Thiago Santos ou Gabriel.

 

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Pra resumir minha opinião, é um treinador bastante competente na parte tática, ainda que os resultados nem sempre reflitam isso. Mas a parte tática é só um dos mil aspectos que envolvem o jogo, e o que ditará seu sucesso aqui será também seu domínio sobre os outros 999 fatores. Que ele consiga obter isso e vender essas ideias ao elenco, pois tem potencial pra isso e passa longe de ser um churrasqueiro ou um estagiário nesse ponto da carreira.

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Uma das melhores coisas do Cuca, é que ele não ficou pedindo pra contratar os "parças" que treinou antes, os jogadores que ele trouxe, Mina, Guedes, Tche, nunca tinham jogado com ele

 

Se o E. Baptista começar com esta coisa de trazer cara do Sport, igual o OO com os caras do Botafogo, e MO com o L. Almeida, já incia mal

 

Espero mesmo que não. Essa é uma conduta típica de treinador inseguro, que quer se cercar de alguns "homens de confiança".

 

DS já deu, né ?

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Na verdade ja 'e o esquema padrao na italia...

E pra falar a verdade, se tornou inviavel ter laterais que marquem bem e ajudem no ataque, ou tem no elenco laterais somente defensivos para ter uma primeira linha de 4 fixa e ai joga sem volantes, ou usa 3 zagueiros e preenche melhor o meio campo... a Juventus consegue ser competitiva desse jeito e o Conti vai levar o Chealsea ao titulo por conta disso tambem.

 

Conte é um grande técnico e é o responsável por popularizar os três zagueiros de novo, muito por causa da boa campanha de uma limitada Itália na Eurocopa.

 

Na Copa 2014, Van Gaal utilizou o 3-5-2 com a bola / 5-3-2 sem. Guardiola já havia usado o 3-4-3 no Barcelona, mas só de forma experimental.

 

Eu curto os dois esquemas, mas só servem se os alas forem muito obedientes taticamente, e se tiverem os pulmões para cumprir a fase defensiva do esquema. Ainda assim, é algo que eu gostaria de ver no Palmeiras.

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Dito isso, seguem as carências no elenco de acordo com minha opinião, e por ordem de prioridade, contando que não saia ninguém do time titular:

 

1. Substituto do Jesus. Seria mesmo o Pratto pra mim, ainda mais vendo o esquema de jogo que o EB usa.

2. Um lateral esquerdo. O ZR jogou uma barbaridade esse ano, mas não fico seguro com um jogador de 42-43 anos titular absoluto do nosso time.

3. Meia. Chegando o Guerra e o Rafael Veiga mata a posição

4. Um zagueiro promessa, como chegou o VH, pra ser reserva e se preparar pra jogar no futuro. Se sair o Mina tem que chegar um craque pra posição, infelizmente o VH não consegue segurar a barra sozinho ainda.

5. Um lateral direito. O Jean é o melhor do campeonato, estamos bem na posiçao, ainda mais tendo em vista que ele não tem vaga no meio. Falta um reserva.

 

Ainda acho que as laterais são preocupações secundárias no momento (Jean está em alto nível e Zé, que também está, tem um reserva pra lá de competente no Egídio), mas concordo com todo o resto, especialmente quanto à substituição do Jesus.

 

Se é verdade eu não sei. Muito difícil alguém saber disso.

 

Única coisa que sei é que ele joga muito. Tem muitos que é contra a volta dele.

 

1omv6w.jpg

 

Não boto um pingo de fé, sinceramente. É o perfil de jogador do qual o Mattos costuma fugir (acertadamente), e acredito que até o Baptista tenha percebido que o DS já não quer muita coisa pra carreira depois daquela patacoada no Fluminense.

 

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La' vamos com a "boataria retrocesso", tipica desta epoca de ano. Sobre o DS, ja' foi falado tudo que tem de ser falado nas ultimas vezes que isto surgiu. Ja' deu....

Tenho confianca que o Mattos e cia. ja' demonstraram que nao perseguem este tipo de jogador...

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Não boto um pingo de fé, sinceramente. É o perfil de jogador do qual o Mattos costuma fugir (acertadamente), e acredito que até o Baptista tenha percebido que o DS já não quer muita coisa pra carreira depois daquela patacoada no Fluminense.

 

Foi o próprio EB q pediu o DS lá e o jogador não jogou nd, sem compromisso e vazou né? Seria burrada trazer ele, tipo de jogador q joga bem quando o time joga pra ele. Dai bate todas as faltas, pênaltis etc...

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Sei que esse tópico e sobre analise dos novos contratados e como não entendo nada iria ficar calado, mas depois de ler essa do Diego Souza eu não resisti.

Chega do passado, exorcisamos 2009, ganhamos 2015/16 com novos jogadores e com novas perspectivas. Voltar com Diego Souza, Valdivia, Henrique (zagueiro), Barcos, Cleber, para mim e total retrocesso.

Novos ares, Dudu, Tche Tche, Mina, Moises, Roger Guedes, VH, etc...

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Sei que esse tópico e sobre analise dos novos contratados e como não entendo nada iria ficar calado, mas depois de ler essa do Diego Souza eu não resisti.

Chega do passado, exorcisamos 2009, ganhamos 2015/16 com novos jogadores e com novas perspectivas. Voltar com Diego Souza, Valdivia, Henrique (zagueiro), Barcos, Cleber, para mim e total retrocesso.

Novos ares, Dudu, Tche Tche, Mina, Moises, Roger Guedes, VH, etc...

 

Jogadores no auge ou em evolução q querem mostrar serviço, esse é caminho, sem dúvidas. Mesclando com jogadores experientes, vitoriosos e de boa índole (Zé, Edu, Prass), o resultado só pode ser bom.

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Acho que este D. Souza é barrigada de jornalista, ou empresário plantando noticia. Impossível qualquer pessoa que acompanha o futebol e viu as patéticas passagens dele por Fluminense e outros times de camisa, pedir este cara

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Não pode ser verdade,essa especulação da volta do Diego Souza.Não devemos nem cogitar isso aqui.Diego Souza representa um retrocesso.Acho até que profissionais individualistas como ele,contribuíram para nosso rebaixamento de 2012.

Espero que Mattos não atenda a pedidos de um treinador "calça branca",que vai desmontar um trabalho vencedor construído por Cuca.

 

Sei que esse tópico e sobre analise dos novos contratados e como não entendo nada iria ficar calado, mas depois de ler essa do Diego Souza eu não resisti.

Chega do passado, exorcisamos 2009, ganhamos 2015/16 com novos jogadores e com novas perspectivas. Voltar com Diego Souza, Valdivia, Henrique (zagueiro), Barcos, Cleber, para mim e total retrocesso.

Novos ares, Dudu, Tche Tche, Mina, Moises, Roger Guedes, VH, etc...

 

Não tinha lido seu post,antes de ficar preocupado como estou agora.Se esse treinador inexperiente e sem passado algum começar a trazer amigos,nosso caminho será complicado.

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Guest Carlos Souza

Se o Eduardo quiser indicar atletas que ele já treinou, na minha opinião só servem 3: Potcker, Diego Souza e Ritchely... porém... já há jogadores que fazem a função do Potcker, Diego Souza é muito bom, mas a presença dele significaria uma mudança muito grande no nosso sistema de jogo, o Moisés e o Tche já se matam sem um "camisa 10", se trazer um vai acabar com eles, precisarão mudar de função basicamente e isso não é viável, é preciso manter o que já é bom e tentar melhorar, mudar seria burrice... O Ritchely, particularmente, acho muito bom, caso seja necessário mais um volante ele seria a minha primeira opção no Brasil, acontece que Thiago e Gabriel já dão conta, seria desnecessário, a não ser que um dos dois fosse negociado.

 

Precisamos de outro meia central com caracteristicas similares as do Moises... será que o Hernanes seria possível? encaixaria perfeitamente.

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Foi o próprio EB q pediu o DS lá e o jogador não jogou nd, sem compromisso e vazou né? Seria burrada trazer ele, tipo de jogador q joga bem quando o time joga pra ele. Dai bate todas as faltas, pênaltis etc...

 

Isso mesmo, foi indicação do EB lá no Fluminense. Chegou, se indispôs com o elenco inteiro, fez meia dúzia de jogos com a cabeça no mundo da lua e pediu pra sair pouco após a demissão do Baptista. Mesmo que essa contratação viesse com o cheat do Rafael Marques-Oswaldo, não resolveria, DS é tranqueira e já não quer mais saber de competitividade há uns 3 anos no mínimo.

 

Se o Eduardo quiser indicar atletas que ele já treinou, na minha opinião só servem 3: Potcker, Diego Souza e Ritchely... porém... já há jogadores que fazem a função do Potcker, Diego Souza é muito bom, mas a presença dele significaria uma mudança muito grande no nosso sistema de jogo, o Moisés e o Tche já se matam sem um "camisa 10", se trazer um vai acabar com eles, precisarão mudar de função basicamente e isso não é viável, é preciso manter o que já é bom e tentar melhorar, mudar seria burrice... O Ritchely, particularmente, acho muito bom, caso seja necessário mais um volante ele seria a minha primeira opção no Brasil, acontece que Thiago e Gabriel já dão conta, seria desnecessário, a não ser que um dos dois fosse negociado.

 

Precisamos de outro meia central com caracteristicas similares as do Moises... será que o Hernanes seria possível? encaixaria perfeitamente.

 

Aceitaria o Pottker numa boa aqui. Óbvio que está em um patamar diferente do Jesus, não tem o mesmo potencial e viria como aposta, mas une velocidade, força e movimentação de uma maneira muito parecida com a do Jesus, incomoda bastante as defesas.

 

Hernanes eu acho impossível nessa janela, voltou a ganhar uns minutos na Juve, não deve estar pensando em sair.

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Acho que só o Keno, a princípio, chega com condições de brigar pela titularidade com o Guedes.

Mas jogam em lados opostos.

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kkkkkk mesmo coisa aqui

eu ouvia o pessoal falando de um "johan" da chape, mas só muito depois fui associar o nome à grafia

 

Havia associado o nome ao do famoso craque holandês dias atrás.Percebi e até postei aqui,em tom de brincadeira.

Em compensação demorei a descobrir que Globosta é Globosat,com as três últimas letras "embaralhadas".

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