Com todo o respeito a quem foi seduzido pela última entrevista que ele deu ao canal Palmeiras, mas achei apelativa para quem passou o ano inteiro fazendo pouco caso do torcedor. Futebol pode não ser a coisa tão séria que se diz por aí, mas o estranho evento de um time que te escolhe pra torcer a vida inteira por ele é.
Se a bola do Vitor Roque tivesse entrado na final da Libertadores ou o Palmeiras vencido algum jogo em que não somou ponto na final do Brasileirão, o tom do treinador seria completamente diferente. Temas como “registrei o que ocorreu aqui” (pra fazer joguinho emocional barato com o torcedor), “não faz diferença o seu apoio nas vitórias” (pra diminuir a importância do torcedor) ou “ninguém queria vir trabalhar aqui” (pra atacar diretamente o clube como ele fez na última coletiva) seriam abordados com mais intensidade.
Como ele bem disse, já temos uma relação de tempo suficientemente para conhecermo-nos.
Todo o respeito à família do Abel e até satisfação que ela esteja adaptada ao país e seja mais uma família palmeirense, mas seria prudente da parte dele evitar o tema e, já que renovou e não há mais nada a fazer sobre isso, guardar a sua energia para o trabalho e seu discurso para refletir sobre o que deve melhorar em sua ainda jovial carreira.
Abel é sujeito covarde, inventa uns discursos engana trouxa, pede até pra escreverem livro pra ele, no fim das contas só sabota, faz o que quer sem cobranças, fica por isso mesmo, mas a muitos torcedores ele nunca enganou nem nas curtas boas fases do time.