Facundo é um Allione que corre mais. Até Maikon Leite jogava mais. Atacante que só corre e toca pra trás, pra mim não serve. O cara que tem a velocidade, mas não tem o drible, tem medo do 1x1, não chuta fora da área, e só marca lateral.

Tenho sido um crítico ferrenho do momento atual do Palmeiras, mas ainda não me sinto confortável para formar uma opinião conclusiva sobre o Facundo Torres. Este jogador não jogou um mísero jogo inteiro em sua posição de origem. Está jogando do outro lado numa função totalmente diferente da que exerceu em toda a sua carreira, porque o treinador tem a sua visão e não abre mão dela independente da característica dos jogadores que tem em mãos. Não me sinto confortável pra afirmar que Facundo Torres é um jogador inútil e ainda acho que pode resultar em algo bom se o treinador fizer algumas concessões à sua obsessão.

Mas a orientação no treinamento não é pra cada um pegar o seu até o fim? Se sim, eles apenas fizeram o que é pedido.

Boa parte da crítica sobre o trabalho do Abel não tem muito a ver com resultado, mas com o processo aplicado. Em matéria de resultado, o time permanece competitivo, chegando longe nas competições, coisa que a meu ver é dever do Palmeiras pela estrutura que proporciona aos seus profissionais. O objeto da crítica é o processo: captação de jogadores, transição da base, formação de elenco, treino de atributos básicos, do controle de bola à bola parada — que piorou em um grau abusivo —, ausência do treinador em jogos cruciais, mentalidade da equipe ao sofrer dolorosas derrotas, abordagens aos jogos, substituições dentro deles etc. Perdemos muito tempo de nossas vidas aqui e em outros endereços palmeirenses na internet para acharmos que um trabalho de cinco anos será julgado apenas pelo 1x0 ou o 0x1.

Esse frango foi praticamente do mesmo nivel daqueles frangos dos goleiros da era Gareca.