Foi muito pouco tempo, mas ontem ele mostrou bastante movimentação e um pouco de nervosismo. Normal para estreia e com poucos minutos. Mas o que chamou a atenção foi a ambientação tão rápida ao padrão do time, perdeu um gol cara a cara com o goleiro e ainda bem que estava impedido. Sinal de que se integrou muito bem e de forma célere às características dessa equipe, que é inimiga do gol.

Pois é, a bola parada do Palmeiras já tinha caído muito com a saída do Scarpa, mas até 2023 ainda funcionava bem. Mas de 2024 pra cá acabou. É muito irritante ver Estevão e Veiga com as mesmas cobranças inofensivas aos adversários.  O último que vi que pode fazer melhor é o Anibal, mas duvido que o Abel entregue essa função para ele. Contra o Al Ahli ele fez 2 cruzamentos ótimos. De um saiu o gol contra do Al Ahli, o outro quase foi gol.

Eu entendo a frustração com jogadores que custaram muito e não estão desempenhando. Mas, sobre isso, acho que pelo menos duas coisas precisam ser levadas em conta: a primeira é que jogadores normais ou apenas bons estão custando cada vez mais caro. Isso é próprio do negócio sem noção que virou o futebol e, por mais que a gente discorde, não vai alterar a realidade. Então não é porque o jogador foi a transferência mais cara da história do clube que ele será o melhor jogador da história do clube, essa relação não existe. Quem se dispôs a pagar foi o clube e quem deve ser responsabilizado é o clube, não o jogador. A segunda é que, mesmo tendo custado caro, eles ainda são jogadores de futebol como quaisquer outros e, por isso, precisam de um contexto pra jogar próximo das suas capacidades máximas. Ontem, pra citar um exemplo simples, nós vimos como o Facundo se comporta de maneira muito mais à vontade apenas por jogar do lado que lhe é mais favorável. Uma mudança absurdamente óbvia já fez com que o jogador rendesse mais do que vinha rendendo. "Ah mas ele tava mal e nem jogou tão bem assim", tudo bem, mas houve melhora. A transição Luxemburgo/Abel foi outro exemplo claríssimo disso. Com o Luxemburgo, a sensação era de que precisaria trocar o elenco inteiro, que ninguém jogava nada. No momento da troca, rolou aquela cena patética do Scarpa tropeçando e caindo sozinho contra o Bragantino. O Abel chegou e fez um monte de jogador que parecia descartável se tornar protagonista de um time vencedor. Isso não quer dizer que só tem craque no elenco atual e que todos eles vão render absurdamente mais com um novo técnico. Só que é impossível saber, HOJE, qual a real capacidade de cada um, dado que não há contexto coletivo favorável. Não é o momento pra ficar descartando jogador ou cravando quem serve e quem não serve, em especial jogadores jovens que não têm 6 meses de clube.

Respeito muito o Veiga por sua história aqui, mas ontem ele ter entrado de titular foi totalmente sem sentido. Maurício e Allan estão melhores técnica e fisicamente há tempos. Cadê a meritocracia? Abel tem umas insistências que têm atrapalhado muito o time. Em tese, Veiga era para ser a referência ofensiva que falta na equipe, até pela experiência e feitos, só que não está saindo da má fase e nem mostra sinais de sair. Ontem deu uma assistência, porém não jogou bem. Como tem sido a tônica. O time também quase todo não foi. VR mesmo… foi lastimável. Contudo, atuamos muito melhor sem Veiga, isso é um fato. Por quê a insistência?! Estamos tendo um desgaste necessário de figuras importantes do clube e do próprio time. Abel tem visões muito diferentes do que a torcida tem visto. E isso tem potencializado ainda mais as críticas somado ao péssimo futebol em campo.

Calma que o Sosa vai se adaptar. Mostrar o grandíssimo atleta que é, fruto de uma safra da era mais fraca do futebol argentino. Quem sabe com 3 anos ele engrene a exemplo do Veiga.