Eu fiquei puto nesse lance. Era para ter afundado aquele goleiro ruim. Ele tinha ângulo e espaço para chutar, era pra ter espetado no gol.

Os dois gols do Cruzeiro saíram de bola parada, sem relação alguma com a proteção da zaga. De novo: sem qualquer mudança de nomes, apenas com o acerto do encaixe na marcação, o time foi muito melhor e mais seguro. O meio de campo não tava desprotegido, tava desorganizado. Já vimos Aníbal e Martinez juntos esse ano e o resultado é zero mobilidade. O time que ganhou do Bragantino também tinha Emiliano e Ríos no meio de campo. Então, não, não perderia.

Esses encaixes individuais precisam ser revistos também. Existem adversários em que o encaixe individual mata completamente o time e existem adversários que se beneficiam muito desse tipo de marcação. O Chelsea manipulava os encaixes individuais do Palmeiras para gerar espaço. Os laterais atacavam por dentro e abriam o corredor para os pontas; os meias puxavam para o lado pra arrastar os nossos volantes com eles e o Palmeiras não soube como sair disso. A partida de ontem exigia outro tipo de marcação, outro tipo de encaixe. As perseguições longas também ajudam a gerar muito espaço na defesa, principalmente porque o Palmeiras não consegue “matar” a construção quando seus zagueiros saem para perseguir, o que deixa um espaço enorme na primeira linha e acaba criando uma cadeia de erros.

Pensa num moleque tonto, claro que parte é pela idade, mas não era mais fácil falar que fez o máximo que podia? Ficou feito um idiota dando risada e achando que o repórter tem que responder. O jumento não sabe que o papel do repórter é perguntar.  

Assim como no jogo do flu (que também perdeu as chances, mas pra eles não fez falta), nós saímos na cara do goleiro umas três vezes naquele momento de trocação. Nos precipitamos e tomamos decisões erradas em todas.  O Maurício canhoto tinha espaço e a bola carregada na perna boa com ângulo razoável, mas ele preferiu buscar o Vitor Roque que já vinha embolado na marcação.